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A história que salta das cordas. Elder é o primeiro assembleiano de Timóteo bacharel em violino.

Publicado
11 anos atrásno

Elder foi embora porque descobriu que esperar não é saber. Ele soube, fez a hora e provocou o acontecer.
Certa vez um adolescente, para não dizer um menino, quis tocar violino. Bom, ele fez como qualquer um portador deste desejo faria. Na primeira oportunidade que teve lá foi o garoto tentar a sorte, realizar seu sonho. Mas o resultado beirou a uma decepção. O maestro olha, escuta alguns sons provocados no instrumento pelo sonhador jovem. O mestre, sem hesitar, descarta o guri. “Você não leva jeito para isso”, diz o mestre impiedosamente, que não fumava como o professor Girafales.
O rapazinho não desiste. Um casal de amigos, que assistia àquela cena triste onde o amigo foi preterido do seu sonho estende-lhe a mão. Como maestrina e maestro, o casal sugere ao adolescente que deixe o violino de lado e passe a tocar flauta. Flauta? Bom, para quem queria violino era uma situação muito inusitada. O garoto topa. Acata a sugestão. Os dias passam e uma aluna, que aprendia tocar violino, desiste. O casal, mais que depressa, comunica ao amigo que surgira uma oportunidade. Ele apressa-se em instruir o rapaz, ministra-lhe as lições e pede a ele que se empenhe para conseguir chegar ao estágio dos futuros violinistas que estudavam desde o início das aulas. Não da outra. O moço se esforça e consegue atingir o estágio das lições dos outros alunos. O que faz o casal agora? Ele ousa, procura aquele maestro lá do início, aquele da avaliação e, como se ele nunca tivesse ouvido aquele adolescente tanger as cordas de um violino, diz para o professor que poderia tomar a lição do garoto. Com um ar de certo desprezo, o professor pede para dizer ao sonhador que se apresentasse para as lições. O adolescente é comunicado e comparece. Na primeira oportunidade é dispensado por ter chegado cinco minutos depois do horário combinado. Na outra seguinte ele chega dentro do horário e exibe seus conhecimentos, adquiridos com a ajuda de Deus, do casal de amigos e do seu interesse. O maestro ouve, pensa e diz: “o menino é bom mesmo”! E o menino ficou bom mesmo, e o menino é bom mesmo. E o menino, agora, é mestre!

Mesmo quando tudo parecia escuro, a melodia da persistência soava nos ouvidos do violinista. Foto: Marcelo Lima.
Esta história não é do século passado, nem de muito longe, se você é morador da cidade de Timóteo, em Minas Gerais. O adolescente descrito é o Elder Freitas Dias e o casal é o maestro José Lopes e a Elêudes. O professor que descartou? Deixa pra lá. A verdade é que este professor, hoje, é um dos melhores amigos do Elder, a quem o violinista devota admiração e sente-se grato pelas cobranças que o fizeram crescer.
Elder protagonizou esta história e outras que, a princípio, não deixavam vislumbrar que, um dia, ele faria outra história: seria o primeiro assembleiano da cidade de Timóteo a colar grau em bacharelado em violino.
Com sua disposição, muitas vezes traduzidas por insubordinação e sua persistência, Elder mostrou que Geraldo Vandré acertou de cheio convocar à prática de certas teorias: “vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora; não espera acontecer”. Elder não esperou acontecer. Elder fez acontecer.
Privando-se do convívio com seus pais – o Ev. Elias Dutra e Débora de Freitas, da Assembleia de Deus do bairro Limoeiro – o hoje bacharel em violino foi para Belo Horizonte. Estudou, formou-se e provou que o sonho só é sonho quando se acorda dele pois, do contrário, é um pesadelo. Elder traçou seu destino, impôs limites e disciplina à sua conduta de apaixonado pela vida e a valorizou com a conquista de algo que o firma como um ser realizado.
Claro que o início é sempre de incertezas. Elder tinha certeza destas incertezas mas ficou certo de que estava certo. Deu início aos seus estudos e, quatro anos depois, olha pelo retrovisor e, talvez, desconheça alguma paisagem íngreme que atravessou para chegar onde chegou. Seu coração guarda o carinho por aqueles que lhe estenderam as mãos.

No recital, no dia da colação de grau. Foto: Marcelo Lima.
Elder não perdeu a origem e soube ser grato no momento em que se viu içado ao pódio que tanto almejava. Nos agradecimentos contidos no recital de formatura, o bacharel em violino lembrou-se do povo de sua terra, e não esqueceu a sua igreja. Disse ele: “Preciso agradecer muito, muito, à Igreja Evangélica Assembleia de Deus, na cidade de Timóteo, nas pessoas do maestro José Lopes da Conceição e da Maestrina Eleudes Canedo Lopes. Meus primeiros professores de música, na Corporação Musical Trombetas de Cristo. Os primeiros a me aturarem na sala de aula, quando eu ainda tinha 9 anos – e bem, se hoje eu ainda falo muito, imagina com 9 anos numa sala cheia de crianças e a adolescentes quase da minha idade. Bem, foram anos árduos até que em fim eu pegasse um instrumento pra tocar. Mas posso garantir pra vocês que o que aprendi durante os dois anos de curso técnico de música na Igreja Assembleia de Deus do bairro Olaria foi o conteúdo mais importante de minha vida musical. Vocês dois nunca esconderam suas limitações, mesmo assim nunca deixaram de ensinar. A primeira aula de violino com a Eleudes, a primeira oração com uma mão sobre mim e outra sobre o violino, as primeiras cordas soltas, isso ta guardado na minha memória e no meu coração.

Turma do violino: (atrás, esquerda p/ direita) Prof. Edson Queiroz, Lucas Damasceno, Arthur Yan, Alexsander Souza, Elder Freitas, João Marcos, Rafael, Luiza Anastácio(monitora). (Em pé, esquerda p/ direita) Stephanie Toledo, Adryelle Meneses, Laura von Atzingen, Paula Cordeiro e Joyce Guimarães.
Obrigado Zé e Eleudes, se meus primeiros anos aqui na faculdade foram o alicerce de minha técnica de violino, vocês são os arquitetos de toda esta estrutura. Se aqui na faculdade eu comecei a crescer, foram vocês que jogaram a sementinha e regaram até ela brotar.
Agradeço aos irmãos da Igreja Evangélica Assembleia de Deus do bairro Limoeiro, nas pessoas do Pr. José Ciríaco e da irmã Arlinda, e a orquestra Sê-Luz, na pessoa dos diáconos Paulo Eduardo e Rinaldo Lourenço, que sempre me trataram com carinho e respeito. Agradeço pelas orações, antes e durante todo meu curso. E sei que sempre se lembrarão do irmão Elder em suas orações. Também agradeço pela alegria de poder ser lembrado como um membro fundador da orquestra da igreja Assembleia do bairro Limoeiro”.
Elder esteve entre os 48 formandos, que incluía alunos dos cursos de licenciatura, de música popular, de musicoterapia e do curso de bacharelado em canto, violino, violoncelo, contrabaixo, harpa, piano, clarinete, trompete, trombone, percussão e composição.

Com os pais, o Ev. Elias Dutra e Débora
A busca pelo aperfeiçoamento fez deste moço timotense um destacado entre seus pares. Ele não perdeu a humildade e manifestou a Deus, a família e aos companheiros seu reconhecimento pela força e incentivo.
O curriculum do Elder não é um monumento ao exibicionismo nem à paranoia de pensar que um diploma o faz celeste entre os terrenos. No curriculum deste moço está o conceito de cristão, adquirido pelos conhecimentos bíblicos que lhe foram transmitidos pelos pais, dois assembleianos pioneiros. Dai sua conquista ser um troféu à persistência, luta e fé no futuro.

Com as amigas, que também colaram grau, Paula Cordeiro (esq.) e Laura Von Atizingen.
As muitas oficinas e apresentações que envolveram e aguçaram o talento do bacharel em violino esculpiram seu dom e sublinharam sua vocação. Ao publicarmos esta fase da vida deste músico não erigimos uma estátua ao elitismo nem tripudiamos sobre os que não nos pode oferecer descrição semelhante. Estamos exatamente compartilhando a felicidade de um moço que está a construir sua história.

O casal José Lopes e Elêudes foi importante na conquista de Elder. Estes dois amigos e mestres acreditaram na vocação do rapaz.
As horas de visível ansiedade do músico quando ainda despertava seus pendores naturais foram compensadas por pegadas no chão por onde ele passava tecendo o lençol que cobriria sua conquista e se constituiria na superfície dos seus méritos. Elder não apenas quis; não apenas cobiçou; não apenas teorizou; não reclamou e nem transferiu culpas por eventuais fracassos ou adiamentos de vitórias. O moço batalhou, batalhou e, na esteira de tantas batalhas, o ímpeto dos seus êxitos fê-lo arquivar instantes de afirmação de sua luta. Foi assim em várias oficinas e apresentações em que o violinista se envolveu.

O professor Joel de Amorim, que é pastor, teve participação decisiva na conquista do Elder.
Elder conserva em seu curriculum o curso técnico de teoria e solfejo musical Escola de Musica Corporação Musical Trombetas de Cristo. Participou de inúmeras oficinas, concluindo a carga horária de 8 (oito) horas, com o professor (ministrante) Jean Michel Borgeaud, da França, 2002; carga horária de 28 (vinte e oito) horas, com o professor Claudio Casarano, da Itália, 2004; carga horária de 09 (nove) horas, com o professor Eliseu Martins de Barros, de BH, 2007; 19° Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, com a professora Marena Isdebski Salles – 2008; 20º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, com o professor Pedro Delarole – 2009; 21º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, com o professor Edson Queiroz – 2010; 22º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, com o professor Edson Queiroz -2011; 23º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, com o professor Edson Queiroz – 2012; 24º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, com o professor Edson Queiroz – 2013. Bacharel em Violino pela Classe do professor Dr. Edson Queiroz, turma de 2013. Experiência Profissional – Em suas apresentações principais estão: Primeiro violino na Orquestra da Corporação Musical de Trombetas de Cristo, de 2001 a 2006: Cantata Viva Está 2002; Cantata Deus Conosco, 2006. Segundo violino da Orquestra de Câmara Jovem de Ipatinga (2003 a 2004) e primeiro violino a partir do ano de 2005 até o ano de 2009, sob a regência dos maestros Marcelo Melo (2003 a 2007) e Luciano Mendes Lima (2008 e 2009). Atuando como spalla de 2005 a 2006; e 2008 a 2009: Ópera “La Traviata” ( G. Verdi ), 2003; Opereta “A Viúva Alegre” ( F. Lehár), 2005; Réquiem de Mozart 2006; Magnificat BW243, JS Bach, em Novembro de 2008;Primeiro Violino da Orquestra de Câmara da Escola de Música TOM (Tenente Oswaldo Machado), de 2006 a 2009 (spalla de 2007 a 2009): Concerto Especial Roberto Carlos 50 Anos 2009. Primeiro violino da Orquestra Sinfônica do 19° Festival de Musica Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, 2008, sob a regência do maestro João Maurício Galindo; Primeiro violino (concertino) da Orquestra Sinfônica do 20° Festival de Musica Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, 2009, sob a regência do maestro Israel Menezes; Segundo violino (líder de nipe) da Orquestra Sinfônica do 21° Festival de Musica Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, 2010, sob a regência da maestrina Ângela Pinto Coelho; Primeiro violino (spalla) da Orquestra Sinfônica do22° Festival de Musica Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora, 2011, sob a regência da maestrina Ângela Pinto Coelho. Como aluno da Orquestra sinfônica da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais desde agosto de 2010. 1ª Sinfonia de Brahms; 9ª sinfonia de Dvorak; 1ª sinfonia de Prokofiev; Réquiem de Mozart; 7ª sinfonia de Beethoven; 5ª sinfonia de Beethoven; Como violinista convidado pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais: Concerto com o tenor Andrea Bocelli e a soprano Maria Aleida (maestro convidado – Eugene Kohn), na Praça da Estação. Abertura da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, Novembro de 2011; Concerto na cerimônia de Entrega da Medalha da Inconfidência, na cidade de Ouro Preto. “Abertura 1812”, de Pyotr Tchaikovsky, Abril de 2012; Concerto com o músico João Bosco, no evento Sinfônica Pop. Abertura de Romeu e Julieta, de Pyotr Tchaikovsky, Setembro de 2012; Petite Messe Solennelle – Gioacchino Rossinni, primeira audição brasileira da versão orquestral, Dezembro de 2012; Grande Concerto de Natal no Grande Teatro do Palácio das Artes, Dezembro de 2012; Cantata Carmina Burana de Carl Orff, abertura da temporada 2013 e inauguração do Teatro Bradesco Minas 1, Março de 2013; Estréia mundial da ópera “Phaedra adn Hippolytus”, de ChristopherPark,noGrandeTeatrodoPaláciodasArtes,Junhode2013;Ópera“UmBailedeMáscara”de G. Verdi, no grande teatro do palácio das artes – orquestra de cena. Elder reúne experiência, por exemplo, como Professor de Violino: Professor de violino/viola da Escola Municipal de Música e Canto Tenente Oswaldo Machado (Ipatinga) de 2007 a 2009; Professor de violino da escola de Música Santa Cecília (Ipatinga) no ano de 2009; Professor de violino do CENEX da Escola de Música da UFMG no ano de 2011 e no primeiro semestre de 2012; Professor de violino na Escola Quatro Por Quatro, de Novembro de 2013 a Janeiro de 2014.
Mas a luta continua após a conquista do troféu. Elder retorna para Timóteo e, no Vale do Aço, deverá pleitear a condição de professor de uma escola de música em Ipatinga, bancada pela comunidade.
Novos horizontes irão se estender para este timotense e assembleiano que escolheu brilhar como estilo de vida, lutar como filosofia de vida e vencer como resumo de vida.

Elder, com a professora Valéria Gazire. Continua continua enxergando longe! Foto: Marcelo Lima.
Por tudo isso e por muito mais que não conseguimos descrever de um gigante em tão tenra idade para não ser anão, nossos votos de muitos e muitos outros sucessos. A dignificante e histórica condição de ser o primeiro bacharel em violino em um seguimento da sociedade, por certo, desencadeará muitos outros pioneirismos. Afinal, quem nasceu para ser Elder, não poderia deixar de ser Elder. Elder foi forjado pela saga de sonhar e pela intrepidez em realizar. O menino que iniciou bem cedo perseguindo o que queria com afinco e ouvidos tapados para desprezos e subestimações tem, hoje, a competência de tocar para muitos ouvidos que um dia não acreditaram que das cordas de um violino pudesse saltar o som da conquista, quando este estivesse sendo tangido por um Elder Freitas Dias. Pois é do violino de um Elder Freitas Dias que salta muito som de um bacharel naquilo em que ele quis, buscou e conquistou.
Tchan-tchan-tchan-tchaaaan… E agora, com vocês, Elder Freitas Dias, para novas histórias.

Nos braços do avô Sebastião.
Estes foram os agradecimentos do Elder (na íntegra), no dia do Recital de Formatura, 30 de novembro de 2013:
Oba! Bom?!…
…boa tarde, quero a agradecer a presença de todosaqui no meu recital de formatura. Uns vieram de tão, tão distante só pra ficarem aqui me ouvindo tocar uns minutinhos. Bem, obrigado a todos por terem vindo. Agradeço, primeiramente a Deuspela força, saúde, sustentação, sabedoria e muitasoutras dádivas e bênçãos a mim, concedidas até aqui, em meus quase 25 anos de vida, e nesses 4 anos de curso superior. Obrigado meu Deus, sei que não mereço tanta benção mas sei que sua misericórdia é infinita. Quero agradecer a todas as pessoas que trabalham para esta escola funcionar. Tecnicos, e professores, ao pessoal da faxina, manutenção e portaria– em especial ao Wanderson, Warley, seu Mauri, seuAntonio, tia Almira, Mario Sergio, seu Francisco, Sergio e Saulo. Aos professores pelos quais passei: Glaura, Christofer Silva, Angelo Nonato, Rosongela, Guida, Lincol, Iara, Charles, Carlos Palombine, Andre Cavazoti, Miguel Rosselini, Maria Inês, Carlos Aleixo, Fausto Borém, Claudio Urgel, Max Tepich, Romeu Rabelo, Bethania, Wilson Lopes e Ernani Maletta (faltam?).Agradeço aos dois pianistas que tiveram a paciência de me acompanhar durante as minhas provas e recitais – muito obrigado Eron Alvin emuito obrigado Valéria Gazire. Preciso muito agradecer ao professor Dr. João Gabriel e a Drª RoniseLima pela atenção no SEST do hospital das clínicas quando eu precisei de atenção especial e cuidados médicos e terapêuticos, quando eu achei que meu braço não iria conseguir, nunca mais, manter um violino no alto por mais de 15 segundos, aqueles dois e sua equipe conseguiram me reabilitar e permitiram que eu chegasse até aqui. Muito obrigadoa cada um de vocês, que me ajudaram, ensinaram e contribuíram para meu crescimento e amadurecimento pessoal e profissional. E é claro, o único professor que me “aturou” desde a primeira semana de curso até hoje – e ainda deve aturar uns anos ainda – o Dr. Edson Queiroz. Professor, muito obrigado. Sei que podem falar que não fez mais do que seu dever, mas aturar um rapaz que veio do interior, cheio de sonhos, mas sem noção alguma do que eram aqueles sonhos; cheio de vontade, mas cheio de problemas técnicos e com enormes dificuldades de traspor esses problemas num instrumento tão pequeno e complicado;obrigado professor pela paciência com todas as desafinações, que no inicio pareciam bem mais que as afinações, obrigado pela paciência em explicar duas, três, as vezes 4; obrigado por me ajudar neste curso, e embora eu saiba que durante estes 4 ano,talvez três anos tudo que criei foi uma grade base,foi um grande alicerce para muito mais coisas que ainda preciso aprender e entender, é desta base quesei que agora posso subir, crescer, e quem sabe até, um dia me tornar metade do violinista que você é. Obrigado professor Edson. Quero agradecer aos professores de violino pelos quais passei antes de conseguir chegar até aqui, e que claro, foram de fundamental importância para que euconseguisse chegar: Fernanda Boaventura, Richard Wagner, Willian Barros e Eliseu Barros. Quero agradecer ao maestro da Orquestra Vida, da Igreja Assembleia de Deus de Belo Horizonte, Tenente Antonio Soares,por me receber na casa de Deus nesta nova cidade, apoiando, aconselhando e orando junto conosco. Brigado Toninho. Quero agradecer aos maestros Joel Amorim, Marcelo Mello, Walter Mesquita e Luciano Lima, pelo apoio, força e instruções no início de minha vida musical. Ao maestro Luciano, obrigado maestro pela paciência na orquestra de câmara jovem de Ipatinga,quando eu já parecia estar desistindo de tocar violino, você me levantou, me deu forças pra continuar a sonhar, e com toda sua experiência e histórias de vida, me mostrou que as coisas não eram fáceis mesmo não, mas não eram impossíveis. Ao maestro Walter, obrigado pela confiança em mim, quando entrei coma responsabilidade de substituir um dos músicosmais dedicados que já conheci – Vanderlei Jr. Sei que não o substituir a altura, mas obrigado por me fazer sentir capaz de coisas além do que meus olhos podiam enxergar. Obrigado pelos conselhos e pela própria preparação para o vestibular. Ao maestro Marcelo, obrigado pela chance e confiança, na orquestra de câmara jovem de Ipatinga, pois foi onde – para desespero do meu pai, a princípio – foi onde eu resolvi que iria trabalhar tocando violino mesmo. Obrigado por ter acreditado em mim quando eu ainda aprendia a fazer escala de DÓ M em duas oitavas. Ao maestro Joel, obrigado pelas primeiras lições na orquestra da igreja, pela rigidez e ao mesmo tempo segurança, pois demonstrava que eu não estava ali tocando simplesmente por tocar, que tinha um propósito e que eu deveria sempre, sempre buscar fazer damelhor forma este meu serviço, principalmente porque era pra Deus. Obrigado por me ensinar uma das mais belas lições de minha vida, que os “filhos das trevas são mais prudentes que os da luz.”Pode parecer besteira, mas esta frase ficou em minha cabeça e eu passei a pensar: “preciso fazer o melhor que eu puder, pois ainda assim meu melhor ainda será insuficiente para agradecer por tudo que Deus me fez.” [ta quase acabando, sei que ta maior que o própriorecital, mas preciso falar estas coisas]. Preciso agradecer muito, muito, à Igreja EvangélicaAssembleia de Deus, na cidade de Timóteo, nas pessoas do maestro José Lopes da Conceição e da Maestrina Eleudes Canedo Lopes. Meus primeiros professores de música, na Corporação Musical Trombetas de Cristo. Os primeiros a me aturarem na sala de aula, quando eu ainda tinha 9 anos – e bem, se hoje eu ainda falo muito, imagina com 9 anos numa sala cheia de crianças e a adolescentes quase da minha idade. Bem, foram anos árduos até que em fim eu pegasse um instrumento pra tocar. Mas posso garantir pra vocês que o que aprendi durante os dois anos de curso técnico de música na Igreja Assembleia de Deus do bairro Olaria foi o conteúdo mais importante de minha vida musical. Vocês dois nunca esconderam suas limitações, mesmo assim nunca deixaram de ensinar. A primeira aula de violino com a Eleudes, a primeira oração com uma mão sobre mim e outra sobre o violino, as primeiras cordas soltas, isso ta guardado na minha memória e no meu coração. Obrigado Zé e Eleudes, se meus primeiros anos aqui na faculdade foram o alicerce de minha técnica de violino, vocês são os arquitetos de toda esta estrutura. Se aqui na faculdade eu comecei a crescer, foram vocês que jogaram a sementinha e regaram até ela brotar. Agradeço aos irmãos da Igreja Evangélica Assembleiade Deus do bairro Limoeiro, nas pessoas do Pr. José Ciriaco e da irmã Arlinda, e a orquestra Sê-Luz, na pessoa dos diáconos Paulo Eduardo e Rinaldo Lourenço, que sempre me trataram com carinho e respeito. Agradeço pelas orações, antes e durante todo meu curso. E sei que sempre se lembrarão do irmão Elder em suas orações. Também agradeço pela alegria de poder ser lembrado como ummembro fundador da orquestra da igreja Assembleia do bairro Limoeiro. Quero agradecer a todos os ex-professores da escolaTOM – Tenente Oswaldo Machado – em especial a professora Beth Ribeiro, que me deu muita força na época do vestibular. Quero agradecer também a diretora e professora de canto da Escola Santa Cecília de Ipatinga, Rita Eneida. Muito obrigado Rita pelo apoio e força. Quero agradecer aos amigos da “Sax & Cia”, de Ipatinga, que agora estão espalhados por aí. Agradecer em especial ao Roberto Machado e a tia Paty. Agradeço ao meu amigo, irmão, Rodrigo Faustinoque veio junto comigo pra BH travar esta luta que é ficar longe de casa pra tentar a vida numa cidade diferente, num curso talvez diferente. E que agora está ainda mais longe, num lugar ainda mais diferente, mas sei que está torcendo e orando sempre por mim.
Quero agradecer aos meus amigos Douglas Santiagoe toda sua família, seu pai Daniel, sua mãe, irmã Dora, e ao Nito. Pelos anos de duos e quartetos que fizemos lá na sua casa e por até hoje serem a família de amigos que mais me apoiam e ajudam para meu crescimento pessoal e profissional. Agradeço ao Douglas e também ao Fabio Luis, que acreditaram que eu poderia passar no vestibular mais do que eu mesmo acreditava. E chamavam minha atenção a cada vacilada que eu pensava em dar, desistindo do vestibular, desistindo de tocar. Valeu Fabão e Dogão. Quero agradecer aos colegas da classe violino, em especial a Paula Cordeiro, que foi uma das responsáveis por eu estar aqui hoje. Primeiro, quando eu ia desistir de tudo ela foi a primeira a puxar minha orelha. Ela sempre deu sermão de quanto eu desenvolvia, como eu tinha melhorado, etc. E apesar de eu acreditar que era apenas pra me confortar eu comecei a acreditar nela e consegui chegar até aqui. Brigadão Paulinha! Quero agradecer aos colegas da Escola de Música da UFMG, em especial aos meus grandes amigos, que conheci e passei a amar durante este curso: Thiago Pinheiro, Salomão Xavier, Valquiria Gomes, Kainan Belato. Aos meus amigos de outras datas, festivais, escolase lugares que passei: João Higino, Luyra, Elidiane, Tati, Jansley, Ananias, Djavan, Thiago André, Werneck, Diego, Mateus, Marcão, Neri.Quero agradecer aos colegas da Orquestra de Câmara do Vale do Aço – antiga Orquestra de Camara de Ipatinga – na pessoa do maestro Vinicius Saturnino, por terem divido comigo minhas primeiras experiências profissionais. E experiências futuras serão partilhadas, se Deus quiser. Quero agradecer a cada um dos meus colegas e amigos. A cada um dos que me ouviram, que deram força e choraram, a cada um que ficou feliz comigo e ficou triste por mim, aos que oraram e que mesmo de longe torceram para tudo dar certo. Alguns até estão aqui:… Agradeço aos meu tio Jessé e tia Branquinhapor me darem força, por todo carinho e consideração, que Deus abençoe muito vocês. Agradeço aos meus tios Wilson e Auzenira, por todas as vezes que me receberam com muito carinho em sua casa. Sempre comalegria. Obrigado tios, amo vocês. Preciso muito declarar meu amor por uma família muito especial que me acolheu em BH, mesmo eu sendo parcialmente estranho para eles. Obrigadotio Raimundo e tia Neném, obrigado por abrirem as portas da sua casa para mim, e me receberem quando eu muito precisei, obrigado Marta, Robson, Marquim, Fabim, Roning, e agradeço a toda família Fidelis e Freitasatravés deles. Quero agradecer a minha namorada, noiva, daqui ha 32 dias, Talita Carla, por estes 3 anos ao meu lado, ouvindo lamentações e bênçãos, dividindo comigo alegrias e tristezas. Te amo gatona. Quero agradecer aos meus irmãos de sangue: Waleria, Waldislene, Emanuelle e Elias Jr. E a minha irmã de coração: Rose Ferreira. Sei que toreceram por mim, agradeço pelo apoio e pelos joelhos no chão pedindo a Deus pra me abençoar nesta nova e diferente jornada. Sei que vão continuar pedindo por mim, e saibam que sempre oro por cada um de vocês. Quero agradecer especialmente a minha irmã Gizelly Freitas, ex-trompista da Corporação MusicalTrombetas de Cristo, quem foi a culpada por eu ter pego pela primeira vez uma flauta doce e tocado“trocentas” musicas de ouvido, antes dos meus paisresolverem me “enfiar” numa aula de música na igreja. Por ultimo, obrigado a Deus pela família em que me permitiu nascer. Obrigado por ter me permitido ser criado por estes dois seres tão importantes pra mim. Meu pai, Elias Dutra, e minha mãe, Débora Soares Freitas,obrigado por tudo, pelas mamadeiras, pelos carrinhos, pelos carinhos e puxões de orelha. Obrigado pelo primeiro violino. Graças a vocês hojesou homem, literalmente formado, criado e pronto pra ter minha família, e espero ser o mesmo tutor que vocês me foram. Tenham certeza que estes anos, longe de casa, eu sempre os honrei e pra tudo eu pensava o que vocês pensariam e diriam pra eu fazer. Espero ter condição um dia de retribuir aos meus filhos tudo que fizeram por mim, por que infelizmente a vocês eu não tenho como retribuir. Só posso continuar orando cada dia para que Deus os sustente firmes, com saúde e que eu possa contemplar o rosto de vocês por mais muitos anos. Amo vocês e não teria chegado aqui, mesmo com todas essas pessoas já citadas antes, se não fosse por vocês. Que Deus abençoe a todos nós, hoje e sempre.
Obrigado, obrigado, obrigado.

Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.