Ligue-se a nós

Notícias

Tragédia de Mariana: Moradores do Naque sofrem impactos da lama que atingiu Rio Doce

Publicado

no

Compartilhe esta publicação
Ad 21
Me siga no Instagram. Clique na imagem.
ZZAQ

Fornecimento de água no Naque foi suspenso (Foto: Wilkson Tarres/G1)

Moradores da cidade do Naque (MG), começaram a sofrer os primeiros impactos ambientais nesta segunda-feira (9), provocados pelo rompimento de duas barragens da mineradora Samarco, de distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na última quinta-feira (5).

O rejeito e a lama da mineradora atingiram o Rio Doce e parte do Rio Santo Antônio, que banham a cidade nesse domingo (8), e o fornecimento de água está suspenso. Na beira dos rios, moradores e pescadores da região resgataram centenas de peixes que morreram devido a lama e não podem ser consumidos.

Vários peixes estão sendo encontrados mortos nos Rio Doce e Santo Antônio (Foto: Wilkson Tarres/G1)

Vários peixes estão sendo encontrados mortos nos Rio Doce e Santo Antônio (Foto: Wilkson Tarres/G1)

O mecânico, Felipe Otelino, que mora na cidade, diz que muitos pescadores da região sobrevivem da pesca e estão sem resposta. 

“O rompimento dessas barragens está nos prejudicando. Os mais afetados são pescadores que sobrevivem dos rios e que ainda não tem nenhuma resposta. A desova dos peixes começaou e a pesca está fechada. Estamos sofrendo com isso. Também desligaram a água, e agora temos que pedir a Deus para que a situação da nossa fauna e flora possa voltar ao normal”, diz.

Ad 22
Fique por dentro da AD Timóteo. Clique na imagem acima e entre no grupo.

O operador, Fernando Andrade, que atravessa de bote o Rio Doce todos os dias para trabalhar, lamenta a situação. “A gente vê uma imagem dessa e da até tristeza, poluição e peixes morrendo. Tenho visto vários qualidades de peixes que pensei que não tinha aqui e estão mortos no rio. Nunca vi isso na minha vida”, afirma.

O montador, Hudson Marinho diz que viu pescadores chorando ao ver muto peixes mortos a beira dos rios. “Ontem vi muitos pescadores chorando ao ver os peixes mortos que não podem ser aproveitados, a situação é muito triste”, declara.

O tenente da Polícia Militar Ambiental, Átila Porto, diz que o prejuízo e o impacto ambiental é imensurável. “O impacto que estava vendo é terrível para o meio ambiente. Vai demorar décadas para recuperar o que foi perdido. Vimos centenas de peixes e várias capivaras mortas no leito do Rio Doce que está coberto de lama, óleo e produtos químicos”, afirma.

Átila Porto disse ainda que os militares estão registrando váris boletins de ocorrência que serão enviados ao Ministério Público para que a empresa responsável arque com os prejuízos.

G1

Continuar Lendo