Um culto bem legal das crianças da Assembleia de Deus do bairro Olaria.

A obra de Deus não para e nem pode parar. Há pouco tempo atrás não dava para pensar nas crianças da Assembleia  de Deus do bairro Olaria, em Timóteo, sem associa-las ao casal Egídio e Ângela, responsável que foi por elas durante mais de uma década. Mais difícil, ainda, era imaginar qualquer festividade sem que os dois estivessem coordenando.

O tempo passou, e as coisas mudaram como naturalmente mudam. Egídio e Ângela não puderam mais  continuar na direção do “Gotinhas de Ouro”, grupo que reúne as crianças da Assembleia de Deus do bairro Olaria.

Certa vez, em uma reunião com os membros, em Olaria, Ângela afirmou que uma das dificuldades que encontrava para entregar o cargo era exatamente que ninguém se dispunha a substituí-la e o marido em tarefa tão ingente e, por vezes, espinhosa, porém meritória. Ângela, na época, atendendo a um apelo do pastor Juscelino, decidiu continuar à frente do grupo. Mas chegou a hora e o casal não mais é o responsável pelas crianças da sede.

Mas quem iria ter aquela garra, aquele prestígio, aquela dedicação de Egídio e Ângela? Deus tem seus caminhos e eis que surge uma mulher muito alegre, muito entusiasmada no que faz e decide assumir a tarefa de cuidar das crianças em Olaria. Ela sabia que era preciso cantar; ela canta muito bem. Ela sabia que é preciso sorrir; ela sorri muito. Mas ela sabia que é preciso cantar e pular; cantar e pular, pular e cantar, ela sabe fazer com muita maestria. Ela se chama Márcia, e, até que decidiu pela nova empreitada a favor da obra de Deus e dos seus pequeninos, Márcia era aquela pessoa que encarnava muito bem a figura de uma mulher de círculo de oração, uma regente, do tipo que não pode sequer sonhar em deixar o grupo de oração.

Márcia se revela como a nova e acertada opção para cuidar dos destinos do “Gotinhas de Ouro”. E veja que a esposa do Pr. Idevaldo não está de brincadeira e já acenou com a possibilidade de criar muita novidade para o grupo. A nova coordenadora já manifestou seu desejo de, inclusive, evangelizar com os meninos e meninas.

Mas, enquanto não chega o dia e hora das programações elaboradas por ela, Márcia, neste 12 de outubro, provou, na prática, que sua escolha para cuidar das crianças da Assembleia de Deus do bairro Olaria foi  um tiro certeiro no alvo. Não mascou e a meninada teve seu dia muito bem lembrado pela nova coordenação.

Um cenário que lembrava os tempos bíblicos foi escolhido para enfeitar o púlpito do templo, na noite deste domingo. Trajadas a caráter, as crianças esbanjavam felicidade debaixo daquela cobertura que as emprestava ares de reis e rainhas, nada de serviçais da época.  As demais “tias”, auxiliares da Márcia – a esta altura “tia Márcia” – sequer pestanejavam e ficaram atentas a cada detalhe da indumentária infantil.

Hinos e peças foram apresentadas sob o olhar serenamente rigoroso do Pr. Adão que, certamente, aferia a qualidade da nova “Ângela” das crianças do bairro Olaria. Idevaldo, que poderia fazer o papel do Egídio, não pareceu estar tão longe desta possibilidade. Ele foi convidado para fazer uma das orações da noite. Deslocou-se do seu lugar sorrindo e só parou de faze-lo quando iniciou a oração.

Antes do possível “Egídio” fazer a oração pelas crianças, a meninada assistiu a uma pregação da “tia” Eva, de Belo Horizonte. Uma mensagem leve, com jeito forte, focou o menino Samuel, que serviu de exemplo para os meninos “da perna comprida” e da “perna curta”, definições usadas pela pregadora para diferenciar crianças de adultos sem tornar as duas classes diferentes entre si. E por falar em “crianças da perna curta”, a garota de perna curtinha que cantou chama-se Ana Flávia, tem 4 anos, e é filha da mulher que pregou, a Eva, de Belo Horizonte.

E assim o 12 de outubro não passou despercebido na Assembleia de Deus do bairro Olaria. Provavelmente o apoio do Pr. Juscelino e do Pr. Adão Araújo, foram as molas propulsoras do ímpeto da tia Márcia e sua equipe. O Egídio foi e a Ângela foi. A Márcia chegou e tomara que, com ela, o Idevaldo.

Sabe de uma coisa? A tia Márcia foi um presente para as crianças.