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Presos de Coronel Fabriciano fabricam muletas e bengalas para doação

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Sejusp / Divulgação
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O Presídio de Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, iniciou mais um projeto de ressocialização para os internos que estão sob sua custódia. Há cerca de 40 dias estão sendo fabricadas muletas e bengalas que serão destinadas à população carente que precisa do item para auxiliar na sua locomoção. O projeto conta com a parceria da Usiminas e da Associação Projeto Ômega.

Quinze pares de muletas e quinze bengalas já estão prontos para serem entregues a quem precisa. Os itens foram produzidos a partir de paletes de madeira transformados manualmente por cinco presos na oficina de produção da própria unidade prisional. Todos os insumos necessários à fabricação – madeiras, metais e acolchoamentos – são doados pelos parceiros do projeto.

A Associação Projeto Ômega será a responsável pela distribuição dos produtos. A instituição é cadastrada como parceira da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e é experiente em realizar campanhas de doação. As bengalas e as muletas serão destinadas para quem precisa fazer uso contínuo e também aqueles que apenas precisam do item temporariamente. Neste caso, a associação fará o empréstimo dos objetos.

Todos ganham

O diretor-geral da unidade prisional de Coronel Fabriciano, João Batista Ferreira, comemora o sucesso do projeto. Para ele, é motivo de orgulho inaugurar mais uma ação como essa. “O preso que produz os materiais está trabalhando a mente, a cabeça e, consequentemente, está se tornando uma pessoa melhor para ser reinserido socialmente”, comentou o diretor.

O Presídio de Coronel Fabriciano possui um extenso e importante trabalho de humanização do atendimento ao preso. Além de estimular inúmeras frentes de trabalho ligadas à produção de artefatos manuais a partir de diversos produtos recicláveis, recentemente foi escolhido como unidade de acolhimento para a população prisional LGBTQIA+ da região.

Sobre as diversas frentes de trabalho proporcionadas pelo presídio local, João Batista defende que as atividades produtivas trazem benefícios para todos: interno, Estado, sociedade e a própria unidade prisional. “Ganha o preso, que vai ficar menos tempo na unidade, em razão da remição da pena pelo trabalho executado; ganha o Estado, pois o interno se desligará mais rápido; ganha a sociedade, por estar recebendo as doações; e, por fim, ganha a unidade, com a melhora do comportamento, pois os internos que estão trabalhando não causam problemas, pelo contrário, eles contagiam o ambiente positivamente”.

Agência Minas.

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