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Polícia

Timóteo/Caso Caio Domingues Acusada de matar o marido passa mal durante julgamento

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O terceiro dia do julgamento do Caso Caio Domingues, realizado nesta sexta-feira (08/08) no Fórum de Timóteo, foi marcado por momentos de tensão. Logo no início da sessão, a acusada Luith Silva Pires Martins, 41 anos, precisou sair do plenário às pressas, levando a mão à boca e aparentando ânsia de vômito. Essa foi a segunda vez que a ré solicitou para se ausentar desde o início do julgamento, alegando mal-estar.

O episódio ocorreu após  a exibição do vídeo da confissão de João Victor Bruno Coura de Oliveira, 23 anos, acusado de executar o assassinato de Caio Campos Domingues, ocorrido em 4 de abril de 2023, na zona rural de Jaguaraçu. A gravação, obtida pelo portal PLOX, mostra João Victor admitindo o crime em depoimento à Polícia Civil, oito dias após o ocorrido.

De acordo com o Ministério Público, Luith, então esposa da vítima, teria planejado a morte de Caio para receber o seguro de vida e quitar dívidas. O plano, segundo a acusação, envolvia a promessa de pagamento de R$ 10 mil a João Victor pela execução. O crime é classificado como homicídio qualificado por motivo torpe, promessa de recompensa e uso de meios que dificultaram a defesa da vítima.

Segundo a denúncia, Caio foi atingido dentro do próprio carro, ainda com o cinto de segurança afivelado. João Victor teria aguardado escondido no local combinado e atirado contra ele. Luith, conforme a acusação, dirigiu até o ponto marcado, retornou após o crime e simulou uma tentativa de socorro, além de forjar um latrocínio com o desaparecimento de uma bicicleta do veículo. A arma usada foi encontrada no dia seguinte na casa de João Victor, que também responde por posse irregular de arma de fogo.

Na quinta-feira (07/08), a defesa de Luith se pronunciou pela primeira vez à imprensa. O grupo de cinco advogados, entre eles Larissa Oliveira, Lorena Vidal e Caio Barbosa Ulhoa, afirmou que as acusações são frágeis e repletas de contradições.

Eles sustentam que, nos dois anos de prisão preventiva, apenas a versão da acusação foi divulgada e que o julgamento está revelando fatos omitidos.

Na noite de quarta-feira (06/08), a sessão foi suspensa e os jurados — dois homens e cinco mulheres — foram isolados em um hotel até a retomada dos trabalhos. A expectativa era iniciar o interrogatório dos réus ainda nesta sexta-feira, com os debates finais previstos para sábado. Caso condenados, Luith e João Victor podem cumprir entre 12 e 30 anos de prisão pelo homicídio, além de penas previstas no Estatuto do Desarmamento.

O julgamento segue atraindo atenção da população do Vale do Aço, com cada sessão revelando novos detalhes e versões divergentes sobre o crime.

Fonte: Plox