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Médicos estão proibidos de fazer selfie de pacientes enquanto atendem

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Cenas como essa estão proibidas pelo CFM

Os médicos brasileiros estão proibidos de tirar selfies – fotos de si mesmo – enquanto atendem um paciente. Eles também não podem mais participar de comerciais divulgando empresas ou produtos, mesmo que estes não tenham relação com o exercício da medicina. Essas proibições fazem parte de uma nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que será publicado no Diário Oficial da União ainda nesta semana.

As novas normas tentam ajustar o comportamento dos médicos com as redes sociais e têm como objetivo principal, segundo o CFM, “fixar parâmetros para evitar o apelo ao sensacionalismo ou à autopromoção”. Um outro artifício proibido pelo conselho é o famoso “antes e depois”, que mostrava o resultado de determinado tratamento, principalmente os estéticos.

O médico também está proibido de divulgar a posse de títulos científicos que não possa comprovar e nem induzir o paciente a acreditar que está habilitado num determinado campo de atendimento ao informar que trata sistemas orgânicos, órgãos ou doenças específicas.

Da mesma forma, ele não pode consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa ou a distância, assim como expor a figura de paciente na divulgação de técnica, método ou resultado de tratamento.

Essa resolução é uma atualização de outra, de 2011. Há quatro anos, os médicos foram proibidos de participar de anúncios comerciais ligados à medicina. Na norma de 2015, o conselho ampliou a restrição para qualquer ramo da economia.

Segundo o conselheiro Emmanuel Fortes Cavalcante, 3º-vice-presidente do CFM e responsável pelas propostas que normatizam a divulgação e a publicidade de assuntos médicos, ao observar os critérios definidos pelo CFM, “o médico estará valorizando uma conduta ética nas suas atividades profissionais, além de se proteger efetivamente de eventuais processos movidos por terceiros em busca de indenizações por danos materiais ou morais decorrentes de abusos”.

Ele ressaltou ainda que a Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame), mesmo após o detalhamento publicado, continuará atenta para discutir futuros ajustes em função de necessidades impostas pelo avanço de tecnologias ou mudanças efetivas de comportamento na sociedade. “É um tema dinâmico, que exige acompanhamento contínuo”, pontuou.

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