Ligue-se a nós

Notícias

BR-381 paralisada em Timóteo por caminhoneiros.

Publicado

no

Compartilhe esta publicação
I095844

Portal Diário do Aço/Walmor Ezequiel

O protesto nacional de caminhoneiros contra o aumento do preço do óleo diesel e congelamento no valor do frete também foi realizado no anel rodoviário, na BR-381, na saída de Timóteo para Belo Horizonte. A mobilização começou no fim da tarde dessa segunda-feira, com apoio de três viaturas da Polícia Rodoviária Federal.  Veículos são parados nesse trecho, a exemplo da mobilização nacional iniciada no domingo.

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Coronel Fabriciano (Sinttrocel), que coordenaram o ato, chegaram a momentos de tensão com a PRF, mas a situação foi normalizada e os caminhões ficaram parados apenas no acostamento da pista, nos dois sentidos. O trânsito ficou fechado em uma pista, com liberação para passagem de carros pequenos e cargas vivas.

Na região, o preço do litro do óleo diesel oscila entre R$ 2,29 e R$ 2,74. As manifestações ocorreram também em outras rodovias do Estado. Até o início da noite dessa segunda-feira, a mobilização iniciada no domingo (22), deixava o trânsito parado em cinco pontos na BR-381, um na BR-262, e na MG-050, em Itaúna, na Região Centro-Oeste do Estado.

I095847

Portal Diário do Aço/Wôlmer Ezequiel

Parados no acostamento da pista a poucos metros do trevo para o distrito de Cachoeira do Vale, em Timóteo, os caminhoneiros se mostraram revoltados com a situação, mas com opiniões diferentes sobre a necessidade de fazer a paralisação. O caminhoneiro José Aparecido Pereira trabalha em uma empresa e acha que a manifestação é válida. “O combustível sobe sem limite e as pessoas perdem emprego com isso porque o patrão fica com custo alto em relação ao que fatura no transporte da carga. Temos que fazer algo mesmo, apesar de gerar esse transtorno”, opinou.

Já o caminhoneiro José France de Oliveira acha que mobilizações como essas não rendem frutos. “Desse jeito, não vamos a lugar nenhum. Tem que parar caminhões para protestar é em Brasília, na porta da Dilma (Rousseff). O diesel subiu e o frete não. Ninguém mais quer trabalhar como autônomo”, reclamou José France, que possui carteira assinada.

Na função de maneira autônoma há 30 anos, José Sérgio da Silva confirma a afirmação do colega de profissão. Por semana, ele gasta R$ 1.600 com combustível. “O último aumento do fim de ano pesou demais na conta. O frete não aumentou. Está muito difícil trabalhar. Sou a favor de protestos como esse”, disse.

Depois de conseguir desviar da paralisação realizada próximo a Betim, James Silva se deparou com a mobilização em Timóteo. Ele trabalha como autônomo e, apesar do transtorno acha a manifestação válida. “Tá complicado trabalhar, nós movimentamos o Brasil. Apesar de não gostar de ficar parado, acho que temos que fazer algo”, frisou o caminhoneiro.

Sindicato

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Coronel Fabriciano (Sinttrocel) deram apoio à mobilização juntamente com o deputado estadual José Célio Alvarenga, o Celinho do Sinttrocel (PC do B). Ele afirma que a reivindicação da categoria é justa e legítima. “Desde 2013, eles não têm reajuste no frete e neste período o combustível já aumentou quase 30%. Isso impede que a categoria desempenhe seu trabalho importante”, ressaltou o parlamentar.

I095843

Portal Diário do Aço/Wôlmer Ezequiel

 Em relação aos efeitos de protestos desse tipo, Celinho lembra que, na última paralisação houve pressão para mudar a legislação (Lei 12.619). “Agora estamos trabalhando para manter esses direitos conquistados, e fazer com que o governo reconheça a necessidade de ajustar o frete e dar incentivo no diesel, para os caminhoneiros continuarem movimentando o país”, comentou. 

 Atualmente a BR-381 já está paralisada em quatro pontos, na saída de Belo Horizonte para São Paulo. Caminhoneiros protestam, na rodovia BR-381, contra o aumento do preço do diesel.  

Fonte: Portal Diário do Aço.

Continuar Lendo