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9 anos atrásno
Uma moradora do bairro Recanto Verde entrou em contato com o Blog do Silas na noite desta segunda-feira para denunciar uma situação de descaso, e ao mesmo tempo de injustiça, no posto de saúde local.
A mulher, que falou sob anonimato, afirmou que há dois anos vem aguardando a liberação de uma tomografia, cujo pedido ela fez no posto de saúde do bairro. Ela afirmou que, devido ao tempo, já não se lembra mais o nome do médico que lhe recomendou o exame.
Durante este período a moradora tem cobrado a liberação da tomografia. A resposta à sua cobrança é sempre no sentido de que a liberação é de responsabilidade da central, no Centro Sul.
Há dois meses a moradora solicitou um raio X e, “até agora”, ainda não foi atendida.
Mas o que há de denunciável no fato de um pedido demorar a ser liberado? A moradora é incompreensível? É apressada? O que a mulher está denunciando é que, enquanto ela está ha dois anos aguardando os exames que irão determinar as causas de uma forte dor que sente na coluna, outras pessoas já conseguiram o mesmo tipo de exame com poucos dias de espera, inclusive um caso muito recente de alguém que teve o pedido liberado no início da semana, depois de pouquíssimo tempo que foi feito.
A moradora disse que foi informada de que a agraciada com a “agilidade” em seu atendimento tem “padrinhos” no posto e, devido a esse “privilégio”, foi atendida com rapidez.
A pessoa que está denunciando pede que seja apurado esse “ato de influência” que tem prejudicado as pessoas que não apelam para “jeitinhos”. Ela pede justiça no tratamento à população e que não seja permitido a interferência de “líderes” que vêm no atendimento aos seus apadrinhados um trampolim para cargos eletivos.
Enquanto alguns conseguem os “benefícios” de uma “maõzinha”, outros, como deixou entender a mulher que fez a denúncia, vão sendo deixados para trás e tendo a saúde agravada a cada dia. Há dois anos na fila, ela tem ido constantemente ao posto devido às dores. Não tem como direcionar um tratamento adequado para o desconforto, já que as causas das dores ainda não foram diagnosticadas, devido à “lentidão” na liberação dos exames que poderiam elucidar a questão.
Além da denúncia com relação ao privilégio em detrimento de outras pessoas, a moradora reclamou da falta de um tipo de injeção recomendada no seu caso. A falta do remédio tem forçado a moradora do Recanto Verde compra-lo, gastando com um medicamento “que deveria estar à disposição da população”.
A mulher entende que a falta de remédios e de médicos têm deixado a saúde em Timóteo em uma situação de caos. Mas, na sua concepção, a injustiça praticada contra a população na hora de liberar um exame, deixando outras pessoas “cortarem fila” é um agravante que piora a situação e deixa evidente o descaso com a população.