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10 anos atrásno
José Viana Silva Neto, o Vianinha, de 19 anos, confessou, na Delegacia de Polícia Civil de Coronel Fabriciano, na tarde desta quinta-feira (29) ter assassinado a tiros a cabeleireira Mariza Gonçalves Fialho, de 33 anos, na noite de quinta-feira (22), no local conhecido como Ponte Mauá, que fica entre Coronel Fabriciano e Timóteo.
Vianinha afirmou que executou a cabeleireira por ordem do marido dela, Maurílio Bretas Lage, de 56 anos. Em companhia do seu advogado, Antônio Carlos Cacau de Araújo, o jovem foi ouvido pelo delegado Amaury Tomaz. Ele contou detalhes de como executou Mariza.
Maurílio, segundo o advogado do executor, comprou a arma usada no crime com o cartão da vítima – Álbum pessoal
Segundo Amaury Tomaz, a confissão de Vianinha vai de encontro às suspeitas da Polícia Civil, que acredita ter o marido da vítima planejado o crime, simulando ser um assalto para sair como inocente. Um pedido de prisão preventiva para o suspeito já foi expedido pela Justiça da Comarca de Coronel Fabriciano. Por força deste documento, Vianinha irá responder ao inquérito recolhido no presídio do município.
O rapaz que confessou o crime mora nas proximidades do salão de beleza do qual Mariza era sócia. Vianinha estava escondido na região de Marliéria. Seu defensor já tinha conhecimento de que ele queria se entregar à polícia. “Ele resolveu se entregar por que está muito arrependido do que ele fez e da forma como ele foi envolvido pelo Maurilio”, declarou o advogado.
Antônio Carlos Cacau de Araújo disse que seu cliente contou que o marido da vítima o teria contratado há cerca de sessenta dias para fazer um serviço de calha. Quando estava a sós com o jovem, Maurilio teria dito que o serviço que ele, realmente, gostaria que fosse feito tratava-se de um furto na casa do pai de Mariza. O marido teria dito que a vítima, a quem, naquele momento ele chamou de ex-mulher, estava de posse de R$ 47 000, e que ela havia deixado com seu pai. Ele afirmou que o “jovem poderia pegar sete e lhe passar somente os quarenta”, contou o advogado.
Segundo Antônio Carlos Cacau, seu cliente, a principio, chegou a relutar em fazer o que foi pedido por Maurílio, mas uma motocicleta, de propriedade da vítima, foi repassada a ele. De acordo, ainda, com o advogado, o jovem foi procurado pelo marido de Mariza, no dia em que ocorreu o crime. Maurilio teria falado com o jovem que “mudou o plano”, e que seu desejo era ver sua mulher morta.
Maurílio teria dito para o jovem que a arma que seria usada estava comprada. O marido acertou com o rapaz a hora e o local que ele deveria interceptar o carro. Combinou também que iria deixar o alerta ligado como sinal de que aquele seria o carro onde ele estaria. Disse ao jovem que iria empurrar a mulher para fora do veículo. Aconteceu como o combinado. Vianinha disse que se aproximou e, assim que a mulher foi jogada para fora do veículo, descarregou a arma no corpo da vítima. Naquele momento o marido despediu o executor e começou a fazer ligações para parentes e amigos, onde dizia que ele e a esposa foram vítimas de um assalto e que ela foi morta pelos assaltantes.
Ainda segundo o advogado do rapaz, o marido comprou a arma usando o cartão de crédito da esposa. O delegado afirmou que a Polícia Civil apura agora uma possível a participação de outra pessoa no caso.
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.