
Ponte Velha está interditada há dois anos e sete meses – Lairton Martins
A Prefeitura de Coronel Fabriciano entrou com representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o Ministério dos Transportes, pertencente à União, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a fim de cobrar uma definição para a situação da Ponte Velha, que liga Fabriciano a Timóteo. Durante coletiva de imprensa, realizada na segunda-feira (29), a prefeita Rosângela Mendes e o procurador geral do município, Luís Henrique Ribeiro, apresentaram o documento protocolado, no dia 18 de junho, e esclareceram informações sobre o assunto.
A prefeita Rosângela Mendes lembrou que o problema da ponte velha se arrasta desde novembro de 2012, quando ela foi interditada pelo Dnit devido à constatação de abalo estrutural que causou rebaixamento da pista. Além disso, em março de 2013, a ponte foi liberada, de forma precária, para o tráfego de veículos leves, após remoção de parte do asfalto da pista de rolamento para diminuir seu peso.
“O problema já se arrasta há dois anos e sete meses. Nesse período, várias foram as reuniões entre os Poderes Executivo e Legislativo de Fabriciano, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, associação de municípios e de empresários. Num primeiro momento, o Dnit justificou dificuldade financeira, em outro, problemas na licitação. Ao acionar o Ministério Público Federal, esperamos que sejam tomadas as providências legais cabíveis para solucionar o problema, já que a ponte é de responsabilidade do Dnit”, afirma a prefeita Rosângela Mendes.
Prejuízos
Desde a interdição da ponte, Fabriciano vem enfrentando diversos prejuízos, já que o local é uma importante rota de escoamento de produção da região e acesso a Belo Horizonte. “Com o desvio do trânsito para a ponte nova, houve tumulto no Centro, que passou a receber o tráfego de caminhões pesados. O comércio localizado às margens da BR-381 (Av. Tancredo Neves), nas proximidades da ponte velha, também apresentou queda brusca em sua movimentação, o que gerou desemprego e protestos dos comerciantes”, contextualiza Rosângela Mendes.
A prefeita ainda ressalta a falta de segurança enfrentada pelos motoristas que utilizam a ponte diariamente. “A liberação parcial da ponte, que seria uma medida temporária, permanece na mesma condição até hoje, além disso, coloca em risco a segurança das dezenas de pessoas que trafegam pelo local todos os dias”, finaliza a prefeita.
Retorno
O procurador geral de Fabriciano, Luís Henrique Ribeiro, informou que o documento protocolado no Ministério Público Federal está em processamento e não há prazo determinado para um retorno. “Estamos aguardando um posicionamento das medidas que o Ministério Público Federal tomará, já que o problema da interdição afeta o direito de milhares de pessoas. Caberá ao órgão acionar o Ministério dos Transportes e o Dnit para solucionar, de vez, o problema da ponte”, afirma o procurador.
JVA Online