Publicado
10 anos atrásno
Mais uma situação que desagradou a população
Diversas pessoas entraram em contato com o Blog do Silas durante esta semana, indignadas, para reclamarem da nova forma de cobrança da taxa para estacionamento, praticada na faixa azul, desde o início da semana. De acordo com estes reclamantes, os dez minutos a que os motoristas tinham direito não existem mais e eles são obrigados, assim que estacionam seus veículos, a adquirirem o talão. “Um dia deste eu fui ao Centro Norte e parei o carro para ir rapidinho a uma agência bancária. Fiquei lá menos de cinco minutos e, quando voltei, me cobraram pelo estacionamento. Eu argumentei com a moça da Faixa Azul que não tinha dado os dez minutos e ela me respondeu que isto não existe mais e que, agora, indiferente do tempo que eu ficar estacionando, tenho que comprar o talão, a R$1,50”, contou um senhor.
Para o coordenador do faixa azul em Timóteo placas como esta são culpadas pela mudança na forma de cobrança da taxa na cidade
“A gente está chegando e estacionando o carro e, antes dos dez minutos, eles cobram a taxa do faixa azul. Dentro da lei a gente tem direito de ficar dez minutos. Aconteceu comigo. Eu cheguei, estacionei o carro e fui resolver uma questão. De lá onde eu estava fiquei observando o pessoal da faixa azul. Não deu nem dez minutos, a menina chegou e notificou meu carro. Eu cheguei e questionei com ela: o que está acontecendo? Você está notificando meu carro. Não tem dez minutos que eu estacionei. Ela me respondeu: agora não tem disto não. Mesmo que você fique só dez minutos você tem que comprar o talão. Tinha um policial próximo e eu o chamei e contei para ele o que estava ocorrendo. Ai a menina disse para os policiais que a norma foi mudada”, contou outro usuário, pedindo para não ser identificado.
O que está revoltando os usuários que procuraram o Blog para denunciar a situação é que, além do fim dos dez minutos, a mudança não foi comunicada à população. “É um desrespeito à população fazerem uma mudança desta e pegar todo mundo de surpresa”, desabafou um internauta.
O faixa azul é resultado de um convênio entre a prefeitura de Timóteo e o Instituto Maçônico de Gestão de Projetos Sociais de Timóteo (IMAG), para o retorno do funcionamento do sistema, que ocorreu em dezembro do ano passado. Parte da receita do faixa azul é destinada ao IMAG (Instituto Maçônico de Gestão de Projetos Sociais) para atendimento de programas de sua atuação no município.
Procuramos o coordenador da faixa azul em Timóteo, para dar explicações sobre o fato. Ele disse que desde dezembro passado o estacionamento rotativo faixa azul, está sendo gerido pelo IMAG (Instituto Maçônico de Gestão de Projetos Sociais de Timóteo), com apoio da Prefeitura Municipal de Timóteo, Polícia Militar e Aciati/CDL. O coordenador disse que os dez minutos continuam valendo e está assegurado no talão em vigor desde maio passado. “A pessoa paga pelo talão, que é obrigatório, como está na placa de trânsito. Você tem dez minutos assegurados no verso e uma hora na frente. Você que administra seu tempo. Todos nós sabemos o tempo que nós vamos levar para resolver qualquer problema no Centro. Se você for cinco até dez, você tem o controle deste tempo. Então você vai marcar a parte de trás, no verso do talão. Posteriormente, após o uso deste tempo, você tem a hora para estar utilizando, entendeu? Como é obrigatório o talão, você adquire o talão. Você vai ficar só dez minutos? Seus dez minutos continuam. Não mudou nada”, explicou coordenador, acrescentando que, “na verdade, você compra um talão de uma hora e tem uma hora e dez minutos”.
O coordenador credita a surpresa dos usuários na nova forma de cobrança ao fato deles “não lerem” o material. Ele disse que a partir desta semana entrou em vigor a obrigatoriedade da compra do talão no ato de estacionar-se. O entrevistado repetiu que a medida está amparada na placa fixada nos pontos que dizem ser obrigatório o uso do talão. Ele reafirmou que os dez minutos estão garantidos quando o usuário compra o talão.
O Blog do Silas insistiu na tese de que a população perdeu os dez minutos que tinha. O coordenador se amparou na placa para reafirmar que a compra do talão é obrigatória. Segundo ele, o material não é produzido por eles e está dentro do Código de Trânsito. O coordenador se esquivou quando perguntei por que a placa está no local há muito tempo e, só agora, é que está valendo a obrigatoriedade da compra do talão.
Quanto à não divulgação da media para a população, o responsável disse que, “durante duas semanas” os monitores informaram aos usuários – “que tinham a paciência de ouvir” – que haveria mudança na forma de cobrança da taxa. Insisti em querer saber por que não foram utilizados os meios de divulgação disponíveis para informar a população e o coordenador não respondeu. Ele se referiu a uma distribuição de panfletos sobre o assunto mas culpou “a falta de interesse dos usuários em ler” pela não concretização da ideia.
O Faixa Azul conta com 21 monitores, responsáveis pelo controle das vagas, e um coordenador. O sistema rotativo funciona no horário de 7h30 às 18h, de segunda a sexta, e no horário de 7h30 às 13h aos sábados. O valor cobrado é de R$ 1,50 por hora. O limite máximo de permanência na vaga é de 2h.
A sociedade, mais uma vez, foi ignorada em uma questão crucial que diz respeito ao cotidiano da população, sendo surpreendida por uma medida que, a rigor, merecia ser debatida com a sociedade. Mais uma vez a população espera o pronunciamento dos nobres vereadores do município.
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.