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Turista suíça jogou filho pela janela do Elevador da Glória para salvá-lo em acidente

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Uma turista da suíça jogou seu filho de três anos pela janela do Elevador da Glória na tentativa de salvá-lo durante o descarrilamento do bondinho em Lisboa. O acidente ocorreu nesta quarta-feira (3/9) na capital portuguesa, resultando em 17 mortes e 21 feridos.

Rasha Abdul, que estava de férias com o marido e o filho, relatou ao Sky News o momento dramático. “Tínhamos medo de que ele batesse na gente. O fato de ele ter batido ali [na esquina] nos salvou”, declarou Abdul. Seu marido pulou pela janela do bondinho e ela passou o filho de três anos para ele antes que a carruagem, em alta velocidade, colidisse com um muro próximo a eles.

O acidente aconteceu por volta das 18h04 na Calçada da Glória (14h04 em Brasília), quando um dos cabos do elevador arrebentou e os freios não conseguiram impedir a descida acelerada do vagão, que acabou colidindo com um prédio. A Proteção Civil informou que aproximadamente 20 pessoas estavam a bordo no momento do descarrilamento.

Entre as vítimas fatais estão sete homens e oito mulheres, incluindo estrangeiros. Duas vítimas ainda precisam ser identificadas. Entre os 21 feridos, as autoridades confirmaram 12 mulheres e sete homens, com idades entre 24 e 65 anos, além de uma criança de três anos.

O funcionário do serviço de emergência, Castro Martins, informou que entre os feridos estão quatro portugueses, dois alemães, dois espanhóis, um coreano, um cabo-verdiano, um canadense, um italiano, um francês, um suíço e um marroquino. A Embaixada do Brasil em Lisboa também confirmou que um brasileiro sofreu ferimentos leves e já recebeu alta hospitalar.

O “Elevador da Glória” liga a Praça dos Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto de Lisboa. Com aproximadamente 265 metros de extensão, este bondinho sobe mais de 40 metros e transporta cerca de 3 milhões de pessoas anualmente.

A falha no sistema de segurança do elevador pode estar relacionada a problemas de manutenção. Trabalhadores da empresa municipal Carris, responsável pela operação do bondinho, já haviam denunciado falhas na manutenção dos elevadores históricos de Lisboa.

O dirigente sindical da Fectrans e do STRUP, Manuel Leal, afirmou à agência Lusa que os funcionários vinham apresentando “queixas sucessivas” sobre a qualidade da manutenção realizada por empresas contratadas pela Carris. “Há anos os trabalhadores alertam sobre a necessidade de retomar a manutenção interna.O acidente de hoje confirma essas preocupações”, declarou Leal.

Em nota oficial, a Carris afirmou que todos os protocolos de manutenção foram devidamente cumpridos. A empresa informou que o elevador passou por manutenção geral em 2022, revisão intercalar em 2024, além de inspeções regulares realizadas diariamente, semanalmente e mensalmente.

As autoridades portuguesas estão investigando as causas exatas do descarrilamento do bondinho.

O Tempo

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