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O trinta e trinta e um de março que entraram para a história da Assembleia de Deus Metropolitana, presidida pelo Pr. Adriano Silva.

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Missionária Lirane dirigiu o último dia da Concentração.

Foram dois dias de Concentração de Poder, Curas e Milagres.

Na tarde desta segunda-feira, 31 de março, dia em que completou 50 anos em que os Militares consumaram um golpe contra Jango e a democracia, a Concentração de Poder, Curas e Milagres, iniciada na noite do domingo, 30, na Assembleia de Deus Metropolitana, no bairro Cruzeirinho, em Timóteo, prosseguiu, no mesmo clima, com muita revelação, profecias e libertação. O pregador, a exemplo do domingo, foi o Pr. Márcio Nascimento, um homem de uma pregação contundente, de condenação veemente ao pecado e à duplicidade de vida, adotada por evangélicos que buscam agradar a Deus e ao mundo.

O templo, “ainda alugado”, como frisou o presidente da denominação, Pr. Adriano Silva, situado na Rua 104, a poucos metros de outro – o da Assembleia de Deus ministério Adão Araújo – ficou pequeno, em plena tarde quente de um dia tipicamente de atividades de razoável capacidade para  justificar um baixo comparecimento.  Várias cadeiras, sobrepostas providencialmente em um canto do templo, tiveram que ser espalhadas pelos poucos espaços que sobravam,  para acomodar o público. Diversas pessoas que estavam ali na tarde desta segunda-feira estiveram no domingo e presenciaram o que ocorreu, concluindo que valia a pena ver de novo, participar de novo, receber de novo. Algumas mulheres, de uniforme de suas empresas, denunciavam o interesse de estarem ali, mesmo em serviço ou se preparando para se dirigirem a eles. Como doentes em um hospital, famintos em um sopão e náufragos diante de um porto, crianças, jovens, adultos e adolescentes não viam a hora do milagre, o milagre que, ali, entendiam ser o lugar indicado para conquistarem.

O Pr. Márcio, como sempre elegantemente trajado, assumiu os microfones por volta das 15h30 e, a partir dai, os fiéis que estavam no local passariam a vivenciar momentos de manifestação espiritual, incluindo, além, dos glórias a Deus e aleluias, libertação de espíritos opressores, uma área de  atuação do pastor que, no início de março, chegou da Suíça, depois de seis anos que não vinha ao Brasil, seu país de origem. Durante sua mensagem, o religioso voltou a referir-se ao seu passado de limitações, inclusive no aspecto financeiro, para ilustrar suas afirmações a respeito do poder transformador de Jesus. Márcio lembrou-se de sua infância sofrida e atribuiu a um milagre de Deus seu atual estágio de vida. Contudo afirmou, categoricamente, que este estágio não o remete a um comportamento de orgulho. “Sou ainda da favela. Não posso negar minha origem”, filosofou o mensageiro.

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Pr. Adriano Silva

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Adriana e Paulo, que estão de volta para a Itália.

As horas se seguiriam com um homem de baixa compleição física vencendo o suor e o cansaço, agravado por gestos físicos de desprendimento de alto teor de energia como, por exemplo, os murros que dava sobre a mesa, onde jaziam pertences pessoais como carteira de trabalho, RG, fotos, dentre outros. Os sons altissonantes daqueles murros denunciavam uma ira contra a letargia bovina e típica das necrópolis, logomarca de ministérios engessados. Márcio chega a assustar pela veemência com que prega e pela ousadia com que se refere aos seus algozes. O ministro não poupa adjetivos para definir aqueles aos quais ele destina uma interpretação de complacentes com o mal, responsável por igrejas mornas, sem atuação mais rígida contra o pecado, tolerante com práticas que conspiram contra a verdadeira santidade. Em determinados momentos, até neste particular, Márcio chega lembrar o Pr. Arlindo Teodoro que comprou briga em Timóteo e no Vale do Aço, ao se referir aos pastores da região, quanto aos seus comportamentos, enquanto líderes responsáveis pela santidade de um povo. Até hoje ele é lembrado, “sem saudade”, por muitos, devido a esta atitude.

Pr. Márcio não está longe de despedir-se do Vale do Aço e retornar para a Suíça deixando para trás um séquito de líderes enraivecidos com seu comportamento. Mas, pelo visto, Márcio não se importa com esta possibilidade. Ele solta o verbo sem parcimônia. Em um dos episódios vividos nesta sua vinda ao Brasil, segundo contou na tarde desta segunda-feira, ali no Cruzeirinho, o religioso foi pejorativamente tratado devido a um tipo de sapato que usou em determinada igreja. Se os pés estão lhe valendo alguma referência jacosa, imagina a boca, que tem sido aberta para denunciar o que ele pensa estar fora do eixo nas igrejas evangélicas desta região.

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A massa, a base, o povo, sem teologia, sem status, sem afago, sem bajulação, doente, sofrido, vítima de privações,  calejado por profetadas covardes de panças abarrotadas de arroz com feijão de azedume voraz, aplaude o pregador e se apresenta como disposto a ouvi-lo por longas horas e é capaz de dizer “sim” quando perguntado se quer que ele continue a pregar. O povo, quando o escuta, não aprende definições em grego, nem a origem no latim de palavras, gesto típico dos “professores Raimundos” em alguns púlpitos, loucos para causarem impressões falsas sobre seus pseudos conhecimentos. Esta massa que “líderes” já não conseguem mais controlar em seus ministérios, pois está em busca de respostas concretas para seu sofrimento, ouve uma mensagem que agrada os ouvidos e toca o coração. Que reascende a esperança na vitória contra seus infortúnios, os mais diversos, até mesmo de uma definição sobre onde servir a Deus.  Talvez seja até por isto que o público que corre para ouvir o pastor chora copiosamente diante de suas afirmações positivas quanto à conquista de resultados que virão da parte de Deus, ao mesmo tempo em que sorri da forma como esta afirmação, na maioria das vezes, é proferida. Com mímicas hilariantes e um semblante de bravo, Márcio sabe cativar seus ouvintes e os arrasta por horas a fio, numa concentração de deixar morrendo de inveja determinados pregadores que já foram a Camboriú, no Congresso dos Gideões, atitude que, em muitos casos, soa como uma espécie de validação de suas supostas chamadas e consequente aceitação no mercado. Se já pregou em Camboriú, a pregação é mais cara. Pasmem! Se já cantou, idem.

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Cantora Mirian Leal

 Na tarde desta segunda-feira, na Assembleia de Deus Metropolitana, no Cruzeirinho, não eram poucas as pessoas que, de olhos arregalados, esperavam a hora da oração quando, certamente, baseadas no que viram no dia anterior – espíritos se manifestarem e suas vítimas serem libertas – misturavam a curiosidade com a certeza de que, mesmo se caíssem, levantariam “outras”, desvencilhadas de suas amarras. Quando perguntamos a uma das que passaram por esta experiência, se poderíamos publicar a imagem do fato, ela, prontamente, disse um sim, como se nossa decisão equivalesse à   publicação de um parto, onde elas nasceram para outra vida.  As expectativas destas pessoas se confirmaram e Pr. Márcio, do púlpito, local que ocupou por pouco tempo durante sua pregação, anunciou, pouco antes de encerrar sua preleção, que alguém ali cairia. A ordem foi dada à distância e logo ocorreu a manifestação e a consequente libertação daquela vida. Uma jovem senhora se veria livre de um mal que a atormentava, de acordo com depoimento que consta em um dos nossos vídeos, prestes a serem publicados.

As horas se estendiam e o público não arredava o pé da congregação, como se soubesse que cada minuto vivido ali era de contemplação do sobrenatural. Lágrimas e soluços eclodiam no ambiente, se misturando ao som do adagio C menor (Yanni) que serviu de fundo musical, desde a abertura do evento.

A cada hino, reservado para o final da concentração, o fogo se alastrava e as hipóteses para o possível horário de  encerramento do evento eram cada vez mais remotas quanto a um acerto.

Com seu paletó, que ele chamou de capa, Pr. Márcio, provocava a fé daquela multidão. Entre um louvor e outro, executados por Elcione, o pregador fez orações por diversas pessoas e até por um bebê, cuja mãe, após a oração recebida, o colocou para dar passinhos, o que ele fez com muita perfeição.

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Pr. Márcio, momentos antes de pregar, estava prostrado com o rosto no chão, buscando a Deus.

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Como a reunião tinha que ter um final, o final chegou e o saldo deixado por aquela concentração foi de poder, cura, milagres e libertação.

Fatos assim, muito cobiçados por pastores como isca para que suas igrejas se tronem cheias e conhecidas, reforçam a ideia de que certas iniciativas são dirigidas por Deus. A Metropolitana é uma denominação nova em Timóteo e, ao inserir nos anais de sua história marcas como desta concentração, afasta o estigma que insiste em ser a arma dos que se sentiram incomodados com seu surgimento.  A mesma boca que diz que o tempo é o senhor da razão, pode dizer que pelo fruto se conhece a árvore.

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