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Tragédia de Mariana: Moradores do Naque sofrem impactos da lama que atingiu Rio Doce

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Fornecimento de água no Naque foi suspenso (Foto: Wilkson Tarres/G1)

Moradores da cidade do Naque (MG), começaram a sofrer os primeiros impactos ambientais nesta segunda-feira (9), provocados pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, de distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na última quinta-feira (5).

O rejeito e a lama da mineradora atingiram o Rio Doce e parte do Rio Santo Antônio, que banham a cidade nesse domingo (8), e o fornecimento de água está suspenso. Na beira dos rios, moradores e pescadores da região resgataram centenas de peixes que morreram devido a lama e não podem ser consumidos.

Vários peixes estão sendo encontrados mortos nos Rio Doce e Santo Antônio (Foto: Wilkson Tarres/G1)

Vários peixes estão sendo encontrados mortos nos Rio Doce e Santo Antônio (Foto: Wilkson Tarres/G1)

O mecânico, Felipe Otelino, que mora na cidade, diz que muitos pescadores da região sobrevivem da pesca e estão sem resposta. 

“O rompimento dessas barragens está nos prejudicando. Os mais afetados são pescadores que sobrevivem dos rios e que ainda não tem nenhuma resposta. A desova dos peixes começaou e a pesca está fechada. Estamos sofrendo com isso. Também desligaram a água, e agora temos que pedir a Deus para que a situação da nossa fauna e flora possa voltar ao normal”, diz.

O operador, Fernando Andrade, que atravessa de bote o Rio Doce todos os dias para trabalhar, lamenta a situação. “A gente vê uma imagem dessa e da até tristeza, poluição e peixes morrendo. Tenho visto vários qualidades de peixes que pensei que não tinha aqui e estão mortos no rio. Nunca vi isso na minha vida”, afirma.

O montador, Hudson Marinho diz que viu pescadores chorando ao ver muto peixes mortos a beira dos rios. “Ontem vi muitos pescadores chorando ao ver os peixes mortos que não podem ser aproveitados, a situação é muito triste”, declara.

O tenente da Polícia Militar Ambiental, Átila Porto, diz que o prejuízo e o impacto ambiental é imensurável. “O impacto que estava vendo é terrível para o meio ambiente. Vai demorar décadas para recuperar o que foi perdido. Vimos centenas de peixes e várias capivaras mortas no leito do Rio Doce que está coberto de lama, óleo e produtos químicos”, afirma.

Átila Porto disse ainda que os militares estão registrando váris boletins de ocorrência que serão enviados ao Ministério Público para que a empresa responsável arque com os prejuízos.

G1

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