A escultura “Espírito Guardião Dragão Onça”, presente oficial da China ao Brasil durante a COP30, gerou uma reação negativa por parte dos evangélicos A obra, que retrata uma criatura com chifres abraçando um globo terrestre com a inscrição COP30, gerou polêmica nas redes sociais.
Criada pela artista Huang Jian, a escultura combina elementos simbólicos dos dois países: o dragão, representando a China, e a onça-pintada, simbolizando o Brasil. Na concepção artística, a figura híbrida atua como protetora da floresta tropical.
A produção, porém, não agradou a muitos evangélicos, que criticaram as características da obra, que inclui chifres e dentes pontudos. Esses elementos são associados por alguns grupos religiosos a representações demoníacas, o que intensificou a controvérsia.
O apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer, está entre os líderes evangélicos que se manifestaram contra a escultura. Em publicação no Instagram, ele argumentou que “o dragão com chifres é o símbolo bíblico do engano e poder contrário a Deus” e que a combinação com a onça sugere “uma fusão da identidade nacional com valores que não refletem nossa nossa tradição cristã”.
Ele citou ainda Apocalipse 12:9, que menciona um “grande dragão, que engana todo o mundo” e que é “chamado diabo ou satanás”.
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Na publicação feita pelo religioso, muitos dos seguidores concordaram com o posicionamento de Estevam. “Está repreendido, em nome de Jesus” e “Nossa nação é do Senhor” foram alguns dos comentários. Alguns usuários também sugeriram que a escultura deveria ser devolvida, alegando possíveis consequências negativas para o país.
Houve também quem discordasse do posicionamento do apóstolo. “Minha opinião é que eles não são cristãos e essa escultura não tem nada a ver com Satanás, como muitos vão falar. Nem tudo é sobre isso”, escreveu uma internauta. “Para mê é só uma estátua como outras por aí”, escreveu outro.
Vale destacar que, na cultura chinesa, o dragão possui conotações positivas, sendo associado à sorte, força, poder e sabedoria.
O Tempo.
