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10 anos atrásno
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Faz tempo que a maior igreja ou o maior movimento pentecostal, iniciado no século XX, deixou de ser de Deus.
É lastimável, percebermos que os pastores presidentes, de uma tão vasta comunidade religiosa, de um povo afetuoso, amoroso, simples e acima de tudo um povo cristão, têm se portado como verdadeiros déspotas. Escondidos atrás de uma falsa piedade, farsantes e cruéis, não poupam si quer aqueles que na simplicidade, tentam argumentar o porquê tais presidentes permanecem no “poder” até que pela “morte” sejam sucumbidos. Ainda assim, num claro e sórdido nepotismo, transferem autoritariamente o “poder” ou o cetro a um dos seus descendentes de preferência filho que é empurrado goela abaixo dos membros da comunidade, eleito vice presidente para assumir o “reinado” na ausência do presidente ( pai?!), em viajem,( pelo território brasileiro, exterior ou nos braços da “dona morte” conduzidos à presença de Deus para prestarem conta dos desmandos na sua obra.) Evitando transferir o poder em vida para que não haja conflito interno, o que sempre acontece. A maior tristeza de um presidente é não ter um filho herdeiro do trono. Contando assim, mais parece a história do povo de Israel narrada nas páginas da bíblia onde o reino era passado aos herdeiros do rei, não importando se essa era a vontade de Deus. O fato é que, essa foi a principal razão do império de Israel ter sobrevivido por tão pouco tempo, caindo nas mãos dos povos adversários.
Isso é que nos leva a pergunta inicial, feita por muito, e que não quer se calar. A Assembléia é de Deus ou dos homens?
Quero fazer menção aqui, de uma frase lida por mim, em algum lugar, não recordo de quem há tenha elaborado, porém o autor dessa frase com certeza já descansa nos braços do mestre e ele assim referiu: “a Assembléia a muito deixou de ser de Deus. Os homens a dominaram, assumiram o poder de uma forma tão cruel, que esqueceram que a Assembléia é de Deus (autor desconhecido.)
De fato. Daniel Berg e Gunnar Vingrem certamente se decepcionariam com as atitudes atuais, pois jamais pensariam que a comunidade religiosa um dia por eles implantada em solo Brasileiro chegaria a ser usada por homens gananciosos e cruéis hoje.
Como filho da Assembléia de Deus, acredito ainda que exista um concerto, pois ainda há nela um povo sincero e como já afirmei acima afetuoso, simples, amoroso e cristão, que caminha e que, não obstante sua liderança, serve a Deus e aguarda ansiosamente a volta do seu redentor. A Assembléia não é dos homens, é de Deus. Embora suas lideranças estejam fazendo como os reis poderosos do passado, cuja história é narrada nas páginas da Bíblia.
Centralização do poder
Não sei se cabe comentar aqui, mas não podemos esquecer que a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do mundo e sendo o seu crescimento prematuro, muitos lideres perderam a característica de comunidade simples adotando hábitos e costumes antes criticados, tornando se semelhante ao clero romano, centralizando o poder assemelhando ao sacerdócio veterotestamentário tão criticado pelos profetas.
Em seus mais diversos níveis, a concentração do poder é favorável ao senhor presidente, que numa escala ascendente, favorece o presidente da convenção a qual está vincula e esta automaticamente apoia e locupleta-se ao pastor José Wellington Bezerra da Costa presidente da CGADB e por tabela CPAD, cujo faturamento e arrecadação assemelha a de grandes editoras, como exemplo a editora abril.
Estrategicamente esse império (CGADB e CPAD) se concentra na mão de pouquíssimas pessoas lideradas pelos pastores José Wellington Bezerra da Costa e José Wellington Bezerra da Costa Junior (pai e filho). Onde fica o Espírito Santo nessa?
Toda renda gerada nas congregações são canalizadas para as igrejas sedes perdendo autonomia para realizações descentralizas.
Vejamos o que diz um pastor de São Paulo:
“A congregação onde ajudei ultimamente necessita de manutenção das suas dependências, de infra-estrutura para a escola dominical das crianças e de instrumentos musicais. Tem uma arrecadação mensal estimada entre R$ 5 mil e R$ 8 mil (digo estimada, pois não se tem acesso à informação da sua arrecadação), mas como deve encaminhar integralmente seus ingressos à sede, não pode atender suas necessidades locais. Com isso, os departamentos fazem malabarismo para arrecadarem algum dinheiro. Por exemplo, o círculo de oração (departamento feminino) faz pizzas e nhoque e vende para os membros, que já contribuem com suas contribuições (grifo meu) e ofertas.” (PASTOR NELSON GERVANI.)
Essa prática virou uma constante em todas as igreja do Brasil. Isso deixando de falar em caixa dois adotado por grande parte das igrejas. É caixa do tesouro, caixa do coral, caixa da Escola Bíblica Dominical, caixa da mocidade e etc., São tantos caixas que o caixa dois se envergonha de exisir.
Não obstante a tudo isto, e para vergonha geral dos Assembleianos, estamos à volta de nos vermos envolvidos diretamente com a política que, recordando bem, a fala do pastor José Wellington Bezerra da Costa presidindo uma das nossas convenções, realizada em Belo Horizonte no ano de 1997, recomendando aos pastores titulares não se candidatarem a nenhum cargo eletivo. E, se o fizerem, devem se desvincular do cargo pastoral. Isso posto, poupando a igreja de envolvimento escandalosos visto que, tais escândalos manchariam o nome da igreja. Hoje a Igreja Assembléia de Deus através de suas lideranças, querem criar um partido político e embrenhar-se neste caminho espúrio e contraditório à palavra de Deus.
Novamente cito o pastor Nelson Gervani, quando coloca o seguinte: “O equivoco de se misturar poder político e igreja foi esclarecido por Cristo numa conversa com seus discípulos, narrada em Marcos 10. Tiago e João reivindicaram o direito de assentar-se com Jesus, um à direita e outro à esquerda do seu trono. Eles não haviam compreendido que o reino de Cristo não se daria na dimensão da política terrena. Para esclarecê-los Jesus lhes disse: “Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Marcos 10.42-44, com grifo do autor).
Acordam senhores presidentes. Os senhores esqueceram que toda vez que a igreja se envolveu com a política foi prejudicada? Os Senhores esqueceram que estão envolvidos com um projeto que é exclusivo de Deus? A ASSEMBLEIA É DE DEUS.
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.