Thiago Motta França, residente em Dallas (TX), pede ajuda à comunidade para levar de volta o avô, Walter Motta, de 79 anos, a Belo Horizonte (MG)
Ainda continua a saga de Thiago Motta França, natural de Juiz de Fora (MG), para levar ao Brasil o avô, Walter Motta, de 79 anos, que está internado em coma na UTI de num hospital em Dallas (TX). O idoso está há 3 meses inconsciente e seus parentes tentam manda-lo de volta a Belo Horizonte (MG), onde acreditam ele ficará melhor próximo à família. No Brasil, ele possui seguro de saúde. Walter viajou aos EUA para participar da festa do casamento do neto, mas, uma semana depois, ele sofreu um infarto. Após ser operado e receber alta, ele sofreu um segundo ataque do coração, fazendo com que seu cérebro ficasse sem oxigenação suficiente por 10 minutos, afetando às áreas responsáveis pela coordenação motora e permanecendo ativa somente a que controla as funções vitais.
Thiago detalhou que a conta hospitalar nos EUA já chega a US$ 400 mil e que ele precisa pelo menos de US$ 30 mil para alugar uma ambulância aérea que leve seu avô à capital mineira. Ele mora nos EUA há 3 anos, pois veio para estudar inglês e conheceu sua esposa, a americana Sara Butler. Atualmente, ele trabalha como diretor de uma agência de publicidade em Dallas (TX). Em virtude do alto valor das despesas hospitalares, Walter está recebendo somente os cuidados básicos.
. Entenda o caso:
Em 25 de julho desse ano, Walter Motta, de 79 anos, natural de Belo Horizonte (MG), viajou aos Estados Unidos para participar do casamento do neto, Thiago Motta França, com a norte-americana Sara Butler, na cidade de Dallas (TX). Uns dias após a festa, ele passou mal e foi levado ao hospital local, na mesma cidade, onde foi submetido à cirurgia de implante de ponte de safena, em decorrência de obstrução nas artérias cardiovasculares. Depois de três semanas internado, Walter foi liberado pelo hospital e retornou à casa do neto.
Entretanto, em 25 de agosto, ele teve uma convulsão, seguida de parada cardíaca, ficando sem oxigênio por aproximadamente 15 minutos. O incidente afetou algumas áreas do seu cérebro, comprometendo a locomoção. Atualmente, o idoso está internado no Methodist Charlton Medical Center (ICU) e brevemente será submetido à uma traqueotomia, para ajuda-lo na respiração, e o implante de um tubo em seu estômago, para a alimentação, detalhou Thiago, por telefone, à equipe de reportagem do BV.
“Meu avô veio prestigiar meu casamento em julho. Uma semana após o casamento, ele se sentiu mal e foi levado ao hospital. Ao chegar lá, ele foi diagnosticado tendo um principio de parada cardíaca. Foi necessário fazer uma operação de emergência de ponte de safena, a qual eu não preciso nem dizer que não conseguimos e nem conseguiremos pagar”, disse Thiago. “Duas semanas depois, após ele voltar pra casa, após dois dias em casa, ele teve outra parada cardíaca, durante a qual eu e minha mãe fizemos CPR nele e chamamos os bombeiros, que o ressuscitaram e o levaram a outro hospital, em uma situação mais crítica”.
“Agora, ele está internado no Charlton Methodist Medical Center, em Dallas (TX), com a parte superior do cérebro bastante danificada pelo tempo sem ar que ficou. Para piorar a situação, o seguro que ele contratou não cobre o transporte médico ao Brasil, a não ser que seja em voo comercial, o que no caso ele provavelmente nunca mais poderá voar em um”, acrescentou.
Segundo Thiago, o estado de saúde do avô é delicado demais para que ele retorne ao Brasil em voo comercial regular e seu seguro de saúde não cobre o transporte especial. A solução seria um jato-ambulância, cujo preço gira entre US$ 30 mil a US$ 98 mil, uma quantia que os familiares de Walter não podem arcar. Em virtude disso, Sara criou uma página no site GoFundMe.com (http://www.gofundme.com/waltermotta), cujo objetivo é angariar pelo menos a quantia de US$ 28 mil para que Walter retorne a Belo Horizonte (MG) da forma mais segura possível.
Durante a campanha online, Thiago fez um apelo à comunidade brasileira, pois, a administração do hospital onde o avô está internado planeja transferi-lo para um abrigo que acolhe pessoas com doenças crônicas ou terminais. “Estamos consultando assistentes sociais sobre o que pode ser feito, mas como esses transportes são particulares, portanto, teremos que desembolsar dezenas de milhares de dólares, o que minha família nem eu temos. Não queremos que ele seja enviado para um asilo de indigentes, queremos ele vivo no Brasil”, disse ele.
“Já liguei para a FAB (Força Aérea Brasileira), o Consulado em Houston, e-mail para a Presidente e até agora nada. Não sei mais o que fazer. Gostaria de pedir que divulgassem nossa história até para que tenhamos algum tipo de solução. Também criamos um ‘fundraiser’ (campanha) para ajudar com os custos, pois não temos condições de arcar nem com as contas dele do hospital, quanto mais o seu retorno pro Brasil. Por favor, nos ajude a encontrar uma solução pra levar meu vovô de volta pra casa, ao lado da família dele. Eu o amo muito e hoje o que eu sou eu devo muito a ele e vou lutar até o fim pra leva-lo vivo pra casa”, concluiu.