Publicado
4 horas atrásno
As investigações da Polícia Civil de Minas Gerais apontam que a mulher suspeita de matar cinco filhos e que foi presa em Portugal usou sedativos para reduzir o nível de consciência das vítimas, que em seguida eram asfixiadas. Os detalhes dos crimes, ocorridos entre 2008 e 2023, em Timóteo, no Leste de Minas, foram apresentados durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7).
Gisele Oliveira, de 40 anos, foi detida no última terça-feira (5), em Coimbra, após ser localizada pela Polícia Judiciária portuguesa com apoio da Interpol. Ela estava foragida desde abril, quando começaram as intimações da Polícia Civil brasileira.
“Concluímos, depois de muitas oitivas e análise de prontuários, que a investigada reduzia o nível de consciência das crianças com sedativos e, em seguida, as asfixiava”, afirmou a delegada Valdimara Teixeira, durante a coletiva.
Ainda segundo a delegada, da Delegacia de Homicídios de Timóteo, os assassinatos ocorreram em três períodos distintos:
Segundo Valdimara, todas as crianças eram saudáveis e apresentaram sinais de intoxicação e asfixia após passarem por períodos sob os cuidados da mãe.
Uma delas foi encontrada com o rosto virado para o sofá e outra com uma fralda na boca, o que reforça a suspeita de asfixia proposital.
Ainda conforme a Polícia Civil, o atual companheiro da mulher também deu entrada em um hospital em 2022 com sintomas semelhantes aos das crianças. Ele ficou cerca de 24 horas desacordado e, ao retomar a consciência, apresentava confusão mental. O caso está sendo investigado como tentativa de homicídio.
A investigação durou mais de um ano e contou com dezenas de oitivas e análise de prontuários médicos. De acordo com o escrivão Leonardo Félix, as primeiras informações vieram de uma assistente social que presenciou a tia da última criança morta esbravejando no hospital que “era a quinta morte e que a justiça precisava ser feita”.
“As testemunhas relataram que as crianças ficavam sob os cuidados de parentes e sempre voltavam diferentes após passarem alguns dias com a mãe. Voltavam grogues, prostradas e com sintomas incomuns. Uma testemunha chegou a apresentar um áudio em que ela afirmava ter matado as cinco crianças”, disse o escrivão
A investigadora Raquel Silva explicou que os familiares demonstraram receio em prestar depoimento inicialmente, mas que com o avanço das investigações e a prisão da suspeita, novas informações surgiram. “Estamos ouvindo mais pessoas, a população passou a colaborar mais.”
A delegada regional de Ipatinga, Talita Soares, informou que a Polícia Civil de Timóteo conseguiu localizar o endereço da investigada em Portugal, o que possibilitou a prisão. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça após representação da polícia e deferido em pouco tempo.
A mulher foi detida em Coimbra, pela Polícia Judiciária portuguesa, com apoio da Interpol. Segundo as investigações, ela deixou o Brasil em abril deste ano, logo após as primeiras intimações da investigação serem emitidas.
A Polícia Civil informou que os exames realizados nas crianças em vida estão sendo analisados e, por ora, a exumação dos corpos foi descartada devido ao baixo custo-benefício é possível inutilidade técnica. A medida pode ser reavaliada caso haja impossibilidade de conclusão com os documentos já coletados.
O inquérito segue em andamento e a expectativa é de que seja concluído em breve. A extradição da mulher está sob análise do Poder Judiciário brasileiro em parceria com o Ministério da Justiça.
Por Cristiane Rodrigues, g1 Vales de MG
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.
Timóteo/Caso Caio Domingues Acusada de matar o marido passa mal durante julgamento
Atenção: Celular da irmã Helia foi clonado
Tentativa de roubo de moto termina com o veículo pendurado em muro
Netflix perde disputa judicial por fim do compartilhamento de senhas
Noiva de apresentador da Record morre em acidente dois meses antes do casamento
Timóteo: A rede municipal retorna às aulas com acolhimento aos alunos e aula inaugural para os educadores