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Bebê de 1 ano foi morta a facadas pela mãe dentro de berço, diz delegado

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Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
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A bebê Júlia, de 1 ano, – morta nesta quinta-feira (25) – foi assassinada a facadas pela mãe dentro do berço e teve ferimentos em várias regiões do corpo, entre elas o abdômen, as costas e o pescoço. A mãe se apresentou à polícia confessando o que tinha feito, logo após o crime. Para a polícia, não há dúvidas da autoria e ela vai ser indiciada por infanticídio, crime hediondo.

“Em 12 anos de polícia, eu confesso que foi uma das cenas que mais me causaram repulsa pela quantidade de ferimentos nessa criança, em seu leito de dormir, que era um berço”, ressaltou o delegado Diego Garcia, que investiga o caso.

O crime aconteceu no bairro do Geisel, em João Pessoa, na manhã desta quinta-feira (25). A morte da criança teria aconteceu após uma discussão entre a mãe e o pai, que terminou o relacionamento com a mulher por volta das 7h, horas antes do crime.

De acordo com o delegado Diego Garcia, a mãe compareceu à Central de Polícia por volta das 11h, ensanguentada e com uma mochila nas costas. Não havia mais ninguém em casa na hora que tudo aconteceu, por isso ela é a única suspeita da morte da criança.

A polícia foi até a casa da família após a mãe confessar o crime. A criança foi encontrada morta no berço, ensanguentada, e ao lado do corpo estava a faca que teria sido usada para cometer o infanticídio.

Ainda conforme informações do delegado, somente uma perícia que vai ser feita pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) vai poder afirmar a quantidade de golpes de faca dados contra a criança. Além disso, o delegado também afirmou que a mulher pode passar por análise psicológica, para averiguar a sanidade mental.

“Temos que ter muito cuidado com a palavra ‘surto’, porque às vezes uma pessoa de má fé usa justamente disso para se defender, ‘justificar’ o cometimento do crime. Então é preciso que laudos periciais, que provavelmente o IPC provavelmente vai trabalhar nesse sentido, se dedique a comprovar se essa mulher possui alguma deficiência mental que poderia levar a este crime, mas aparentemente, ao meu ver, a olho nu, não tem nenhum sinal de surto”, disse.

Outro ponto que vai ser analisado pela perícia é se a criança estava dormindo ou se estava acordada quando o crime aconteceu. A criança de 1 ano, que em 14 de outubro completou aniversário, era filha única do casal.

A mulher foi autuada em flagrante por infanticídio, enquadrado na categoria de crime hediondo. Ela será encaminhada para exames e também vai passar por audiência de custódia. Além disso, familiares do casal não foram ouvidos ainda e vizinhos do condomínio foram intimados para prestar depoimento. O pai da criança também vai ser ouvido pelas autoridades.

Confissão do crime

De acordo com o delegado Bruno Germano, que recebeu a mulher na Central de Polícia, ela chegou no local com as mãos ensanguentadas e contou que havia esfaqueado a própria filha.

“Isso causou surpresa a todos nós e logo determinei que detivessem a jovem e fossem até o local onde ela apontava que a bebê estava. Várias viaturas foram no local e confirmaram o crime, a criança de um ano estava dentro de um berço e golpeada por vários golpes de faca”, disse.

Ainda segundo o delegado, o crime aconteceu após uma discussão da mãe com o pai da bebê, de quem estava em processo de separação.

“Ela alegou que hoje de manhã teve uma confusão com o marido, e que ele disse que queria se separar, que a relação não estava dando mais certo. Ele teria dito que a criança ia ficar com ela, mas ele ia procurar a Justiça para detalhar a guarda compartilhada, ajuda financeira e sentimental para ficar com a filha”, contou o delegado

Bruno explicou ainda que após a discussão, o pai foi trabalhar, e em seguida ela cometeu o crime. “Ela alegou que, na cabeça dela, vinha percebendo que a família do marido queria tomar a criança e, em um surto, por esse motivo banal, golpeou a criança. Em seguida, ficou nervosa, viu a besteira enorme que fez e veio à nossa base para se entregar”, relatou.

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