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Funcionária da Prefeitura de Timóteo que está entre os cerca de 800 servidores que receberam contracheque com dias cortados desabafa

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Garantindo não temer retaliação,  Maria José Aguiar Silveira, incluída entre os cerca de 800 servidores da Prefeitura Municipal de Timóteo que receberam contracheque com dias cortados, expressou sua indignação com o fato no início da noite desta sexta-feira, em contato com este site.

A funcionária, que entrou para o quadro de servidores da PMT em um concurso realizado em 2007, e está lotada na área da educação, contou que esteve de férias de 19 de janeiro passado a 23 de fevereiro e, assim que retornou, afastou-se devido à licença maternidade. No entanto, ao receber seu contracheque, na última quarta-feira (1), ficou surpresa ao constatar que teve seis dias cortados. “Eu tive 6 dias cortados e, pior do que isso, é que estou de licença maternidade.  Como uma funcionária que está de licença maternidade pode ter dias cortados?  No contracheque veio escrito que é salário maternidade e, ainda assim, cortaram dias. Uma coisa totalmente sem explicação”, desabafou.

Perguntada a que atribui o erro que atingiu quase 800 servidores, Maria José foi enfática: “Falta de respeito com o servidor, pois se faltamos de fato é correto cortar, mas uma funcionaria que está  escrito no contracheque salário maternidade e eles cometerem um erro desse é, no mínimo, falta de profissionalismo”.

“Já estamos sofrendo isso desde o inicio desse mandato”, concluiu a servidora sem dar maiores detalhes.

Leia sobre o caso

Cerca de 800 servidores públicos da prefeitura de Timóteo receberam seus contracheques na tarde desta quarta-feira (1º) com os dias cortados. Em alguns casos os cortes na remuneração variam entre 10 a 18 dias não trabalhados. O que também chama a atenção é o significativo número de servidores afetados, mais da metade do pessoal concursado da administração municipal. Pelas redes sociais, os servidores públicos que tiveram os dias cortados estão se mobilizando para ocupar na segunda-feira (6) o prédio da prefeitura e exigir a imediata correção dos contracheques.

Em função do ponto facultativo pré-feriado, a revolta foi ainda maior, já que os funcionários não conseguem entrar em contato com nenhum representante da administração. Os servidores alegam que o governo poderia ao menos ter divulgado nota pelo site da prefeitura ou um comunicado pela imprensa explicando o motivo do possível erro. Para o vereador José Constantino Filho (PSD), o Coronel, nem “a pior empresa do mundo seria capaz de cometer um erro tão grosseiro” ao emitir o contracheque de seus funcionários. Segundo ele, um erro de até 5% na folha de pagamento por corte de dias não trabalhados seria normal, mas quando mais de 800 trabalhadores têm seus contracheques nesta situação é algo anormal. “Todos os servidores que me procuraram afirmam com certeza que trabalharam normalmente e mesmo assim tiveram os dias cortados”.
Na opinião de Coronel, além do possível erro técnico na emissão dos contracheques pelo departamento de Recursos Humanos, a prefeitura de Timóteo está demonstrando “incompetência e incapacidade de dialogar” com os servidores públicos prejudicados.
“Eles (servidores) estão indignados porque a administração não explica nada e todo mundo sumiu. É um descaso com os servidores porque a prefeitura poderia ter instalado um plantão para explicar o que está acontecendo”.
Temor
O vereador do PSD comenta ainda a apreensão dos funcionários públicos com a data em que será feita a correção dos contracheques. “Todos têm conta para pagar e o atraso no pagamento das prestações acarreta juros”, ressalta Coronel. Ainda de acordo com ele, todos os servidores que o procurou são concursados. “Mas com certeza funcionários contratados também tiveram seus contracheques com os dias cortados, mas não reclamam com receio de serem demitidos”. Ele também estranha o fato do sindicato da categoria até o início da noite de ontem não ter se manifestado sobre o assunto.
Fonte: JVA Online

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