Os fiéis que estiveram no culto deste sábado, na Assembleia de Deus do Novo Tempo, onde os 24 anos de fundação do Conjunto Alfa e Ômega era comemorado, além da presença do Espírito Santo, ali abundante, sentiram forte emoção gerada pela participação da preletora Priscila, portadora de deficiência auditiva e da fala.
Auxiliada pela irmã Adácia, a moça, de 21 anos, contou da discriminação de que já foi vítima, quando ainda menor, na cidade de Betim, mais especificamente, sobretudo no que diz respeito aos meios de transporte coletivo, quando tinha que se deslocar em direção à escola, em companhia da mãe. Este, seguramente, foi um dos momentos mais emocionantes da fala da garota.
As limitações, responsáveis por constrangimento que “a faziam chorar”, como disse, não foram suficientes para deixar Priscila como dependente de um e de outro para a realização de parte dos seus sonhos. Ela venceu o preconceito e se insurgiu contra barreiras que tinham tudo para deixa-la vegetando. “Priscila nos ensina muito”, exultou a irmã tradutora, com fortes traços físicos da preletora.
A mensagem da moça foi “eloquente” e penetrou no público. Lágrimas foram vistas em abundância em rostos que, fixos, pareciam digerir cada gesto da pregadora. Com sinais do código Libras (Língua Brasileira de Sinais) traduzidos por Adácia, Priscila provou que conhece bíblia e o poder de Deus. “Não duvida e não reclama”. Este foi o tema explorado por ela durante quase 40 minutos. A jovem, com muita propriedade, evocava exemplos pessoais para ilustrar sua mensagem. Suas “palavras” calavam fundo na alma dos “ouvintes” que lá compareceram e constataram o fenômeno que é a moça, funcionária de uma agência bancária, em Belo Horizonte.
Não bastasse o sucesso da pregadora “silenciosa”, ela “cantou” e se cravou como completa no que faz.
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Jovens do Renascer, da sede. |
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Do Ana Moura |
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Priscila de Souza |
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Adácia chora ao falar sobre as virtudes da irmã |
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Os jovens da Assembleia de Deus do Novo Tempo presentearam a pregadora, com uma placa. |