IMETT . “Acredito que nada disso teria acontecido caso não tivesse as manifestações”, disse aluno que participou do movimento.

Alunos do IMETT protestaram contra as condições da escola na semana passada

 Em conversa com nossa reportagem na noite desta quinta-feira um dos participantes do movimento falou sobre a manifestação promovida por alunos do IMEET (Instituto Municipal de Educação Técnica de Timóteo) no dia 12, quinta-feira passada, quando quase 100 deles se recusaram a entrar para as salas de aula, forçando o início de conversações e uma série de explicações para justificar a situação da escola.

No vídeo, alunos se manifestando na escola, semana passada.

Os manifestantes exigiam a reposição de cadeiras, a retomada da construção da quadra, a intensificação da limpeza na escola e outras melhorias. O movimento foi provocado pela denúncia da mãe de um aluno do estabelecimento que, inconformada, procurou este blog e, indignada,   expôs  a situação  que ela disse que estava acontecendo “há muito tempo” no local.

Segundo algumas informações, logo depois da manifestação as cadeiras estragadas que estavam amontoadas no pátio da escola foram recolhidas, numa sinalização de que algo estaria mudando após o ato. Além desta medida, algumas reuniões teriam ocorrido, envolvendo funcionários do estabelecimento, e alguns vereadores chegaram a ir à escola, onde teriam tido contato com professores e alunos.

Nesta quarta-feira (18) os alunos, numa ação inédita na cidade, voltaram a se manifestar, desta vez se dirigindo até o prédio da prefeitura, onde foram recebidos pelo prefeito Keisson Drumond. Em resposta o chefe do executivo  visitou o estabelecimento e prometeu atender às reivindicações dos estudantes.

Perguntado se valeu a pena ter promovido a manifestação, o aluno ouvido por nós disse: “valeu a pena, sim,  fazer a paralisação.  Sem ela nada teria acontecido”. O mesmo grau de importância o estudante atribuiu à denúncia da mãe veiculada por este blog que, segundo ele, foi o que encorajou os alunos a promoverem a paralisação.  “A respeito da denúncia de uma mãe  temos que agradecer a pessoa  pois, sem a denúncia dela , não iríamos ter a coragem e a força para fazer a manifestação”, afirmou o estudante.

O aluno está otimista quanto aos rumos que o movimento provocou e acredita que o pleito dos estudantes será atendido desta vez.  “Sobre as nossas reivindicações já começou a ser resolvidas, como o problemas das carteiras, as obras da quadra já começaram novamente.  Com a segunda manifestação que foi a ida dos alunos até a prefeitura , o processo foi ficando até mais rápido,  com a ida do prefeito à escola , em que ele foi olhar como estava realmente a escola.  Imediatamente já começou a solucionar alguns problemas que nem os próprios alunos sabiam. O que foi prometido era uma resposta em torno de 2 dias , em que o próprio prefeito já nos deu a resposta positiva.  Acredito que nada disso teria acontecido caso não tivesse as manifestações”,  concluiu o estudante.