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“…Mas, se eu morrer, não precisa chorar; fui morar com o Papai do céu”, teria falado Dilma, um domingo antes

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Dilma e o pastor Daniel, com quem viveu 43 anos casada. Foto: Dilmar

As cortinas da eternidade estão se abrindo para diversos dos pioneiros das Assembleias de Deus de Timóteo. A instituição acaba de perder mais um, desta vez membro da congregação do bairro Petrópolis mas que, por muito tempo, congregou-se em Alvorada. Dilma Gonçalves, que se notabilizou, por exemplo,  como exímia professora da Escola Bíblica Dominical e uma das monitoras da EETAD, assim que foi implanta em Timóteo, não resistiu à uma pancreatite e morreu.

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Com o esposo, o filho Dilberto e a nora. Foto: Dilberto

O falecimento de Dilma Chaves Gonçalves, de 62 anos, ocorrido em Belo Horizonte, na manhã da última quarta-feira (17), não foi visto como uma fatalidade decorrente da complexidade de um exame a que se submeteu. Sua morte foi uma partida “anunciada” aos filhos, no domingo anterior, em um churrasco em sua casa, no bairro Petrópolis, em Timóteo. O que era para ser um momento de corriqueira congratulação teve um ingrediente muito forte, que temperou a expectativa dos dois filhos, Dilberto e Dilmar, além dos netos, noras e esposo.  Dilma, naquele churrasco, em um determinado instante, começou a referir-se ao exame que faria, na semana, na Capital. O procedimento seria uma Colangiopancreatografia, que possibilita ao médico diagnosticar problemas do fígado, vesícula biliar, dutos biliares e pâncreas. A paciente tinha consciência da complexidade do exame e não temeu passar por ele.

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Com o filho Dilmar

Dilma não apresentava nenhuma alteração de saúde, como disse um dos filhos, o empresário Dilberto, mas iria  a Belo Horizonte para o exame, como uma forma de prevenção.

O resultado indicou um estreitamento dos dutos, diante do que o médico teve que introduzir um instrumento, através do endoscópio, para aliviar a obstrução e  abrir o estreitamento.

Antes que Dilma passasse pelo exame, porém,  a família assinou um documento onde reconhecia, entre os riscos do procedimento, a contração de uma pancreatite, ou seja, inflamação do pâncreas; infecção, ruptura ou uma hemorragia. Uma das possibilidades aventada pelo documento aconteceu, e Dilma, devido à ruptura do intestino, contraiu uma pancreatite, não resistiu e, às 4h40, faleceu.

Erro médico? Fatalidade? O filho Dilberto e, certamente o outro e o marido, não pensa assim. Dilma, naquele churrasco, vaticinava seu descanso, o descanso com o pai. Para quem ouvia aquelas palavras seria duro imaginar que não eram palavras soltas ao vento. Era doloroso admitir que aquelas palavras eram  anúncio de um fato que  ocorreria três dias depois. O que Dilma disse naquele momento para o esposo, dois filhos, duas noras e cinco netos? Dilberto contou que a mãe, ar se referir ao exame, disse: “O exame pode provocar complicações, mas eu estou pronta para partir”. Disse, ainda, que não era para a família chorar porque ela, caso morresse, estaria morando com “papai do céu”. Reconheceu, naquele instante, que Deus havia cumprindo todas as Suas promessas feitas a ela, destacou a família como bênção que Deus a concedeu e pediu para que seu corpo fosse velado no templo da Assembleia de Deus do bairro Alvorada. “Cremos que Deus mostrou a ela, serva fiel, que a recolheria”, disse Dilberto.

Dilma, ao lado do marido, o pastor Daniel Gonçalves, por mais de 30 anos, congregou na Assembleia de Deus do bairro Alvorada, onde teve participação ativa em várias organizações da congregação. Há 10 anos vinha reunindo com a família na Assembleia de Deus do bairro Petrópolis. Sua contribuição com a obra de Deus vai eternizar-se na vida de muitos que foram seus alunos na Escola Dominical. Durante 18 anos Dilma lecionou teologia (EETAD) para diversos obreiros, dentre os quais os pastores Gentil  Moura, João dos Santos e Adão Araújo. Poucos minutos antes do caixão com seu corpo deixar o templo da Assembleia de Deus do bairro Alvorada, uma senhora, emocionada, comentou: “Me lembro de quando era aluna da Dilma. Nunca vou esquecer seus ensinamentos”.

Em conversa conosco um dos seus filhos definiu a mãe como amiga e conselheira. Seu jeito carinhoso de ser e a forma lhana de tratar amigos e parentes foi destacada no culto fúnebre, pelo sobrinho, o pastor Gilmar Vieira.

Dilma deixou, além de viúvo o pastor Daniel Gonçalves, 2 filhos e  5 netos

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