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11 anos atrásno
Momentos antes de iniciar a caminhada, o Pr. Dionísio Barbosa, do bairro Caladinho, convidou a população para o ato.
Contrariando a resistência de alguns moradores que, inclusive, registraram boletim de ocorrência contra o ato, a Assembleia de Deus do bairro Horto, em Ipatinga, realizou, na tarde do domingo, anteontem, a Primeira Caminhada Missionária pelas principais vias do local, indo até o alto do Santa Mônica.
Corporação musical da Assembleia de Deus da Vila Formosa.
Auxiliados pela Corporação Musical Harmonia Ágape, da Assembleia de Deus do Vila Formosa, os fiéis, por volta das 14h, saíram pelas ruas e avenidas do bairro, seguindo um carro de som utilizado pelos pastores e outros obreiros para revezarem , entre si, durante o percurso, conclamando a população à conversão ao evangelho. Um dos pastores que utilizaram o serviço, em cuja fala se ouvia repetidamente as expressões “não falamos de política nem de religião”, foi o Pr. Dionísio Barbosa, do bairro Caldinho, em Coronel Fabriciano, em vias de jubilar-se. As principais lideranças da Assembleia de Deus que promovia a caminhada, dentre elas o pastor Sebastião Sampaio, regional do Bom Retiro, os presbíteros Cláudio e José Luiz, este último responsável pela congregação no Horto, também se pronunciaram durante o trajeto e insistiam em convidar os moradores para participarem das atividades da igreja local, atualmente com 25 membros, segundo estimativa de um destes. Uma viatura da Polícia Militar deu cobertura ao evento.
Pb. José Luiz fala à população do Horto em uma das paradas da caminhada.
O regional do Bom Retiro, Pr. Sebastião Sampaio, também falou durante o trajeto.
A caminhada prosseguiu sem nenhum transtorno, embora houvesse uma expectativa do contrário já que, de acordo com o Pb. José Luiz, ele tem sofrido resistência na pregação do evangelho naquele bairro e até enfrentado tentativas de fechamento do templo por parte de alguns vizinhos. Antes de iniciar a caminhada, porém, um indivíduo, identificado como proprietário de um dos bares das imediações do templo, reclamou da altura do som. De acordo com um dos fiéis que presenciaram a cena, a atitude do reclamante “é normal”, já que ele está na relação dos que resistem à presença dos evangélicos no local.
MORADOR ENFURECIDO
Bilhete de um morador entregue por ele mesmo às lideranças do evento.
Quando os fiéis se preparavam, no bairro Santa Mônica, para realizarem a última parada da caminhada, um morador, enfurecido, se aproximou de um jovem que ocupava os microfones e lhe entregou um papel grosseiramente escrito, contendo palavras de repúdio à caminhada dos assembleianos. Não houve nenhum incidente, apesar da atitude do rapaz que fez questão de registrar um boletim de ocorrência, ironicamente junto aos policiais que davam cobertura ao evento, desde seu início. A irritação do morador era visível. Com as mãos sobre a cabeça, o moço dava sinais evidentes de que só não tomou uma atitude mais drástica contra os evangélicos ali devido à presença da viatura policial.
Os caminhantes retornaram para o templo, por volta das 16h, onde o Pr. Sebastião Nonato e o Pb. José Luiz, agradeceram os apoios e a participação de todos, inclusive da Polícia Militar.
O Pb. José Luiz, na viatura, assina um boletim de ocorrência registrado pelo morador inconformado com a caminhada.
Da esquerda para a direita: Pb. José Luiz, Pb. Cláudio, Pr. Sebastião Sampaio e Pr. Dionísio.
Em conversa com nossa reportagem, o presbítero responsável pela congregação da Assembleia de Deus no bairro Horto, José Luiz, disse que tem sofrido investidas de vizinhos que não aceitam uma igreja naquele lugar. Um dos fiéis que congregam no local confirmou as ameaças.
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.