Morto? Pastor Gentil de Moura está vivo na memória de muita gente, ainda provoca saudades e se agiganta a cada escândalo que ocorre no meio evangélico.
Depois de 17 anos do seu falecimento, completados anteontem, Pr. Gentil de Moura ainda está vivo, vivíssimo, na memória de muitos que foram suas ovelhas, amigos, parentes ou simples admiradores. Na memória de muitos que estão envergonhados com tipos de homens, cuja condição de pastor é altamente questionável dado ao estilo de vida que levam, aos escândalos que protagonizam, aos maus exemplos que são suas práticas preferidas, ditados por um caráter dúbio, que macula a instituição a que servem, que enfadam quem tem que conviver com eles e por ai afora. Indivíduos – simples indivíduos – que, sujando os púlpitos, cospem na cara das ovelhas debochando de suas condições de serviçais, “crentes de banco”, sem credenciais, sem cargos, que contra suas práticas nada podem fazer devido ao “não toqueis nos meus ungidos”, escudo de esfarrapados aprendizes de Hitler. Ao contrário de muitos pastores que estão vivos, cujas “ovelhas” sonham com o dia em que irão vê-los bem longe, homens como Gentil, que hoje descansam, despertam em muitos o desejo de, se possível fosse, que retornassem para pastoreá-los. O tempo não apagou seus conceitos. À medida que mercenários arvoram contra a coisa sagrada, brilho como o de Gentil se intensifica. O presente de muitos destes déspotas é o que exume o tempo em que “Gentis” eram lideranças intactas, de caráter, crentes, decentes, sem falsidades, mentiras, tramoias, articulações e fétidos afins, perseguidores de carteirinha.
Ev. Cristiano Silveira
Nesta quarta-feira, 28, lembramos, com uma imagem montada por nós, os 17 anos em que o Pr. Gentil de Moura faleceu. Vários leitores se manifestaram a propósito da nossa lembrança e aproveitaram para dizer o que pensam sobre o líder que foi recolhido. É o caso, por exemplo, do Ev. Cristiano Silveira, atualmente residindo em Caratinga. O obreiro, no ensejo criado por essa publicação, manifestou sua admiração pelo pastor falecido, cuja vida exemplar respira com todos os sinais vitais na lembrança de quem entende que um pastor dever de ser exemplo para a sociedade e, em especial, é claro, para suas ovelhas. Procurado por nossa reportagem a propósito de uma manifestação sua sobre Pr. Gentil de Moura, postada em sua pagina em uma rede social, Cristiano foi incisivo: “Foi meu pastor, aprendi a pastorear e ter amor de verdade com ele”, disse o evangelista, lembrando o tempo em que foi sua ovelha na Assembleia de Deus do bairro São José. Cristiano, que mudou de Timóteo em 2007, recordou de episódios vividos com o religioso, que o marcaram. Ele lembrou de um caso que ilustra muito bem o rigor com que Pr. Gentil se comportava. Disse o admirador que, na época em que foi descer às águas batismais, teve uma surpresa: Pr. Gentil decidiu que ele não poderia batizar-se “porque respondeu à sua avó”. Para que Gentil mudasse de ideia foi preciso a intervenção de outro pastor, tio do rapaz.
Como outras manifestações, o evangelista de Caratinga também emitiu sua opinião, segundo a qual a chamada à eternidade de pastores como Gentil de Moura “é para que eles não presenciassem tanta coisa errada acontecendo”. Perguntado sobre o que pensa poderia ser a reação do Pr. Gentil diante de fatos que vêm ocorrendo no meio evangélico da cidade, o Ev. Cristiano disse: “morreria novamente, só que de desgosto e paixão, pois os melhores (pastores) que Timóteo já teve, Deus recolheu”.
Momento em que Cristiano era batizado pelo Pr. Gentil