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Julho Amarelo: prevenir contra as hepatites virais salva vidas

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Julho é marcado pela campanha Julho Amarelo, uma mobilização nacional que visa conscientizar a população sobre os riscos, formas de prevenção e tratamento das hepatites virais, doenças que afetam silenciosamente o fígado e podem evoluir para quadros graves como cirrose e câncer hepático.

De acordo com o médico infectologista, Vitor Martins, que atende no Centro de Saúde João Otávio, no bairro Olaria, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C, embora também existam os tipos D e E. “Cada uma possui uma especificidade, principalmente na forma de transmissão, sendo a Hepatite A transmitida por água ou alimentos contaminados, mais comum na infância e geralmente tem evolução benigna; a Hepatite B, considerada uma IST, transmitida por contato com sangue, relações sexuais desprotegidas e da mãe para o bebê. Com vacina disponível; a Hepatite C transmitida principalmente por sangue contaminado, sem vacina disponível, porém com tratamento com alta taxa de cura; a Hepatite D, que ocorre apenas em pessoas já infectadas pelo vírus B e a Hepatite E, menos frequente no Brasil, e que está associada a locais com saneamento precário”, explica o infectologista.

Números preocupam
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2023 foram registrados mais de 785 mil casos de hepatites virais no Brasil. A hepatite C representa cerca de 70% das mortes por hepatites virais no país.

Em Minas Gerais, os números preocupam. Em 2024, foram registrados 1.241 casos de hepatite C, um aumento de mais de 13% em relação ao ano anterior4. A hepatite A também apresentou crescimento expressivo: de 38 casos em 2023 para 282 em 2025. Apesar disso, o estado conseguiu reduzir as mortes por hepatite C em mais de 70% na última década, graças ao avanço dos tratamentos.

Em Timóteo, em 2024, foram registrados 28 pacientes com Hepatite B e 17 casos com cura de Hepatite C. Os números de 2025, apenas nestes 7 meses, já apontam uma alta considerável de casos, sendo 31 pacientes em tratamento para B e 19 casos com cura para Hepatite C.

Prevenção e cuidados
A prevenção é a principal arma contra as hepatites virais. E ações como vacinação, disponível gratuitamente no SUS para hepatites A e B, uso de preservativos em todas as relações sexuais, não compartilhamento de objetos pessoais como escovas de dente, alicates, seringas e lâminas, hábitos de higiene, saneamento básico e testagem regular, especialmente para pessoas acima de 40 anos ou com fatores de risco, são fundamentais para a manutenção da saúde, bem como início rápido de tratamento, em casos de diagnósticos positivos.

Tratamento pelo SUS
A Secretaria Municipal de Saúde e Qualidade de Vida de Timóteo disponibiliza testes rápidos gratuitos para hepatites B e C nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Alegre (3ª-feira, de 13h às 15h30), Ana Moura (2ª-feira, à tarde), Cachoeira do Vale (2ª, 4ª e 6ª-feira, à tarde), João XXIII (6ª-feira, às 10h), Limoeiro (2ª a 6ª-feira), Macuco (2ª a 6ª-feira), Mário de Souza (2ª a 6ª- feira), Novo Tempo (2ª a 6ª-feira), Primavera (2ª e 4ª, às 10h; 5ª às 10h e de 13h às 15h), Petrópolis (6ª-feira, de 14h às 17h), Quitandinha (4ª-feira, de 13h às 16h), Recanto Verde (2ª a 6ª-feira), Sede (2ª-feira, de 13h às 17h) e Timotinho (2ª-feira, de 13h às 14h e 6ª-feira, de 13h30 às 14h), tratamento com antivirais de ação direta (DAA) para hepatite C, com taxa de cura superior a 95%; medicamentos específicos para controle da hepatite B, acompanhamento clínico e vacinação para casos confirmados.

Além das testagens em UBS, a Secretaria de Saúde mantém os atendimentos do Serviço de Atendimento Especializado (SEA) e Centro de Testagem e Aconselhamento, no Centro de Saúde João Otávio, no bairro Olaria. O horário de teste rápido no João Otávio é de 7h às 10h40, de 2ª a 6ª-feira. E o atendimento no SEA/CTA acontece também de 2ª a 6ª-feira, de 7h às 13h.
Segundo dados do SEA/CTA, desde o início de julho até o presente momento, já foram realizados mais de 23º testes rápidos no município. O Serviço destaca a disponibilidade da vacina para a Hepatite A para crianças de 15 meses e para grupos prioritários (pessoas vivendo com HIV, hepatopatas, transplantados, imunodeprimidos e usuários de PrEP)

Um teste pode mudar tudo
A campanha “Um teste pode mudar tudo”, lançada pelo Ministério da Saúde, reforça a importância da testagem precoce, da vacinação e do tratamento gratuito como pilares para eliminar as hepatites virais como problema de saúde pública até 2030.

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