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Jovens se casam em estilo gótico e causam polêmica em cidade mineira

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Landercy Hemerson, no Estado de Minas

O casamento de dois jovens adeptos do estilo gótico tornou-se polêmica em Rubim, cidade a 764 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, Nordeste de Minas. Tem até fiéis que já se mobilizam para afastar o pároco local. Na cerimônia de núpcias, realizada em janeiro, os noivos e convidados se vestiram de preto, cor característica da cultura gótica. Algumas beatas reagiram com críticas durante o evento e um boletim de ocorrência policial foi registrado contra elas. O padre João Carlos Barbosa Nunes, o Joca, se defende, afirmando que foi um casamento como qualquer outro. “Obedeci a tudo como a Igreja Católica manda. A gente não pode negar um casamento. Já em relação às pompas e circunstâncias da cerimônia, se não ferem princípios morais, o padre não tem como interferir, incluindo no que se refere às roupas de noivos e convidados. Afinal, padre não é estilista”, disse o religioso.

O tatuador Wesley Aurélio Mendes Chaves, de 26 anos, e sua noiva Fernanda Alves Martins, de 20, subiram ao altar da Paróquia do Senhor do Bom Jesus, em Rubim, em 11 de janeiro. Wesley, que nasceu na cidade, diz que desde os 13 anos adotou o estilo gótico, atraído principalmente pelo apelo musical. Fernanda, que chegou a Rubim há três anos, desde os 15 anos é gótica. O encontro entre eles foi há um ano e seis meses. Depois de um período morando juntos, eles decidiram sacramentar a união no religioso, já que desde crianças são católicos. “É apenas um estilo de vida. Fiquei um período afastado da Igreja Católica devido ao preconceito de alguns frequentadores. Há sete anos conheci o padre Joca em uma cidade baiana e ele me trouxe de volta à Igreja. Sempre tive minha fé cristã e toda essa situação me leva apenas a fortalecê-la.”

Wesley não considera que tenha desrespeitado a tradição católica. Segundo ele, desde outubro de 2013 o casal vinha seguindo todos os trâmites para receber o sacramento matrimonial. O tatuador considerou como preconceito as pessoas considerarem o casal satanista e praticante de magia negra. “Peço a Deus que me dê força para enfrentar tudo que é contra. É um casamento legítimo e não há o que contestar”, disse.

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