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Câncer de próstata: um mal silencioso, mas que tem cura

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RENATA ABRITTA

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), somente entre 2014 e 2015 são estimados quase 70 mil novos casos no Brasil, ou 70 diagnósticos confirmados em cada grupo de 100 mil pessoas do sexo masculino.

A idade é o principal fator de risco. “Em países desenvolvidos, a incidência desse tipo de tumor está relacionada ao aumento da expectativa de vida e também à maior facilidade de acesso a serviços de atenção à saúde”, explica o oncologista Roberto Porto Fonseca, presidente do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Cancerologia e diretor da Oncomed-BH.

Hereditariedade, genética e má alimentação também podem contribuir para o desenvolvimento da doença. “O câncer de próstata raramente é diagnosticado antes dos 40 anos. Homens com história familiar da doença em parentes de primeiro grau (pai/irmãos) e também os de raça negra têm um risco mais elevado”, afirma Fonseca.

Níveis baixos de vitamina D também poderiam aumentar a incidência do câncer. “Vinte minutos diários de exposição ao sol antes das 10h ou após as 16h são suficientes para manter níveis adequados dessa vitamina no sangue. Consumir alimentos ricos em licopeno, como tomate, também pode reduzir a incidência da doença”, explica Fonseca.

Diagnóstico. Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura. Um dos grandes problemas é que o câncer de próstata é silencioso. “A maioria dos homens com câncer de próstata inicial não tem sintomas atribuídos à doença. O aumento da frequência urinária, urgência miccional e a diminuição do jato urinário podem estar presentes, porém, usualmente, são relacionados à hiperplasia prostática benigna”, afirma o oncologista.

Tratamento. O tratamento depende do estágio da doença no organismo, do tipo de tumor, da idade do paciente, da presença de outras doenças e da opção pessoal de cada paciente. “As armas de combate ao câncer de próstata variam desde a observação e o controle sem intervenção até cirurgia, radioterapia, hormonioterapia, quimioterapia e tratamento paliativo”, enumera Fonseca.

O especialista ressalta ainda que, para os homens que possuem tumores de crescimento lento e pouco agressivos, em estágios iniciais, não é necessário qualquer tipo de tratamento, apenas o acompanhamento médico. “Caso a mudança do comportamento do tumor se evidencie, poderá ser avaliada a necessidade de algum tipo de tratamento”, ressalta Fonseca.

Jornal O Tempo

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