Os pastores inscritos na 41ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) propuseram e aprovaram uma moção de apoio a Marco Feliciano (PSC-SP).
Embora mais da metade dos pastores já tivesse ido embora no momento
da votação, a aprovação da moção tem caráter abrangente e simbólico, e
demonstra que Feliciano conta com aprovação entre seus colegas de ministério.
De acordo com informações do portal Uol, o atual presidente
da CGADB pastor José Wellington Bezerra da Costa afirmou que a moção foi
apresentada por pastores no final do segundo dia de reuniões da AGO.
O próprio José Wellington havia declarado um dia antes que a
direção da Convenção não proporia essa moção de apoio, e afirmou que Feliciano
não poderia ocupar o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.
“Não existe moção de solidariedade, isso não vai surgir da
diretoria. Ele é um moço muito inteligente, bem preparado na área religiosa,
mas alguém para presidir aquela comissão tem de ser neutro, sem qualquer
paixão. As declarações que ele fez o tornaram incompatível para o cargo.
Feliciano está tirando proveito da situação”, declarou José Wellington ao site
do jornal O Globo.
Entretanto, a posição do pastor José Wellington era
contestada pelo seu oponente e candidato à presidência da CGADB, pastor Samuel
Câmara, e a aprovação da moção demonstra a polarização da disputa pelo cargo.
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Na segunda-feira, 08 de abril, dia de início da 41ª AGO,
Câmara disse que a postura de José Wellington a respeito do pastor Marco
Feliciano poderia encontrar oposição até entre os seu aliados: “Toda a liturgia
é controlada pelo José Wellington e seu grupo político. O filho dele, Paulo
Freire (PR-SP), é deputado federal e recebeu todo o apoio da cúpula da Igreja
em 2010. Eles rejeitaram Marco Feliciano, que teve o dobro de votos. A moção de
apoio vai surgir na convenção e deve ocorrer até mesmo do lado deles”, declarou
o pastor Samuel Câmara.
Com a aprovação da moção, o documento será enviado à
presidente Dilma Rousseff (PT) e ao presidente da Câmara dos Deputados,
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), como forma de externar o apoio das
Assembleias de Deus ao pastor Marco Feliciano.
O próprio Feliciano, ao saber da aprovação da manifestação
em seu apoio, pediu a palavra e subiu ao palco para agradecer aos colegas,
dizendo que “nunca houve uma comissão com tanta oração”, e que devido ao
episódio envolvendo seu nome, “os pastores estão orando pela minha vida e pela
comissão”.
“Venceremos esta batalha. Quero agradecer essa moção. Graças
a Deus permanecemos firmes até aqui. Chegará o tempo que nós, evangélicos,
vamos ter voz em outros lugares. O Brasil todo encara o movimento evangélico
com outros olhos”, completou Marco Feliciano.