Concluiu a carreira e não perdeu a fé. Subtenente Edivilson entra para o quadro de reserva da Polícia Militar.

Ele merece encruzar os braços também, nem que seja por um pouquinho!

Uma programação atípica, muito especial, foi realizada na noite desta quinta-feira, na Assembleia de Deus do bairro Limoeiro, em Timóteo. A cerimônia lembrou muito o Culto com os Militares que eram promovidos anualmente na Assembleia de Deus do bairro Olaria que, até hoje sem nenhuma explicação ao público, deixaram de existir.  Um dos obreiros que congregam ali, o Pb. Edivilson Gomes, passou para o quadro de reservas da Polícia Militar e decidiu promover um ato de ação de graças pelo ocorrido.

Depois de 29 anos de serviços prestados à PM em Minas Gerais, Edvilson, que foi promovido a subtenente, agora faz parte daqueles profissionais bem-sucedidos em suas carreiras que alcançaram os méritos reservados aos leais e dignos guerreiros. Durante este tempo ele serviu em apenas duas cidades. Em Guanhães, de 1985 a 1988 e em Timóteo até final de 2013. Edivilson iniciou como Soldado, depois Cabo, 3º  Sargento, 2º Sargento, 1º Sargento e foi promovido imediatamente a Subtenente. No dia 2 de janeiro de 2014 o Militar completou  29 anos de serviços prestados à corporação. Sua condição de Policial Reformado só se dará quando completar 60 anos de idade.

A ida para a reserva do Pb. Edivilson não significa, em hipótese alguma, a deposição de suas armas de combate, quando se trata da disposição que sempre manifestou de prezar pelo bem-estar do seu próximo, algo que o fez destacar entre seus pares.

O agora Subtenente Edivilson, ardoroso defensor dos interesses da escola dominical em sua congregação, não foi covarde no exercício de suas funções e nem extrapolou seus limites de atuação, exibindo sobejos exemplos de um profissional que primava pelo estrito cumprimento do seu dever. Na noite desta quinta-feira, isto ficou bem patente no sorriso e lágrimas do Militar. Sorriso quando, por exemplo, pisando um tapete vermelho, ao lado de sua esposa, adentrou o templo com ares de honra, própria de quem soube destinar este quesito aos seus devidos credores. Lágrimas quando lembrou da mãe, já falecida, e quando assistiu a um clipe do hino Soldado Ferido, condição em que não se enquadra o presbítero.

O maestro Paulo na execução do Hino Nacional.

A dupla Pb. Deywison e Sirlene.

Vários Militares, acompanhados da família, prestigiaram o companheiro Edivilson

Entre eles o Soldado Caim, de camiseta preta.

Sargento Rezende

Edivilson compartilhou com a igreja e com seus companheiros de farda as alegrias de ter alcançado sua condição de reserva, nome que, traduzido para a iniciativa privada, por exemplo, seria aposentado. Ao seu lado, na noite memorável de ontem, como em grande parte da sua trajetória, estava a esposa Roberta, que cuidou dos mínimos detalhes para que o culto não fugisse do caráter de louvor e gratidão a Deus mas que tivesse, também, o aspecto da importância que ela e a família atribuíram ao fato de ver o esposo conquistar aquela etapa em sua vida. O culto foi dirigido por um Militar fardado, o Pr. Irineu Felipe, a apresentação dos convidados foi feita por um Militar, o Ev. Eduardo Dutra, os hinos foram temáticos e a pregação foi proferida por um Capitão, o Pr. Eliomar, da Assembleia de Deus do Paraíso, região de Ipatinga.

Já com o “chapéu” de papel, oferecido pelas crianças da igreja, o Subtenente Edivilson recebeu das mãos da tia Sônia uma lembrancinha da classe.

Atenção ao clipe do hino Soldado Ferido.

Roberta ofereceu ao marido uma placa ao marido retratando fases de sua carreira

Dentro das apresentações das organizações da congregação, uma que chamou a atenção foi do grupo de crianças, orientadas pelas tias Helen e Sônia. Com chapéu artesanalmente confeccionado, os meninos e meninas cantaram e fizeram questão de fazê-lo em companhia do homenageado, que recebeu um exemplar do apetrecho. Pb. Edivilson entrou no clima e durante a canção movimentou como as crianças, em resposta ao carinho delas. Antes, porém, o Subtenente foi presenteado pelo grupo com uma lembrancinha entregue pela tia Sônia.

Lágrimas ao lembrar do que a mãe deixou de legado para si.

O Subtenente Sílvio, de camisa branca, também entrou para a reserva.

O Soldado Flávio cantou

Pr. Izaque, regional do Limoeiro.

A mensagem do Pr. Eliomar encaixou como uma luva para a ocasião. O Capitão fez trocadilhos com a linguagem militar e exemplificou com situações comuns à corporação trechos do texto bíblico que escolheu para sua mensagem. Habilidoso, e bom de palco – púlpito – Eliomar dimensionou a importância de ser servo do Senhor dos Exércitos e disse que absorveu, durante sua carreira como profissional da segurança pública, ensinamentos que contribuíram para o sucesso em sua carreira espiritual, como servo de Deus obediente.

Após o culto, os convidados foram encaminhados para o templo antigo, onde participaram de um jantar, oferecido pelo Subtenente Edivilson Gomes.

A atitude do Subtenente Edivilson deixou clara sua gratidão à Deus por tudo que lhe ocorreu e provou, mais uma vez, sua sensibilidade diante de fatos que fogem ao controle humano, no caso, poder chegar onde chegou. Se não fosse Deus, ele talvez não fosse um Soldado Ferido, para ser um Soldado Morto. O presbítero soube celebrar ser um soldado vivo, disposto na obra de Deus, comportamento que dignifica ainda mais um presbítero que, aprouve Deus, ser um Subtenente em sua cidade.

Capitão Eliomar, pastor da Assembleia de Deus do Paraíso, região de Ipatinga

A exemplo do Subtenente Edivilson (foto acima) o Subtenente Sílvio também recebeu as orações da igreja.

Bruna homenageou o pai, solando o hino Soldado Ferido.

Depois do culto, aquela janta. No fundo, de camisa azul (da esquerda) o Ev. Elias Dutra.

Nota da redação: Todas as fotos do evento estão em um álbum exibido no início desta matéria.