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1 ano atrásno
Extinta dos púlpitos da maioria esmagadora das igrejas Assembleia de Deus, para não dizermos que não existe mais, as famosas campainhas, ou sinetas, aquelas acionadas no final das orações e para pedir silêncio nos cultos, reuniões e outras atividades, símbolo da ordem, a qual sempre deveria existir no andamento do culto divino, cujo desaparecimento, na concepção do historiador e escritor Mário Sérgio Santana “fala mais do que as muitas analises teológicas e comportamentais dos novos tempos (e templos) assembleianos”, agora faz parte doa dia a dia da congregação da AD Ana Moura, templo de baixo, sob a direção do pastor Welerson Lagares.
Na AD Olaria, era um das peças que acompanhavam o pastor José Gonçalves, sobretudo nos estudos bíblicos, sempre nas terças-feiras. Sobre uma mesa de madeira, quadrada, mais próxima dos bancos onde ficavam os fiéis, estava a campainha, de cor branca, do lado direito, e um caderno, onde estavam anotadas as referências bíblicas sobre o assunto estudado.
Clique no play, conheça ou mate a saudade do som da campainha.
O objeto, acionado em algum momento das reuniões e cultos, quando as atenções se dispersavam, utilizado para chamar a atenção dos desavisados que o culto ainda prosseguia e estava sempre no púlpito, à mão do pastor, foi doado à igreja pelo diácono Daniel Monteiro.
Daniel revelou que a sineta foi adquirida no Shopee, plataforma de comércio eletrônico singapurense, pertencente ao Sea Group (anteriormente conhecido como Garena) empresa global de Internet para o consumidor fundada em 2015 por Forrest Li.
Pastor Welerson Lagares, dirigente da AD Ana Moura, templo de baixo.
Diácono Daniel e esposa. Arquivo pessoal.
“O povo gostou, entendeu?; graças a Deus, foi bem aceito, de novo, dentro da igreja”
O Portal do Silas procurou o diácono Daniel Monteiro para ouvir suas explicações sobre o porquê da doação da sineta. Veja o que ele disse:
“Silas, graças a Deus a gente é nascido e criado no evangelho. Então, eu, ainda, peguei aquele bom costume da Assembleia de Deus de ter essa campainha, primeiro, pra alertar o povo no início dos cultos, no início dos trabalhos e, também, uma forma de chamar a atenção do povo…Às vezes, quando está ministrando, desliga da mensagem, vai conversar. Então isso, as boas prática que tinha, antigmanete, né? Eu vejo que, com o passar do tempo, a igreja vai perdendo, eles vão mudando…A gente sabe que a tecnologia tem entrado no nosso meio, às vezes até pra ajudar mas, os bons costumes que a gente tinha, a gente ainda sente falta disso. É uma coisa bem útil, né, pra nós. O que me fez voltar a atenção pra isso (campainha) foi isso ai, entendeu? As boas práticas que nós tínhamos antigamente porque, quando você toca o sino (campainha) todo mundo volta a atenção pra pessoa que tocou. Então, antigamente, eu sempre observava isso com crianças que, quando tocava, todo mundo silenciava e voltava a atenção pro pregador, pro pastor. Então é uma boa prática que a gente tinha e, com o tempo, foi tirado, né, de pouco a pouco, das igrejas. Graças a Deus meu pastor sempre nos apoiou. Todos os projetos que a gente tem a gente sempre passa pra ele antes. Graças a Deus a gente teve o aval dele e voltamos com essa campainha e o povo gostou, entendeu? Graças a Deus foi bem aceito, de novo, dentro da igreja”.
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.