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Bom exemplo: pastor da Igreja Carruagem de Fogo, em Timóteo, disse que passou necessidade mas não recorreu ao tesouro da igreja.

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Há algum tempo atrás uma matéria com o teor desta era redundante e totalmente alinhada com a lógica, o que naturalmente a tornava sem sentido. De certa época para cá, porém, este teor soa como o louvor a uma virtude que deveria ser, no mínimo, uma obrigação.

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O desrespeito nojento ao tesouro de uma igreja onde se deposita o sangue e o suor de fiéis, – diga-se dinheiro -, muitos deles com participação no montante arrecadado simplesmente pelo medo de uma maldição, mas a maioria deles contribuindo por amor, acreditando estarem unicamente beneficiando a obra de Deus, tem sido responsável por escândalos retumbantes que maculam o evangélico, roubando-lhe a autoridade para pregar o “não roubarás” e outros “não..”. Homens inescrupulosos, apelidados de pastores, muitos deles com credenciais negociadas e que não se deram bem na vida secular e vêem no evangelho a única forma de sobrevivência e desenvolvimento dos seus instintos autoritários e megalomaníacos, além de administrarem fraudulosamente o tesouro de uma igreja, rifam “suas” ovelhas em épocas de eleições, se vendendo como influentes e garantindo apoios que na prática nem sempre se concretizam. Dizem “sim” a todos políticos e agem como se tivesse dito “não” a todos eles. Fiéis ao modus operandi dos corruptos profissionais, estes se preocupam em não deixar provas dos seus ilícitos dificultando, inclusive, a simples divulgação de suas peripécias fedorentas.  Ocupam os púlpitos e falam em honestidade com a cara limpa e a hipocrisia oculta. O corruptor conhece seus fregueses. São agravantes que, somadas a umas e outras atitudes igualmente malévolas sob o ponto de vista do conceito de cristão, desconstroem discursos e “ensinamentos”.
Mas nem tudo está perdido e nem tudo é “farinha de um mesmo saco”.  Generalizar, como dizia o falecido senador Nilo Coelho, pode levar a injustiças.

Recentemente, em Timóteo, um líder religioso, Pr. Rogério, da Igreja Carruagem de Fogo, deu uma lição fantástica de probidade e compromisso com a obra de Deus, evidenciando que  não confundiu o tesouro da sua igreja com o envelope do seu pagamento ou a conta do seu banco. Ele, certamente, não é o único que se comporta assim na cidade mas, por ser um caso que chegou ao nosso conhecimento recentemente, é uma boa referência que podemos dar de lisura e transparência no trato da coisa sagrada.
Devido a um problema de saúde, o pastor teve que afastar-se de suas atividades profissionais por um período relativamente longo, o que o levou a algumas dificuldades, tornando acumulados alguns compromissos financeiros. Rogério contou que durante este tempo, assistiu a alguns episódios em sua família que o emocionaram. Um deles foi o dia em que seu filho, diante da falta de outro aperitivo, teve que comer batata palha. Não havia outro alimento senão aquele. O pastor, ao relatar o fato, chorou.
Mas a situação vivida pelo líder da Carruagem de Fogo, cujo templo fica na Av. Acesita, no bairro São José,  não justificou sua ida ao tesouro da igreja, embora, segundo ele, lhe tivesse sido sugerida a medida. Rogério afirmou que sua resposta à sugestão foi no sentido de que não faria aquilo e que “o Senhor iria prover os recursos” para que ele pudesse saudar seus compromissos sem ter que recorrer ao caixa da igreja.

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Pr. Rogério, ao lado da esposa, amigos e integrantes do círculo de oração da Igreja Carruagem de Fogo.

O pastor se manteve firme. Passou pela prova, não retrocedeu na sua decisão de não tocar no caixa da igreja e Deus o honrou. Rogério destacou a bênção que recebeu de Deus e, agora, sem ter tirado nenhum centavo do tesouro da igreja, poderá honrar todos seus compromissos. Ele, inclusive, se manifestou surpreso diante do tamanho da bênção recebida.
Enquanto outros, diante de qualquer “aperto” lançam mão do dinheiro sagrado que deveria ser aplicado exclusivamente para o crescimento da obra de Deus, confundindo o pessoal com o sagrado, fazendo dos seus salários algo meramente formal – já que tiram do tesouro quando e quanto querem – este líder se manteve probo e pode falar em lisura e fidelidade ao compromisso de um homem responsável pela obra do Mestre aqui na terra. Ele poderia ter pegado aqueles famosos “adiantamentos”, sem reposição, ou os famosos “empréstimos” sem quitação e ter se livrado do constrangimento gerado naqueles dias de dificuldade. Preferiu o caminho mais doloroso, que foi o de respeitar o tesouro da igreja.

Um exemplo a ser seguido.

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