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9 anos atrásno
A ousadia “marcou” a curta carreira criminosa de Sarah Carolina da Silva de Souza, a Carolzinha, de 19 anos. Ela foi morta depois de ferir dois militares na saída de um baile funk em Betim, na Grande BH. Nas redes sociais, vizinhos e internautas “comemoraram” a morte da jovem, que era considerada líder da gangue do Morro Vermelho, em Contagem
Carolzinha já tinha sido presa 22 vezes, segundo a PM. A Secretaria de Defesa Social registrou apenas uma temporada no sistema prisional: ela ficou detida ente 7 de dezembro de 2014 e 21 de janeiro de 2015 no Ceresp Centro-Sul por tráfico de drogas .
Um agente penitenciário escreveu: “Esse lixo ficou quase 3 anos em uma unidade sócio educativa”. Quando era menor de idade, Carolzinha foi apreendida suspeita por um homicídio .
Uma vizinha escreveu: “Agora todo mundo fala que foi tarde, que é piranha, desgraçada, mas via ela na rua abaixava a cabeça né! Porque nao falava quando tava viva? Nao tenho nada contra, nem a favor. Cada um colhe o que planta. Mas muitos ai querem só aparecer em cima da morte da Carolzinha (sic)”
Até um funcionário da Prefeitura de Belo Horizonte se manifestou na postagem policial que anunciava a morte da jovem:
— Quem atira pra matar tem que tomar tiro para morrer. Parabéns aos PMs
Em meio a várias mensagens que “comemoravam” a morte, uma internauta ponderou que a família dela também deve estar sofrendo.
“Ponha-se no lugar da família dela. Já pensou se fosse uma filha ou filho de vocês, se iam gostar de ver as pessoas falando isso? Os pais não têm culpa, falo isso porque já estive nessa vida e graças a Deus tive o livramento e escolhi o Seu caminho”
Outro jovem comentou que “as circunstâncias não levariam a outro destino. É menos uma”
Um amigo da jovem, pelo Facebook, prometeu vingança:
— A Carol morreu mas tem gente aqui por ela
Carol não gostou de ter sido revistada em um baile funk no bairro São Caetano. Ela voltou armada com uma pistola 380 e atirou no joelho de um PM. Em seguida, tentou matar outro, mas o disparo pegou no colete na altura do peito
O boletim de ocorrência ainda registrou que ela teria cuspido nos policiais e afirmado que eles “não valiam nada”
Segundo a polícia, Carolzinha era usada por traficantes quando era menor de idade para transportar drogas sem ser incomodada
A garota adorava postar fotos em poses desafiadoras no Facebook
O comparsa da garota, que pilotava a moto, ainda não foi encontrado
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Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.