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Homem que matou mulher com marretada falou sobre o crime.

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José Cirilo, de 69 anos – Reprodução/Wellington Fred

Um crime passional chocou os moradores da rua Rio Piracicaba, no bairro Alvorada. Um idoso matou a mulher com um golpe de marreta na cabeça. Ela chegou a ser socorrida com vida, no começo da madrugada de sexta-feira, mas com afundamento do crânio, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu.

José Cirilo Siqueira, de 69 anos, desentendeu-se com a mulher com quem vivia, Zilda Lázaro de Carvalho, de 49 anos, por ciúmes. O desentendimento acabou em homicídio. O homem, que fugiu em uma bicicleta, e depois em um táxi, acabou preso.

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Marreta usada para praticar o crime. Reprodução/Wellington Fred

Policiais militares ouviram das filhas do casal, que havia sido mesmo o pai delas quem desferiu o golpe, enquanto a mãe dormia. A filha mais velha disse ter acordado com a mãe gemendo e pedindo por socorro, deitada na sala. Os vizinhos foram chamados e levaram Zilda para o Hospital São Camilo. Em rastreamento, policiais militares chegaram à informação que Cirilo pegou um táxi, no terminal rodoviário para o distrito de Cachoeira do Vale.

O acusado do crime foi localizado na casa de parentes, preso e autuado em flagrante na Delegacia de Polícia Civil, por homicídio qualificado. Uma das filhas disse à PM que o pai não combinava com a mãe e sempre a ameaçava de morte. Os dois também já não dormiam juntos, razão pela qual Cirilo dormia no quarto e a sua mãe, na sala.  

Traição

Em entrevista ao DIÁRIO DO AÇO, Cirilo relatou que morava com Zilda havia 28 anos. No começo do relacionamento, ele manifestou preocupação com o fato de ser vinte anos mais velho.

“Mas ela insistiu e fomos morar juntos. Agora, admitiu que desde o início me traía. Eu não desconfiava não, mas ela confessou comigo. Falava nomes de outros homens comigo. Isso foi me irritando. Acho isso uma falta de respeito. Ela fez as nossas filhas virarem-se contra mim. Tolerei tudo sem discutir e sem bater nela até hoje”, afirmou.

Cirilo também disse que chegou a pedir que ela, as filhas e um genro se mudassem, mas o pedido não foi atendido. Questionado sobre o que o levou a bater na cabeça da mulher com a marreta, Cirilo disse que não sabia explicar.

Esse, entretanto, não foi o primeiro crime contra vida, praticado por Cirilo. Ele confessou que há 29 anos, em Belo Horizonte, foi traído e atirou contra a ex-mulher. Ela sobreviveu ao atentado, mas ficou em uma cadeira de rodas e morreu 18 anos depois. Cirilo mudou-se para Timóteo e nunca pagou pelo crime. “Por isso que queria me casar com uma mulher da minha idade. Perdi a cabeça, mas não aguentava mais sair à rua e ser chamado de ‘corno’, de ‘chifrudo’, na cara, pelas pessoas”, concluiu, entre lágrimas.

Portal Diário do Aço
 

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