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Em Timóteo alunos da rede estadual estão indignados com o cardápio da merenda servida na Escola Estadual Hilda Zauza, no bairro Ana Moura. Diretor culpa falta de verba pela situação.

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Alunos da rede estadual que funciona nos horários vespertino e noturno (EJA) da Escola Estadual Professora Hilda Araújo Osório Zauza, localizada no bairro Ana Moura, em Timóteo, estão inconformados com o cardápio que vem sendo oferecido na merenda servida no estabelecimento “há alguns dias”. Alguns deles, que pediram para não serem identificados,  nos procuraram na manhã desta terça-feira (03) para falarem sobre o assunto.

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Valdenir culpou a falta de verba pelo que vem ocorrendo na escola situada no bairro Ana Moura

 “Estamos merendando arroz puro, mingau, pura canjiquinha”, disse uma aluna. “Um dia desses foi oferecido um negócio esquisito na merenda. Procuramos o diretor e falamos com ele que se ele comece a gente comeria. Ele não comeu”, acrescentou a estudante indignada.  A revolta dos alunos tem um ingrediente a mais que é saberem que os alunos da rede municipal, que funciona no mesmo prédio, na parte da manhã, “é mais atraente e bem diferente”, segundo afirmou um deles.

Procuramos a direção da escola, no horário em que estuda os alunos que denunciaram a situação. Assim que chegamos no estabelecimento e fomos identificados, alguns adolescentes que estavam no pátio fizeram novas reclamações reclamações, refletindo a mesma situação exposta anteriormente por outros estudantes. “A merenda aqui é péssima. É arroz com feijão”, disse uma jovem revoltada.

Conversamos com o diretor Valdenir Martins Santos e ele explicou o que vem acontecendo na escola com relação à merenda. Ele ocupa o cargo desde julho do ano passado.

Perguntamos sobre os critérios adotados para a elaboração do cardápio da merenda servida no estabelecimento. “O cardápio é um cardápio selecionado, feito pela nutricionista da Secretaria de Estado da Educação e, consequentemente, esse cardápio, depois de aprovado, ele é seguido à risca no restante do ano”, disse o diretor.

Sobre a diferença entre o que é servido aos alunos da rede estadual e os da rede municipal, no mesmo estabelecimento, Valdenir afirmou que as duas  redes têm nutricionistas diferentes e  que cada uma segue o que é elaborado pela respectiva profissional. “Não sei informar qual é o critério que a rede municipal utiliza”, respondeu o diretor quando perguntado por que a alimentação difere uma da outra já que a necessidade seria a mesma com relação aos estudantes da manhã, tarde e noite.

Valdenir quis saber quando foi  foi feita a reclamação. “Chegou agora (ontem) um pouco de merenda pra gente poder fazer com relação à questão do cardápio. O que acontece: o governo estadual ele não manda o dinheiro para gente em tempo hábil. Então, por enquanto, escola nenhuma da rede estadual recebeu verba para poder comprar merenda. Nós estamos nos virando com o que sobrou do ano anterior, ok? Então, infelizmente, a gente tem que ta improvisando a questão da merenda pra não deixar faltar para o aluno”, explicou.

Outra questão apontada por Valdenir como responsável pelo tipo de merenda que vem sendo servida naquela escola é com relação à burocracia. “No momento não tem nenhum cardápio elaborada ainda porque, assim que ele for elaborado,  tem que ser aprovado pela nutricionista da Secretaria Estadual de Educação para, depois, a gente segui-lo”, pontuou o diretor.

Conforme nosso entrevistado, o cardápio que está sendo utilizado é o mesmo do ano anterior. Sobre alguns alimentos servidos como, por exemplo, canjiquinha, o diretor contestou e afirmou que esse tipo de alimento não é servido na escola, embora tenha lembrado que, no dia anterior à nossa conversa, fora servido arroz com feijão aos alunos.

Valdenir deixou claro que a direção da Escola Estadual Professora Hilda Ozório Zauza está trabalhando para melhorar a situação da merenda e deixou implícito que já nos próximos dias os alunos sentirão a diferença. Na segunda-feira foi arroz com feijão e, ontem, seria só o arroz. Neste caso, arroz doce. 

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