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Garoto desmente livro, comercializado pela Casa Publicadoara das Assembleias de Deus, onde relatou sua viagem ao paraíso após quase morrer

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O adolescente Alex Malarkey, 10 anos, desmentiu, cinco anos depois, a história contada no livro “O Menino que Voltou do Céu” (Ed. CPAD, 2010), onde relata sua viagem até o paraíso, o encontro com Deus e o retorno à vida. A notícia foi publicada no site do jornal “New York Daily News”.
A suposta viagem ao céu teria ocorrido em 2004, após um gravíssimo acidente de carro quando ele tinha seis anos e que o deixou tetraplégico. Na ocasião, Alex ficou dois meses em coma e segundo seu relato, ele foi encaminhado por anjos até o paraíso.
“Eu não morri. Eu não fui para o paraíso”, escreveu em uma declaração oficial. O impressionante relato de Alex fez o livro entrar na lista dos mais vendidos do jornal “The New York Times” e virou até filme. “Eu disse que fui para o paraíso porque eu acho que estava querendo atenção. Quando eu fiz aquilo, eu nunca tinha lido a Bíblia. As pessoas têm lucrado com mentiras. E continuam lucrando”, completou.

A obra, inclusive, ajudou a inaugurar um novo filão literário, batizado pelo “The New York Times” como “heavenly tourism” (algo como turismo celestial). O filão já conta com best-sellers como “O Céu é de Verdade”, “90 Minutos no Céu”, “Cenas do Além” e “Meu Tempo No Céu”, todos relatando viagens ao paraíso.
“Nada escrito pelo homem pode ser infalível”, escreveu Alex. “Eu quero que todo o mundo saiba que a Bíblia é suficiente. Aqueles que comercializarem esses materiais devem ser chamados a arrepender-se e ter a Bíblia como suficiente”.
meninoceuA editora americana da obra, Tyndale House, disse ao jornal “Washington Post” que o livro será retirado de todas as livrarias e não será mais vendido. A edição brasileira está esgotada no fornecedor.
A mãe do garoto criticou a comercialização do livro e em uma declaração publicada em seu blog pessoal ela diz “É ao mesmo tempo intrigante e doloroso ver o livro não só continuar a vender mas, em sua maior parte, não ser questionado”.

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