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O projeto da vereadora Andréia Botelho (PSL) aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal em março criando o Dia Municipal da Esposa do Pastor foi revogado ontem (12) por 11 votos. O projeto previa que a data seria comemorada no dia 3 de março. Apenas a autora do projeto e os vereadores Serjão do Casib (PT) e Euziméria Duarte (PC do B) foram contrários à revogação. Os vereadores Adriano Martins (DEM) e Enéias Reis (PTdoB) justificaram a ausência.
O projeto do Dia Municipal da Esposa do Pastor provocou muita polêmica na mídia nacional e nas redes sociais, o que acabou levando muitos dos vereadores a rever seus votos. Na reunião realizada ontem na Câmara Municipal, o pastor Hélio Miranda, da Igreja do Evangelho Quadrangular do bairro Surinan, defendeu da tribuna popular a revogação do projeto. Vereador entre 1997 e 2004, ele afirmou que a criação da data foi muito criticada até por evangélicos. Por sua vez, a vereadora Andréia Botelho contestou a posição do ex-vereador ressaltando que o Dia Municipal da Esposa do Pastor é apenas uma homenagem e que data não seria feriado local nem demandaria nenhum gasto público. Ela justificou que a data seria adotada no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. “Nossa intenção é reconhecer o trabalho e a dedicação daquela que defende e apoia a vida com Deus ao lado do seu esposo. A data seria comemorada apenas dentro das igrejas”.
Andréia Botelho disse também que a revogação do Dia Municipal da Esposa do Pastor trará ainda mais desgaste para o legislativo fabricianense. “Existe o Dia do Ovo, o Dia do Milho e várias outras homenagens. O Dia da Esposa do Pastor é apenas uma honraria a muitas mulheres valorosas. O projeto foi atacado com intenções maldosas por pessoas desinformadas. A revogação do projeto nada mais é do que intolerância religiosa. Estamos vivendo tempos muito difíceis”, rebateu a vereadora.
Fonte: JVA Online