Fachada do hospital Marcio Cunha . Fotos: Leo Fontes / O Tempo

Um funcionário da Usiminas ajudou o controlar o pânico na hora da explosão e retirou todos os colegas da área de risco, mas outro risco o esperava na rua, do lado de fora.

Quando tudo já estava sob controle, o encarregado de campo, de 37 anos, foi liberado para ir para casa e foi atropelado por um motociclista  com suspeita de embriaguez,  assim que deixou a portaria 5 da empresa, de bicicleta.

A vítima foi socorrida no Hospital Márcio Cunha,  mas não resistiu e morreu. O motociclista foi preso e levado para a delegacia.
O coordenador de operações Hugo Alexandre de Oliveira, de 31 anos, ajudou a vítima a levar os colegas para um local seguro.

“Depois que ele foi liberado para ir embora, ele pegou a bicicleta dele para ir para casa. Com o transito na portaria central estava interditado,  ele buscou um trajeto mais tranquilo. Assim que passou pela portaria, um motociclista com suspeita de embriaguez atropelou ele com a bicicleta na rua”, conta o colega,  sem conseguir conter as lágrimas.

“Ele sempre saía pela portaria Central. Trabalhei com ele 10 anos , dois meses e cinco dias”, chorou.

O homem era casado e deixou duas filhas de 9 e 4 anos. “São muito apegadas ao pai”, lamentou uma colega de trabalho. “Ele tinha muitos sonhos. Acabaria de construir a casa dele no final do ano”, comentou Hugo. “Estava todo feliz por isso”, chorou.

O supervisor de manutenção Wagner Vieira Silva, de 29 anos, também trabalhou com a vítima até o último colega ser levado para um local seguro dentro da Usiminas.

“É muito triste. A gente já estava acalmado com tudo que aconteceu e agora essa notícia triste. Ele era uma pessoa especial para todo mundo. Só vai deixar lembrança boa. A situação poderia estar feia que ele era a pessoa mais calma do mundo e trazia tranquilidade. Para a gente, só vai deixar muita saudade. Ele tirou muita gente da área de risco e o perigo estava esperando por ele na rua. Ele tinha muitas vitórias pela frente, mas acredito que Deus quis ele lá “, lamentou Wagner.

O Tempo

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