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Vídeo que ‘mostra’ implosão de submarino é um dos mais assistidos do mundo: ‘é mais fácil morrer no fundo do mar’

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Starfield Studio.
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Um vídeo que mostra em seis segundos como acontece uma implosão de um submarino é um dos mais assistidos no mundo, com mais de 48,8 milhões de visualizações no TikTok. A animação em 3D, com o submarino da empresa OceanGate, foi postada na página da empresa Starfield Studio, no TikTok, antes da Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmar que “todos os destroços [encontrados] apontam para a implosão catastrófica da embarcação.”

@starfieldstudio

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O vídeo já ultrapassou a marca de 2,6 milhões de curtidas, 39 mil comentários e 307 mil compartilhamentos, nesta sexta-feira (23), após um final trágico para os cinco tripulantes que morreram durante a expedição aos destroços do Titanic, no submersível Titan da empresa OceanGate.

“Com o colapso instantâneo pela pressão, o casco aqueceria imediatamente o ar no submarino até aproximadamente a temperatura da superfície do sol, enquanto uma parede de metal e água do mar esmagaria de uma ponta do barco à outra em cerca de 30 milissegundos”, explica o estúdio no vídeo.

“É mais fácil morrer no fundo do mar do que no espaço”, explica à Itatiaia o engenheiro naval e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Thiago Tancredo que completa. “A água é um ambiente extremamente agressivo e a água pressurizada muito mais agressiva.”

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O material usado na construção do submersível foi, segundo a empresa OceanGate, fibra de carbono e titânio. O professor alerta que há poucos estudos a respeito do comportamento desses materiais no fundo do mar.

“A gente publicou um trabalho há alguns anos que mostrava que um problema de fabricação de menos de 1%, ou uma varia no casco de menos de 1%, levaria a uma redução da profundidade máxima de operação de um submarino em 50%. E existe um outro detalhe muito importante: a medida que são feitos mergulhos sucessivos o risco vai aumentando, porque o submarino vai acumulando deformação, no sentido de ficar mais achatado, e a probabilidade de colapso aumenta consideravelmente.”

Por isso, na avaliação do professor, é um “erro achar que por já ter feito vários mergulhos o submarino é seguro.”

Por Clarissa Guimarães/Itatiaia

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