Recolhida ao descanso eterno, irmã Maria ficará perpétua na lembrança, aguçada por uma saudade infinita

Aquivo de família.

A carreira da irmã Maria Perpétua, mulher que soube portar-se como serva de Deus e instrumento em Suas mãos, chegou ao fim nesta terça-feira, 13. Seu corpo foi sepultado por volta das 10h desta quarta-feira, 14. Maria Perpétua faleceu após vários dias internada  no Hospital São Camilo, em Coronel Fabriciano.

Maria deixa um legado de exemplo de uma mulher altamente compromissada com a obra de Deus. Foi uma das pioneiras da Assembleia de Deus em Timóteo, em especial na região do bairro Alvorada, onde teve participação ativa no círculo de oração e no ministério de visitação aos enfermos e outros que careciam de um conselho, uma palavra amiga.

A pioneira vinha lutando há cerca de 10 anos contra o mal de Alzheimer,  os três últimos deles imobilizada, em consequência de uma queda sofrida em um dos cômodos da casa, quando fraturou o fêmur.

Aos 92 anos de idade, completados no último dia 25 de fevereiro, a anciã entra para a galeria dos pioneiros ausentes do ministério Adão Araújo. Quem viu seu corpo estirado no caixão, constatou o ar sereno de quem parecia estar dormindo, descansando, em meio àquelas flores que adornaram a carne, invólucro que foi do  espírito de uma guerreira que atuou em várias frentes de batalhas, das quais sagrou-se campeã.

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Viúva ha 29 anos de Joaquim Raimundo Alves, um auxiliar que prestava serviço à igreja em Alvorada – na função à época chamada de porteiro – Maria Perpétua  era uma das visitantes, quando visitas não se fazia apenas na semana que antecede às Santas Ceias, com a quase invariável pergunta: ai ta tudo bem? Ao lado de Jovita e Elza – ambas falecidas – Perpétua ganhou almas para o Reino de Deus e evitou que tantas outras desertassem. Não agiu para motivar deserções como muitos o fazem hoje. 

As lembranças de uma assembleiana descente, de uma mãe dedicada, de uma vó carinhosa, de uma sogra amável e uma amiga prezável irão lembrar seu sobrenome perpétua, como adjetivo da descrição destas virtudes, em avançado estágio de extinção.

Ela deixou 10 filhos vivos, 29 netos, 32 bisnetos e três tataranetos, de acordo com cálculo de uma de suas filhas.