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“Qual o motivo da censura? Por acaso o que foi registrado é algo indecente que não pode ser mostrado”?

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Da editoria: O conteúdo deste artigo não expressa, necessariamente, a opinião deste veículo.

Por Luciano Santos Gomes.

Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus;”

1 Pedro 4:17a

Dias atrás vi um artigo neste blog, de uma foto tirada no púlpito de um evento da IEAD de Timóteo.

A foto registrava um momento de total descontração entre alguns ministros do evangelho  sentado no púlpito enquanto alguém cantava e uma tarja preta escondendo-lhes o rosto. A princípio não entendi o motivo da tarja, visto que os personagens são maiores de idade.

Mas fiquei mais confuso ainda ao saber que uma terceira pessoa, também do ministério, entrou em contato com o editor do blog e pediu educadamente para que fosse retirado do ar o flagrante. Qual o motivo da censura? Por acaso o que foi registrado é algo indecente que não pode ser mostrado? Na verdade é indecente mesmo e é justamente por isso que tem que ser mostrado e comentado.

As igrejas pentecostais, não generalizando, infelizmente, não prezam pelo respeito à liturgia nos cultos. Haja vista que durante todo o tempo do culto, pessoas entram e saem do recinto, mascam chicletes, crianças comem salgados e outras guloseimas, músicos se retiram depois de cumprir o seu papel e os banheiros sempre estão lotados. Por último agora, as pessoas acessam as redes sociais em pleno horário reservado a cultuar a Deus e postam selfies na internet.

De quem é a culpa? A resposta é fácil. A culpa é dos ministros que não ensinam mais a igreja e dos pais que se esquecem de avisar para seus filhos que igreja não é playground.

A foto censurada mostra claramente o que se passa nos nossos púlpitos. Estamos cumprindo um ritual de 2 horas.  Como cobrar reverência da igreja se o mal exemplo vem do altar? Ovelha tem cheiro e age de acordo com o seu condutor.

Durante meu tempo de ministério, pude perceber o quanto estamos a cada dia nos afastando do sagrado e se prostituindo com o profano. No meu tempo de atuação como presbítero, me sentia incomodado ao sentar no púlpito. O que vemos é o total desrespeito das pessoas sentadas em detrimento de quem está pregando ou cantando. Quem nunca notou o olhar de soslaio de vários pregadores famosos quando outro “concorrente” está pregando? Quem nunca reparou que alguns cantores praticamente ignoram seus pares na sua apresentação, mas quando tomam posse do microfone se transformam em animadores de auditório? É interessante que antes de pegarem no objeto de desejo, o microfone, ficam apáticos, não interagem, mas tudo muda quando o dito é o centro das atenções.

Estamos cheios de artistas e músicos irreverentes. Enquanto alguém faz uso da palavra, muitos ficam dedilhando instrumentos ou ao piano fazendo fundo musical sem a permissão do mensageiro. Isso nunca me aconteceu, porque peço pra parar na hora! Quem já ensaiou uma orquestra e quando foi tocar, outro instrumentista simplesmente interferiu  nos acordes sem permissão? A igreja, a cada dia que passa vira uma balbúrdia! Mas de onde está vindo o exemplo? Do altar!

A foto foi polêmica. Mas muito mais polêmico foi a decisão de um pastor de pedir pra ser retirada do blog! Temos censura agora? O que foi mais indecente? A foto em si ou a censura aberta?

Alguém poderá questionar que estou julgando demais. Com essas pessoas não perco meu tempo de responder. Geralmente quem questiona o “não julgueis”, são os que mais julgam de forma precipitada. Mas o texto de Pedro é claro: Já está no tempo do julgamento começar e será pela casa de Deus e começará pelo altar! A crise que a igreja está passando, principalmente a IEAD, se deve ao fato que os líderes estão sendo diplomáticos demais. Estão pregando um evangelho carismático.  Mas quanto mais carismático for o evangelho, mais crente sem caráter ele vai produzir.

A foto é polêmica? Sim! Mas ela expõe as vísceras da igreja. E tem que ser mostrado mesmo. Afinal, o livro sagrado nunca escondeu debaixo do tapete os erros mais grotescos dos seus personagens. A atitude mais sensata a ser tomada era a liderança vir a público através de nota e pedir perdão pelo mau comportamento e não querer impor a lei da mordaça. O estrago foi feito. Cabe a cada um se humilhar e reconhecer que por trás de um paletó ou de uma credencial eclesiástica, existe um pecador arrependido como qualquer outro.  Ou estamos lidando com super – pastores?

Evidente que não!

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