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O prefeito de Ipatinga, no Vale do Aço, Gustavo Nunes (PL), falou com a reportagem de O TEMPO na manhã desta segunda-feira (12 de janeiro) enquanto a cidade ainda contabilizava os estragos pelo temporal durante a madrugada. “Cenário de guerra”, disse o chefe do Executivo, que decretou situação de calamidade pública.
No meio da manhã deste domingo, o Corpo de Bombeiros confirmou ao menos oito mortes em desabamentos na cidade. A UPA da cidade também foi tomada pela lama. “Nunca aconteceu isso aqui. Fizemos uma mobilização desde o primeiro momento da madrugada, já temos bombeiro, Defesa Civil municipal, estadual, todos já mobilizados trabalhando desde a madrugada para atender essas famílias que tiveram a casa atingida por desabamento, famílias que perderam pessoas queridas. Estamos auxiliando as famílias que têm familiares desaparecidos. Paralelo a isso, é um cenário de guerra na cidade, mobilizamos equipes para fazer limpeza da cidade com maquinário, com tudo o que pode ser feito para tentar reestabelecer a normalidade no menor espaço de tempo”, disse.
O prefeito disse ter recebido a confirmação de três óbitos, mas foi informado sobre algumas outras pessoas desaparecidas, possivelmente após soterramentos.
Segundo o prefeito, é inacreditável o volume de água e de lama que atingiu a cidade. “Tivemos pontos aqui com mais de 1,5m de água em lugar que nunca alagou. Isso muito por conta do volume de água e de barrancos que caíram, então tem muita lama. Não temos levantamento de quantas pessoas ainda estão desaparecidas”, disse.
Gustavo Nunes publicou decreto de estado de calamidade em Ipatinga e prometeu “trabalhar incansavelmente para atender a comunidade”. Ele ainda afirmou que, dentro do possível, a prefeitura vai encontrar uma forma de auxiliar as pessoas que perderam bens no temporal.
Por meio de nota, a Prefeitura de Ipatinga informou que a cidade “foi surpreendida por uma tromba d’água que registrou 80 mm de precipitação pluviométrica em apenas uma hora” e “para agravar ainda mais a situação, mesmo com menor intensidade, a chuva continuou por mais duas horas, desestabilizando encostas que já estavam abaladas”. “O intenso temporal causou transbordamentos de córregos, alagamentos e deslizamentos em várias regiões da cidade. Mais de 60 ocorrências foram atendidas pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros, incluindo situações de bloqueio de vias por destruição de pistas. Desde as primeiras horas, uma força-tarefa composta pelas secretarias de Obras, Sesuma (Serviços Urbanos e Meio Ambiente), Saúde, Administração, Assistência Social, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, GCM, além de equipes da Cemig e Copasa, está mobilizada para garantir assistência e minimizar os impactos dessa tragédia”, disse o Executivo.
O Tempo
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.