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PM é preso por abandonar trabalho para socorrer filho portador de necessidades especiais

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amadeu
Breno Boechat
Um policial foi preso em flagrante, em Belém, por abandonar o posto de trabalho para socorrer o filho portador de necessidades especiais, que estava passando mal. De acordo com a PM, o sargento identificado apenas como Amadeu, lotado no 24º BPM (Benguí), não avisou aos superiores que precisaria deixar o local e recebeu voz de prisão quando voltou ao trabalho.

O caso aconteceu na noite da última quinta-feira e, depois que uma pessoa próxima ao militar compartilhou a história no Facebook, ganhou uma enorme repercussão, com mais de 15 mil compartilhamentos. “Triste com tanto desamor. Antes dele ser policial militar, ele é pai, marido, filho e esposo. Dá a vida pela farda e não é reconhecido e nem valorizado. “Lamentável que no nosso país ainda é falha a nossa justiça, total apoio a esse pai”, comentou uma internauta, na rede social.

 

 
 Amadeu recebeu voz de prisão, segundo a PM, por “abandono de posto”, crime previsto no Código Penal Militar Brasileiro: “Abandonar, sem ordem superior, o pôsto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo”. A pena varia entre três meses e um ano de prisão. Apesar do registro de ocorrência, o Ministério Público Militar do Pará anunciou que não vai denunciar o sargento pelo ocorrido.

 

— Segundo consta no flagrante, ele estava escalado em um posto de serviço e abandonou sem autorização de superior. Todo militar que faz isso comete um crime, previsto pelo Código Penal Militar. Ele argumentou que estava com o filho passando mal e que o filho precisava urgentemente de ajuda, porque tem necessidades especiais. Disse que não deu tempo de avisar e eu entendi que não houve a intenção, o dolo, de abandonar o posto. Qualquer pai que estivesse na situação dele faria a mesma coisa — explica o promotor de Justiça Militar Armando Brasil, que decidiu por não denunciar o policial.

Revoltados com o caso, muitos internautas comentaram que a tenente responsável pela prisão, identificada apenas como Kátia, deveria ser punida por abuso de poder. No entanto, segundo o promotor, não houve conduta incorreta da policial que deu a voz de prisão ao sargento.

— Ela tinha que agir assim. Não foi abuso de poder. Cabia a ela somente encaminhar os fatos à Justiça Militar. Não cabe à autoridade militar analisar o mérito dos fatos. Ela constatou o abandono de posto e não tinha como proceder de forma diferente. Estava lá e tinha que agir como delegada de polícia — diz Brasil.

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De acordo com a PM, Amadeu foi liberado no dia seguinte. O Ministério Público Militar do Pará considera o caso encerrado.

Extra Online

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