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Médica alerta sobre necessidade da insulina no tratamento da diabetes

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Médica Marlene Aredes - Divulgação.
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O medicamento, insubstituível para alguns tipos da doença, está em falta no mercado global

A falta de insulina no mercado de medicamentos global acende alertas de médicos em todo o mundo. A médica Marlene Aredes Mota, que realiza atendimentos na área da endocrinologia na AAPI, explica que para alguns tratamentos de diabetes, não há nada que substitua o hormônio.

A diabetes é uma doença crônica que tem como sua principal característica os níveis elevados de açúcar no sangue. A doença ocorre quando o organismo não produz ou absorve a insulina (hormônio que regula a glicose) de forma adequada.

“A insulina é um hormônio que todos nós produzimos e que sem ela a gente não sobrevive”, explica a médica Marlene Aredes sobre a insulina, que é responsável por fazer com que a glicose saia da corrente sanguínea e entre nas células, fornecendo energia para o organismo.

O Ministério da Saúde estima que 1 a cada 10 brasileiros estejam com um dos tipos da diabetes. Dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF, em inglês) apontam que uma a cada três pessoas com diabetes não sabe ter a doença.

Ainda segundo dados da IDF, o Brasil ocupa a 6ª colocação no ranking de casos de diabetes em geral e a 3ª colocação no ranking de diabetes tipo 1.

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que 20 milhões de brasileiros tenham diabetes. 600 mil pessoas teriam o tipo 1 da doença. Os principais tipos de diabetes são chamados de tipo 1 e tipo 2.

Tipos de diabetes

Marlene Aredes explica que o tipo 1 de diabetes ocorre quando o sistema imunológico do paciente ataca as células que produzem insulina, provocando uma deficiência grave do hormônio. Esse tipo da doença, que é mais frequente em crianças e adolescentes, acontece em pessoas que têm uma predisposição genética. Essa variedade da diabetes sempre é tratada com insulina, planejamento alimentar e com atividades físicas.

Já o tipo 2 da doença, que é mais comum, ocorre quando o corpo humano não consegue usar adequadamente a insulina produzida ou quando a insulina produzida pelo corpo não é o suficiente para controlar a taxa de glicemia. O tipo 2 de diabetes tem como principais fatores de risco a obesidade, alimentação não-saudável e a falta de exercícios físicos. É mais frequente em adultos, mas tem aumentado o número de crianças com esse tipo devido ao aumento da obesidade infantil.

O tratamento da diabetes tipo 2 depende da gravidade do caso. Pode ser controlado por planejamento alimentar e atividade físicas, mas em outros casos o controle da glicose por meio de medicamentos e até uso de insulina pode ser necessário.

A insulina é insubstituível

Doutora Marlene Aredes explica que o hormônio insulina é insubstituível para o ser humano. Assim, a falta da insulina no mercado global afeta diretamente o tratamento de pacientes com diabetes.

“A indústria farmacêutica consegue recriar perfeitamente a insulina humana. Em algumas diabetes, como na diabetes tipo 1, quando o pâncreas da pessoa não tem a capacidade de produzir o hormônio, o único e exclusivo medicamento para ele é a insulinização. No tipo 2, a maior parte do tratamento é com medicamentos orais, mas em alguns casos em que registramos o que chamamos de ‘fadiga do pâncreas’, que é quando o órgão começa apresentar alguma deficiência na produção do hormônio, também é necessário o uso da insulina”, explica a médica.

A médica também explica que existem diversos tipos de insulina no mercado.

“Quando falta insulina, às vezes mudamos o tipo da insulina para uma que não esteja em falta. Mas não existe uma forma, principalmente no tipo 1, do paciente não fazer uso do medicamento”, afirmou.

Prevenção

A prevenção sempre será o maior remédio quando falamos da diabetes tipo 2, que não depende de fatores genéticos como a do tipo 1.

“Viver uma vida mais saudável, se alimentar melhor e realizar o acompanhamento de sua glicose com frequência”, é o que aconselha a doutora Marlene Aredes para diminuir o risco de desenvolver diabetes.

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