De Timóteo: Mãe disse que motorista da prefeitura retornou de Belo Horizonte e deixou sua filha grávida de seis meses para trás

Local conhecido como “Casa de Apoio”, em Belo Horizonte

Uma mãe Nilza Gomes, moradora do bairro John Kennedy, entrou em contato com o Blog do Silas desesperada na noite desta quinta-feira(11) para denunciar o que ocorreu com sua filha, Rinara Gomes  Nascimento, grávida de seis meses.

“Eu estou aqui indignada com o que aconteceu com minha filha. Ela viajou ontem para Belo Horizonte no carro da prefeitura. Ela está grávida de seis meses, uma gravidez de risco, com pressão alta. Ela faz tratamento da filha dela em Belo Horizonte. O motorista da prefeitura, o Márcio, veio embora e largou ela para trás. Ela está lá em Belo Horizonte sem dinheiro, porque ela levou pouco dinheiro porque ia vir embora hoje. Eles não dão janta lá na casa de apoio e ela está lá nestas condições, com criança pequena, de quatro anos, com problema de saúde, sem dinheiro para alimentar nem nada. O motorista veio embora e não quis saber de nada. Ele deixou ela para trás porque a consulta da menina é as 17h. Geralmente todos os motoristas vão no hospital onde ela faz tratamento da filha e trás ela de volta para Timóteo. O motorista de hoje não quis esperar. Um outro motorista ligou para ele e disse: espera a menina. Ela está grávida e você fazer uma coisa desta com ela?”

A mãe disse que a dor que lhe corrói o coração de ter ficado sabendo do que aconteceu com a filha a impulsiona  denunciar o fato.

Rinara estava em Belo Horizonte chorando muito e em desespero por ter ficado para trás com a menina, conforme disse a mãe ao Blog do Silas. Nilza contou que entrou em contato com um parente que reside em Santa Luzia e pediu que ele fosse até o endereço onde estava a filha e neta e as socorresse. O parente atendeu o pedido e conduziu Rinara e sua filha para sua residência, onde deverão pernoitar. “Eu vou na prefeitura denunciar este motorista”, garantiu a mãe, bastante revoltada.

O Blog do Silas falou com o motorista para ouvir sua versão. Ele disse o seguinte:

“Todo mundo que estava na Casa de Apoio veio embora. Eu sou motorista do ônibus e pego os passageiros na Casa de Apoio. Lá em Belo Horizonte tem uma Van que pega os pacientes nos hospitais e deixa na Casa de Apoio. Eu chego neste local por volta das 16h30. A gente tem tolerância para esperar o pessoal chegar até às 17h30. Quem tiver na casa vem embora, quem não estiver vem no outro dia”, explicou, acrescentando que existe um limite para eles (motoristas) e não podem ficar esperando além dele, ou seja, 17h30.