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E assim foi a edição 2014 da COMADVARDO…

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11 anos atrásno

O presidente da COMADVARDO, Pr. Adão Araújo, num gesto que sintetiza muito bem o aspecto espiritual da 65ª AGO do órgão
Terminou por volta das 21h40 desta sexta-feira(18) na Assembleia de Deus do bairro Olaria, em Timóteo, a 65ª edição da COMADVARDO, a Convenção ministerial da denominação, que reúne obreiros de diversas cidades do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.
O evento foi encerrado de modo retumbante, com ares de um congresso de círculo de oração, já que este é um tipo de festa onde é mais comum de ser ver “fogo” e “avivamento”. De Convenções se espera, via de regra, mais glamour, status e exibicionismo de presidentes e candidatos ao cargo, que aproveitam a oportunidade para aferirem suas chances e dimensão de influência.
A edição de 2014 teve um componente muito forte, que foi as mensagens dos pregadores, Pr. Álvaro Sanches e Napoleão Falcão, este fazendo questão de dizer o período em que esteve em consagração para estar ali pregando.
A 65ª AGO teve início na quarta-feira, e a expectativa era no sentido de que o ministério Adão Araújo iria perder, nesta programação, para o de Antônio Rosa, que anunciou uma fantástica Convenção ali, até o início do ano, quando foi transferida para Timóteo. As causas anunciadas para esta transferência ainda não foram digeridas totalmente pela comunidade envolvida e não faltam especulações, desde boicote ao organizador, Pr. Eber Rosa, até ciúme de celebridades que se sentiriam diminuídas com um eventual sucesso do conclave, caso ocorresse em Ipatinga nos moldes propagados.
Mas, debaixo deste clima, a AGO foi aberta no dia 16 e, até por volta das 16h daquele dia, eram correntes as avaliações de que o acontecimento estava fadado a uma de suas mais fracas edições, a julgar pelo aparente número de Convencionais. Porém, a noite chagaria e, com ela, o afastamento definitivo deste diagnóstico. Na nave do templo da Assembleia de Deus do bairro Olaria, que, pela primeira vez para sediar uma Convenção, não recebeu significativa reforma em sua estrutura, senão algumas demãos de tinta, centenas de obreiros, dentre eles de Ipatinga e Coronel Fabriciano, davam o tom de morte das apostas agourentas.
O pregador da abertura, até ali um ilustre desconhecido para a maioria dos fiéis, surpreendeu e sua mensagem foi simples na embalagem e forma para ser fantástica no seu conteúdo, a apresentação de como ser simples ao anunciar o evangelho. Álvaro se colocou entre as testemunhas desta receita, quando viu seu pai – já falecido – ser evangelizado através de uma mensagem inspirada nos buracos das tábuas que formavam as paredes de sua casa, conforme contou. Ele não omitiu sua origem como ex-membro da Igreja Batista. O homem foi entendido e atendido pela plateia que respondeu com uníssonas glórias a Deus e aleluias àquela mensagem eivada de experiências pessoais, capazes de convencer os mais céticos.
A quinta-feira, além de ser o segundo dia do evento, foi a prova cabal de que tudo iria dar certo para o ministério Adão Araújo, em termos da realização da Convenção. Ainda não era 8h e a movimentação de obreiros, misturada à de apoiadores logísticos, contracenava com a do dia anterior. Parecia que aquela estava destinada ou predestinada, ironicamente, a ser uma das Convenções mais surpreendentes da COMADVARDO. Do sufoco de ter que programar tudo na “última hora” e ter que preparar tudo na “última hora” para atender as demandas surgidas com caravanas que afluíam para o local, o resultado que se vislumbrava era de deixar perrengue agourentos e incendiários, para os quais o insucesso em Timóteo seria sucesso. Deus estava no controle e a edição de número 65 entraria para a história da COMADVARDO como uma Convenção de Avivamento, onde as diferenças e atritos – pelo menos na hora dos cultos – estariam sepultados, em nome de um projeto maior, a renovação espiritual de pastores e ovelhas, ministérios e congregações.
O culto da quinta-feira selou com “chave de ouro” o convite feito ao Pr. Napoleão Falcão, da Paraíba. Não se pode dizer aqui que a iniciativa tenha sido um acerto para o ministério ou para os fiéis. Foi um acerto para ambos. O pastor não afagou nem um nem outro, limitando-se, no primeiro caso, a citar nomes de alguns influentes na hora dos agradecimentos. Certamente quem ganhou foi o Reino de Deus, com aquelas mensagens contundentes, apresentando um tema, em muitos lugares e ministérios, tido como tabu: a volta de Jesus. Napoleão, convertido ao evangelho em 1969, quando estava assentado em uma cadeira de barbeiro, não poupou ovelhas e nem pastores, baixo e alto cleros. Disse, com sua eloquência peculiar, que todos estão sujeitos a perderem a salvação, se não se ajustarem ao que a Bíblia preconiza como condição Sine qua non para tanto. Napoleão provou que está vivo e que pregar é sua praia.
O encerramento não ficou a desejar aos outros dias. Antes das 8h, um batalhão de obreiros já estava no pátio do templo, alguns se preparando para o café, outros de refugiando do frio ao calor do sol. Enquanto isto, abraços e outros gestos típicos dos encontros entre amigos faziam parte do cenário composto por humanos engravatados e de saltos altos, roupas exuberantes e acessórios até há pouco tempo inimagináveis como possíveis de ser encontrados na indumentária feminina em uma festa da Assembleia de Deus. Dentro do templo, obreiros se acomodavam para mais um dia de plenária, antecedidas por alguns louvores. Assim que era anunciado o início dos trabalhos, nem todos se dirigiam ao templo. Alguns preferiam ficar do lado de fora, se distraindo, nem ai para o valor que pagou para estarem ali. Bom, afinal, ter uma viagem para fazer todo ano…
A tarde, por volta das 14h, depois de um período para o almoço, os obreiros voltaram a se reunir. Desta vez algo mais quente ocorreria, como algumas discussões, a mais acalorada delas quando esteve sendo apreciada a mudança de Estatuto.
O culto de encerramento seria outra grande oportunidade para os membros, os fiéis, os “crentes de banco”, alimentarem-se de uma mensagem avivada, imparcial e ousada. Aqui, o grande saldo foi a conscientização, mais uma vez, da proximidade da volta de Jesus. O culto terminou e, minutos depois, já era possível ver aquela face de melancolia refletida em muitos que, desde o primeiro dia e primeira noite, fizeram da 65ª AGO da COMADVARDO, uma oportunidade de ouvir mensagens genuínas e impactantes dos dois servos de Deus, Álvaro Sanches e Napoleão Falcão.
A força deles
Os apoiadores da 65ª COMADVARDO, formados pelos membros das inúmeras equipes escolhidas para atuarem em diversas éreas do evento, foram como esteios de suporte e permitiram ao conclave o sucesso que teve. Anônimos, muitos deles sem nenhuma visibilidade, caso, por exemplo, do pessoal que atuou na cozinha. Estes servos, durante os dias da convenção, abriram mão do convívio regular com a família, e dedicaram horas a um serviço voluntário, poupando o ministério de desembolsar quantia vultosa para arcar com os custos dos serviços prestados pelas equipes. O pessoal do café, para citar um exemplo, madrugava no local. Quem chegava por volta das 6h já encontrava as mesas preparadas para o café e os elementos dispostos para serem servidos. Educadas, as moças responsáveis por esta área, recebiam, com sorrisos, obreiros, esposas e outros convidados, oferecendo-lhes um ambiente confortável para iniciarem o dia. O burburinho criado por vozes dos mais diferentes matizes colocando em dia os assuntos dos mais diversos tipos, não incomodava e as equipes do café não perdiam a visão de permitir um espaço limpo para quem chegava. Todos, ali, como no caso dos serviçais das demais áreas, focavam o bem-estar dos convencionais.
Na cozinha, o resultado não foi diferente. Mulheres trocaram o perfume e os cremes por cheiro de fumaça, cebola e outros elementos igualmente emissores de cheiro não encontrado nos produtos da Natura e outras empresas do ramo. Alegres, auxiliadas por homens abnegados, as cozinheiras deram conta do recado e, se não fizeram mais, certamente não foi por questão de incompetência ou omissão.
Lá na avenida ninguém corria o risco de ser atropelado nos graus a que estão expostos nos outros dias. A faixa destinada aos pedestres, instalada bem em frente ao templo, teve sua segurança reforçada pelo serviço dos responsáveis pelo setor. O Pb. Edivilson, experiente, não deu trégua aos motoristas incautos e “exigiu” respeito aos transeuntes, sobretudo nos horários de pico. Na manhã da sexta-feira, um Policial Militar que estava prestando apoio aos pedestres, por pouco não multou o motorista do carro da CPAD que desrespeitou a faixa. O Policial advertiu severamente o condutor do veículo.
Na hospedagem o sucesso também se repetiu. Pr. Juscelino, que não dorme no ponto, conseguiu cama para todo mundo. Por volta das 16h da quinta-feira um grupo de obreiros chegou e a hospedagem para ele foi garantida pela disposição do pastor. Não se ouviu lamentos e reclamações. Parece que todos ficaram satisfeitos.
A informação sobre a Convenção também logrou êxito. As duas voluntárias, Keila e Walquíria, se dispuseram a prestar todas as informações aos convencionais, desde número de telefones até horário de cultos e reuniões. No refeitório o que se via era a disposição e ânimo em atuação. Nos intervalos dos almoços e jantas, o pessoal se apressava em deixar tudo limpinho e higienizado para a seção seguinte.
Outra área que teve resultado altamente positivo foi dos transportes. Os convencionais que precisavam se deslocar tinham a seu favor os serviços que lhes garantiam poder fazê-lo sem sobressaltos. Grupos de até 15 membros lotavam as Vans disponíveis e a locomoção dos que utilizavam os serviços era feita em tempo hábil para não perder as reuniões e cultos. Não é possível continuar citando nominalmente as equipes. Incorreríamos em injustiça se, eventualmente, esquecêssemos alguma. O certo é que todas atuarem esplendidamente, colaborando para o êxito da obra de Deus.
Napoleão, como facão.
O Pr. Napoleão Falcão, um dos mais famosos do Brasil, deu demonstração sobeja do porquê é respeitado como um dos grandes pregadores da atualidade. Pela segunda vez em Timóteo, em menos de um ano, Falcão não veio à cidade para fazer a defesa de um sistema nem condenar aqueles que não morrem de amor por ele. O pregador foi enfático e seu compromisso com a palavra genuína, sem a chancela da defesa ou a marca do ataque, ficou evidente nas oportunidades que teve para pregar, nos cultos de quinta e sexta, na UEMADVARDO e na plenária da sexta-feira à tarde.
Com uma capacidade incrível de conciliar sisudez com descontração, Napoleão Falcão não bajulou Na quinta-feira à noite, quando chegou no púlpito, não apertou as mãos de determinadas “celebridades” como fariam outros bajuladores e “justos” de carteirinha. Caminhou em direção à cadeira que estava lhe reservada e não se preocupou em dar a ideia para o público de ser populista ou exagerado nos gestos de educação. Enquanto aguardava a hora de pregar, Napoleão evitava sorrir ou cochichar com o colega vizinho, gesto que faz parte de um local de onde deveria partir o exemplo de ser algo impróprio para o ambiente e hora. Muitos destes cochichos, quem sabe, é uma ferramenta para exibir intimidade com famosos ou influentes. Napoleão não precisa disto e mostrou que não faz isto.
A mensagem do pastor paraibano não foi água com açúcar, nem teve o gosto de mamão com açúcar. O cajado entrou em ação e o mensageiro disse tudo aquilo que entendeu preciso ser dito no momento. Na planária da sexta-feira, falando para os obreiros, em determinado momento disse que seu compromisso não era com Convenção. Foi corajoso em pronunciar termos de condenação da corrupção nas igrejas e foi prolixo em defender mudança de comportamento por parte dos que dizem ser evangélicos.
Com um português capaz de excitar estudantes e ouriçar intelectuais, Napoleão falcão foi pródigo em pensamentos filosóficos e conhecimento bíblico. Sua condição de escritor ali esteve destilando como água cristalina nas pedras pontiagudas das matas virgens. Sua verborragia era a indumentária de uma mente fértil na construção de pensamentos concatenados, com nexo firme de assustar esquizofrênicos. Pr. Napoleão foi como um facão. Cortou dos lados que precisava e, na bainha, está à espera da próxima oportunidade.
A paciência
Quem esteve participando da 65ª COMADVARDO viu como a paciência, sobretudo na hora dos gritos do estômago, é importante, algo salutar. O elevado número de obreiros que esteve no conclave, acompanhado pelas esposas e muitos deles por filhos, teve que enfrentar uma longa fila, na hora do almoço. Por mais que a equipe da cozinha tenha se esforçado, não foi possível reduzir o tamanho daquela fila. Um dos obreiros que esteve enfrentando uma, consumi 1 hora e 5 minutos para almoçar. Mas não houve murmuração. Era visível que esta edição da COMADVARDO reuniu um número surpreendente de convencionais e a espera para o afago ao estômago, diante desta realidade, até que pode ser minimizado em seus eventuais efeitos.
A privilegiada.
Não é exagero pensar que cantar numa Convenção “a pedido do presidente” seja o sonho de consumo de muitos levitas e cantores, se é que tem diferença entre um e outro. Bom, para quem pensa que isto é impossível, para a cantora Gil Costa não foi e aconteceu no culto de encerramento. Recentemente chegada para o ministério Adão Araújo, a cantora Gil Costa foi convidada, na sexta-feira, para cantar. A diferença entre ela e os outros foi que o dirigente do culto disse: “ a pedido do Pr. Adão, vamos ouvir a cantora Gil Costa”. Bom, quem nasceu para ser Gil…
A homenageada.
Era natural e de se esperar uma homenagem à Dca. Alessandra Araújo. A surpresa, desta vez, veio pela motivação. Segundo a autora da homenagem, a regente do Grande Coral, o ato foi suscitado por uma frase dita por Alessandra para as mulheres da UEMADVARDO. A autora da homenagem, sem tecer detalhes, disse que em uma oportunidade, ao se dirigir às irmãs, Alessandra teria dito que “mora numa cidade de aço mas que não era aço”, talvez se referindo às suas limitações, sublinhadas pela cirurgia que fez para implantação de um dreno no fígado.
Durante a homenagem, Alessandra Araújo chorou e foi carinhosamente amparada pela irmã, que chefia o Conselho Jurídico do ministério presidido pelo pai, assim que retornou ao seu lugar, uma cadeira previamente preparada para acomoda-la. Em sua fala, a diaconisa agradeceu pelo carinho e aproveitou para se desculpar de um episódio onde sua tolerância com uma participante da Convenção que estava sem crachá esteve para lá de zero.
A voz que não se enverga.
O Pr. Salatiel Fidelis, conhecido também pela sua força e habilidades físicas aos quase 85 anos, não deixa passar uma oportunidade. Todas as vezes que percebe que a legitimidade e justiça estão sob ameaça, brada sua voz altissonante e parece que neste instante vai romper com todo mundo. Salatiel, de linha dura, conservador, justo e reto, não aceita acomodações legais para o usufruto de grupelhos e perpetuação de interesses e ampliação de poder e aparelhamento da coisa sagrada. Em seu discurso, na plenária da tarde de sexta-feira, chegou a dizer que é homem e não tem duas caras. Posicionou-se veementemente contra a exigência de diploma de curso superior para o obreiro ser ordenado a pastor. Disse em tom rígido que não aceita a ideia de que pastor seja um empregado da igreja.
Na hora em que o Pr. Salatiel assim se posiciona não se vê com facilidade alguém fazendo coro com ele, senão seu assessor. O mesmo Salatiel enfrenta o sistema e ameaça deixar a mesa caso se insista naquilo que ele falta pouco chamar de aberração. Assim como faz com amigos, dando-lhes “gravatas”, provando sua força física, Salatiel exibe sua condição de profundo conhecedor da Bíblia. No extremo de imitar alguém cantando deixando clara sua capacidade de reter ar nos pulmões apesar da idade, levando, com o gesto, crianças ao delírio, o pastor de Governador Valadares, invocou para si a condição de capaz de derrubar qualquer obreiro ali naquele plenário numa eventual disputa de quem sabe mais sobre a Bíblia. Salatiel Fidelis continua fiel aos seus princípios, e advogados e outros “conselheiros” têm que se preparar para suarem quando virem na mesa o Salatiel. O pastor que brinca não é brincadeira; que enverga o corpo, não se curva quando traduz estarem seus princípios à beira de um vilipêndio. Ele só continua Salatiel porque é Salatiel.
O gênero
Quem aprecia o estilo quarteto, tem tudo para não esquecer desta Convenção. Na quarta-feira cantou o Quarteto Adoração e, na quinta, o Quarteto Castelo Forte. Algo curioso e muito bom para quem aprecia o gênero.
Os números
Para quem gosta de número, informamos que foram 88 consagrações, sendo 13 (escolhidos) ao diaconato, 30 evangelistas, 17 presbíteros e 28 pastores. Com relação à região de Timóteo, destes foram 3 evangelistas, 7 presbíteros, 3 pastores e nenhum diácono.
Foram 108 novas filiações à COMADVARDO.
Horário eleitoral
Em ano de eleições, Convenção é algo que caiu do céu para os candidatos. Na 65ª AGO da COMADVARDO não faltaram eles, na tentativa de garimparem votos e costurar apoios. Era como um horário eleitoral. Suas propostas foram colocadas para os convencionais em um determinado horário, na tarde da sexta-feira. Com jeito de cordeirinhos, educados alguns e com visível rompante outros, os candidatos aguardavam pacientemente a vez de falarem. Nenhum reclamava da demora em ser convidados para a seção de petição, acompanhada da exposição de curriculuns. Provaram um “chá de cadeira”.

Vereador em Uberlândia, onde preside a Câmara Municipal, Márcio Nobre, candidato a deputado federal. Ele é genro do pastor que pregou na abertura da COMADVARDO, Álvaro Sanches
Antes de chegarem ao plenário, os candidatos foram ouvidos pelo Conselho Político da COMADVARDO, uma espécie de pirulito na boquinha do postulante que poderia viver o devaneio de pensar que, de repente, seria o candidato escolhido do órgão. Todos foram apresentados e receberam as orações dos pastores e esposas ali presentes. Ninguém saiu dali candidato oficial. Sonhar faz parte da vida. Foi uma oportunidade de ouro para os papagaios de pirata, aqueles que penduram nos ombros de políticos como quem quer mostrar ter amizades influentes. Estes devem aproveitar o período, porque depois das eleições…
Oportunidade de negócio
Enquanto para muitos uma Convenção é o momento de dar um salto na carreira ministerial, rever amigos, acertar mensalidade, etc, para muitos é um período propício para um bom negócio. Como feirantes, alguns destes chegam a se irritar quando não conseguem um espaço que lhes dê mais visibilidade e consequente possibilidade de uma venda robusta. Desde roupas até cremes foi possível encontrar nas áreas próximas ao templo, onde ocorreu a COMADVARDO.
Nenhum daqueles comerciantes gritou vendendo seus produtos. Apenas uma voz mais exaltada quando uma vendedora de picolé se sentiu prejudicada ao tentar ocupar um espaço na área do templo para vender seu produto. Ela se esfriou e não houve nenhum ato que pudesse vender um fato de maior gravidade. Quem pegou carona na cauda deste cometa foram vários cantores, dentre eles Ely Pereira que tem um CD lançado, algo que para muita gente é surpresa.
A proibição.
Pela primeira vez numa AGO da COMADVARDO, isto na quinta-feira, o presidente Pr. Adão Alves de Araújo, proibiu a entrada no local de repórteres e fotógrafos. Sem explicação convincente, o presidente não permitiu a entrada do editor do Blog do Silas nem de um jornal de Ipatinga. A atitude do líder foi criticada por quem tomou conhecimento dela e serviu como elemento para questionamentos.
À tarde, na sexta-feira, quando o editor do Blog do Silas estava próximo à porta lateral do templo, por onde entravam os obreiros, ele foi visto por um membro do Conselho Jurídico que logo pediu para que as pessoas que estavam no local se retirassem. A justificativa foi que elas estavam sem o crachá da Convenção. O membro do Conselho Jurídico que nos avistou cochichou com um dos secretários que determinou que aquelas pessoas ficassem a cerca de 6 metros da porta. A condição de diácono do editor e de ser um dos membros das equipes que trabalhavam na COMADVARDO não foi levada em conta. Não houve resistência e a ordem foi cumprida, embora um fotógrafo de Ipatinga tenha tido acesso ao plenário para tirar várias fotos.
O bom pastor
Alguns fiéis pensaram que, por ser no templo sede, os cultos da COMADVARDO seriam dirigidos pelo pastor local, Juscelino Soares. Não foi. O primeiro foi pelo Pr. Renato Marcelo, de Barbacena, e os outros dois por um dos secretários da COMADVARDO. Como um bom pastor – bom aqui é referência àquele que não esperneia – Juscelino assistiu aos cultos como um visitante. Algumas informações dão conta de que ele foi alvo de solidariedade por este fato, por parte de alguns obreiros do bairro Olaria.
O Grande Coral
Recurso muito utilizado nas festas assembleianas, a união de várias mulheres para a formação de um grande coral, foi uma das iniciativas aplausíveis da coordenação da COMADVARDO. Centenas delas – estima-se que tenha chegado a duzentas mulheres – se uniram e formaram o Grande Coral. Estas mulheres são, na sua maioria, esposas de obreiros, alguns já falecidos e formam o quórum da UEMADVARDO.
Nas oportunidades que teve, o Grande Coral da UEMADVARDO atiçou fogo e deu demonstração de força e importância em uma Convenção. Foi de uma influente participante da sigla que partiu a homenagem à Dca. Alessandra Araújo.
A lembrada.
A edição da Revista da COMADVARDO foi lembrada em um momento solene, na quarta-feira, e rendeu uma homenagem ao Pr. Adão Araújo, reportagem de capa do periódico. A alusão à revista foi feita pelo Pr. Joanir de Moura, que entregou ao homenageado uma lembrança, símbolo da iniciativa que visa divulgar a Convenção que, de acordo com algumas informações de bastidores, causou ciúme em algumas pessoas que entenderam que deveriam ter seus nomes destacados na edição da forma como eles se avaliam importantes.
É torcer para que o editor não sofra boicote no próximo número.
O respeito
Os membros da 3ª idade, ou melhor idade, tiveram um tratamento especial na 65ª COMADVARDO. Para eles foi reservado um local exclusivo para suas refeições, a cujo acesso puderam ter sem atropelos e obstáculos, ameaças concretas à integridade físicas de quem está na faixa.
Na sala de número 9, famosa por servir de local para estudos e outras reuniões da igreja, idosos e idosas se sentiam seguros e seguras. Foi uma média de 150 pessoas por dia que por ali passaram. Com o carinho que se deve dispensar aos da faixa etária compreendida como de 3ª idade, os responsáveis pela alimentação destinada a eles agradaram pela maestria em cuidar de quem já cuidou e ainda cuida de muita gente.
A surpresa.
Para muita gente ver o Pr. Osmar Silva, dirigente da Assembleia de Deus do bairro Alphaville cantar, é uma surpresa. Todos os pastores cantam, é claro, em suas congregações, no período de louvor, etc. Mas, Osmar, esteve ali como aquele cantor de carreira solo, pronto até para agendas. Que ele gosta de missões, culto “fogo puro” e trabalhar muito, todo mundo sabe. Cantar, certamente, nem todos sabiam. E lembre-se que o homem cantou sem defeito.
A Polícia.
Não foi durante todos os três dias da Convenção mas, sempre que podia, a Polícia Militar estava em frente ao templo, dando apoio ao pessoal responsável pela segurança.
Um Policial, como revelamos, não viu a logomarca da CPAD num veículo da editora como elemento inibidor de sua ação e, por pouco, não multou seu condutor que avançou a faixa de pedestres em um determinado momento da quinta-feira.
E a engraçada.
Um lado bizarro da Convenção irá perseguir um dos membros da equipe de limpeza, para sua alegria, ou melhor, para suas gargalhadas. Ele contou que um determinado convencional adentrou o mictório masculino e, ao aproximar-se de uma das portas que protegem vários dos cômodos do local, começou a fazer “careta” como se estivesse tentando averiguar se os dentes estavam sujos. “Careta” pra lá, “careta” pra cá, o convencional não conseguia ver os dentes expostos com tanta democracia. Foi ai que ele descobriu que aquilo que ele mirava não era um espelho. Tratava-se de um buraco (rombo) na porta. É feio escrever KKKKKKKKKKK.
E, por falar nisto tudo…
Você sabe para que serve uma Convenção?

Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.