AD Timóteo
Da AD Novo Tempo: Juvenal se despede da coordenação da juventude

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4 dias atrásno

Vídeo: Irmão Juvenal se despede da coordenação dos jovens.
Se houvesse a necessidade estratégica, indispensável ou premente do corte de algum momento, ou cena que fez parte das inesquecíveis comemorações do aniversário do grupo de jovens Alfa e Ômega, da Assembleia de Deus do bairro Novo Tempo, no sábado (21) e domingo (22) certa e fatalmente seriam aqueles e aquelas que retratam, com riqueza de detalhes e porção volumosa de sabor, a despedida, que nunca deixaria de ser indesejável, precoce e dolorosa, do coordenador da juventude da congregação, irmão Juvenal Rosa Dias.
Após mais de 13 frutíferos e irrepreensíveis anos na função, desempenhada com esmero, responsabilidade, austeridade, carisma e bastante simpatia, Juvenal, também superintendente da EBD, decidiu “dar oportunidade para outros”, como frisou ao explicar os motivos da sua atitude, adiada por mais de uma vez, como confidenciou à algumas pessoas.
Irmão Juvenal, nome que significa “juventude” ou “mocidade” e que se originou a partir do latim juvenalis / Iuvenalis, na tradução para a língua portuguesa, aguardava o momento de anunciar sua parada, mas não esperava ser homenageado como foi, pouco antes de assumir os microfones, pela última vez, como coordenador dos jovens.
Aquele homem, de pose séria, não se conteve e copiosas lágrimas roçaram-lhe a face rosada, como águas cristalinas beijando as fontes sob os olhares cálidos do sol a pino! Juvenal, como todo homem que sabe o que é amar o que faz, chorou ante a manifestação daqueles “meninos e meninas”, guardados e guardadas no seu enorme coração.
Afinal, quem era aquele jovem senhor, acompanhado da esposa, tia Tereza, a quem foi franqueada a palavra na programação do último dia da festa? Era o Juvenal, cuja caminhada, para ser descrita na íntegra e sem nenhuma margem para lapsos, sempre será um desafio para os pródigos na fala, exímios na escrita e fenomenais na memória.
Juvenal, traz no sobrenome “Rosa Dias”, mas reconhece que existem espinhos e noites no singrar dos oceanos da vida e nas estradas mistilíneas que cortam, unem e distanciam pessoas e sentimentos. Ele não construiu sua trajetória com o fígado. Fê-lo com o bondoso coração que ostenta e onde abriga amigos e desafetos.
No silêncio sepulcral vivido pela juventude da AD Timóteo, enquanto dormia a UMADAT, a voz deste líder, em tom altissonante, foi uma das que reverberaram fragorosamente em favor do retorno da sigla, reclamado por tantos! Enquanto aquele sono de despertar incerto não acontecia, juvenal e o amigo Heudson não se conformaram com a falta de ação, comum nas necrópoles, e, fugindo de uma execrável letargia bovina e disposição das vacas de presépio, foi à luta, criando a UJAAD, que soou como uma espécie de UMADAT e embrião sadio de um sonho que avançava rumo à realidade, à medida que vozes ecoavam erigindo o busto que representava a necessidade da volta do que deu certo e embalou noites e manhãs dos jovens assembleianos, com mais vigor na década de 80 e início de 90. A partir dai, ações foram empreendidas e a juventude da região de Ana Moura, Alvorada, Novo Tempo e Vale Verde foi contemplada com o ardor da chama que sempre ardeu no coração do Juvenal, com relação à saúde espiritual dos jovens, aos quais não hesitava apontar nortes capazes de tornar seus destinos menos trágicos e sempre fadados a um porto seguro, com conselhos e exemplos.

Em fevereiro de 2013, como coordenador dos jovens da AD Novo Tempo, Juvenal (com o microfone) ao lado do diácono Heudson, foi atuante em uma carreata promovida pela então UJAAD –União dos Jovens e Adolescentes das Assembleias de Deus, que envolveu as congregações do Ana Moura, Alvorada, Novo Tempo e Vale Verde.

Jovens da AD Novo Tempo, no culto à noite, depois de uma carreata, durante o dia.

Priscila ministrou no culto em ação de graça pelos 24 anos do Alfa e Ômega, da AD Novo Tempo.

Os jovens da Assembleia de Deus do Novo Tempo, através da esposa do coordenador, tia Tereza, presentearam a pregadora, com uma placa.
Muita água rolou debaixo e em cima da ponte durante o período da gestão ou do que já se pode chamar de “Era Juvenal” no comando dos jovens da AD Novo Tempo. Águas rolaram por cima porque Juvenal não é de pouca ou tímida atitude. Com ele o que é bom pode ter performance de enchente ou doces inundações!
Sua voz, grave, não afugentou os jovens que viram nele, durante essas quase 1 década e meia, um pai, gestor competente, que, com palavras elaboradas, pensadas e construídas artesanalmente, tornava concretas decisões de retrocesso em momentos áridos, onde as emoções, muitas vezes, é a arma letal de felicidade e veneno que torna o futuro um natimorto. Juvenal soube, com exemplos, não copiados ou fingidos, se pautar com decência e prudência na relação com seus liderados. Por isso, enquanto falava ao microfone, no momento da despedida, cravou lágrimas como espumas saltitantes nos olhos de meninas que esqueceram da maquiagem e choraram pelo líder que nunca foi cara pintada e, sim, homem de uma só palavra e decisão, a favor do bem e reconstrução do que se podia ter como perdido.
O dia 22 de junho, Dia do Orquidófilo, para os jovens da AD Novo Tempo, tem tudo para transformar-se numa data para ser lembrada com saudade. Foi neste dia que ouviram do irmão Juvenal que não mais os coordenaria. Juvenal será lembrado não como um afeiçoado de orquídeas, mas de flores que estão plantadas na casa de Deus, aqueles meninos e meninas, em cujo cultivo este homem que tem no seu DNA o pigmento de liderança e não titubeou em avançar, mesmo que, para isto, tivesse que digerir espinhos pontiagudos, limados por incertezas e agruras, tão comuns a jardineiros experientes.
A saída do palco, para quem tem a chamada de um Juvenal, não implica na sua ausência do elenco nem nos bastidores, inspirando peças e abrindo horizontes para novos protagonistas. Juvenal não deixa o time por estar em crise na sua carreira. Ele nunca perdeu um lance em prol do Reino de Deus, assumiu papel de juiz em circunstâncias que exigiam experiência, equilíbrios, e conseguiu dar cartão vermelho para muitos sentimentos agourentos.
Juvenal deixa o campo, mas não sai da área. Sua folha de serviço prestado à obra de Deus, enquanto coordenador dos jovens, será como escrita numa placa de inox, que não se oxida, mesmo que alguém ouse esqueçe-la, propositalmente, ou não, em algum lugar inadequado.
Se fôssemos descrever, na íntegra, a caminhada deste líder, teríamos que acrescentar muito a estas linhas, já pródigas pelo pouco que foi dito até aqui. Em 2013, Juvenal, com outras lideranças, promoveu encontros e carreatas com os jovens, à época abrigados sob a sigla UJAAD – União dos Jovens e Adolescentes das Assembleias de Deus, envolvendo as congregações dos bairros Ana Moura, Vale Verde, Bandeirantes e Novo Tempo. Como esquecer aquele culto de fevereiro de 2013, por ocasião da comemoração dos 24 anos do grupo de jovens Alfa e Ômega, quando Juvenal e sua equipe ousaram e trouxeram para ministrar a jovem Priscila, portadora de limitações auditivas e da fala? Com sinais do código Libras (Língua Brasileira de Sinais) traduzidos por Adácia, Priscila provou que conhece bíblia e o poder de Deus. “Não duvida e não reclama”. Este foi o tema explorado por ela durante quase 40 minutos. A jovem, com muita propriedade, evocava exemplos pessoais para ilustrar sua mensagem. Suas “palavras” calavam fundo na alma dos “ouvintes” que lá compareceram e constataram o fenômeno que era a moça, funcionária de uma agência bancária, em Belo Horizonte. Foi uma bênção o evento e, como se recorda, faz parte da rica galeria de realizações do irmão Juvenal.
Se discorremos sobre as virtudes deste homem e não dedicarmos espaço ao seu senso de gratidão, quase incomum, não construiremos um feito digno de ser taxado como justo ou consentâneo com a realidade. Em conversa com nossa reportagem, Juvenal aproveitou para tecer agradecimentos. “Quero agradecer a todos, componentes e líderes de igrejas que trabalharam. Sem oração da igreja, sem o apoio do pastor, dando crédito pra gente; com as qualidades e com os defeitos que todo mundo carrega, tudo serviu de aprendizado pra mim. Se eu fiquei lá (coordenação) este tempo todo, é porque Deus colocou pessoas certas ao meu lado. Não estou falando nem de qualidade nem de defeito. São as pessoas que precisavam estar ao meu lado que fez com que eu aprendesse”, disse com voz em tom típico de quem está emocionado.
A estante onde ficarão expostos os feitos do irmão Juvenal pode não ser as medalhas, de ouro, prata ou palha, penduradas na parede de sua sala ou escritório, os certificados fixados em local estratégico, mas, certamente será a memória, justa e benigna, de cada jovem que um dia seguiu suas diretrizes, ouviu seus conselhos ou copiou seus exemplos. Sua história não terá a régua da bajulação como grandeza de medida! Mesmo que retorne ao banco, suas chuteiras estarão sempre prontas para serem recalçadas, caso haja ameaça do inimigo em virar o placar! Irmão Juvenal não é mais o coordenador dos jovens da AD Novo Tempo, mas não trocou sua farda por um pijama. Sempre será dia para quem nunca temeu a noite.
A homenagem.
Kennedy, maestro exímio, que engrandece o cast desta modalidade de músico da AD Timóteo, surpreendeu o amigo Juvenal com uma ação honrosa, como forma de reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelo coordenador e esposa, tia Tereza.
Assista:
Kennedy leu um texto onde os jovens do Alfa e Ômega, e do Brilho Celeste, agradeciam irmão Juvenal e sua esposa pelo carinho que dispensaram às organizações durante suas gestões como coordenadores, respaldados pelo comprometimento com o sagrado. “Hoje, após 13 anos, vocês, tão amados por todos nós, encerram um ciclo na coordenação da juventude, mas jamais sairão das nossas vidas”, dizia um trecho do documento, cuja leitura foi concluída sob os aplausos dos jovens.
Vídeo: uma lembrança que vale ouro!

Do pastor Welerson Lagares para irmão Juvenal. Foto: Reprodução.

Kennedy conduziu a homenagem.

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Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.
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