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Calor excessivo mata mais de 300 peixes na lagoa da Pampulha, em BH; entenda

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Foto: Fred Magno / O TEMPO
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Em dois dias, 302 peixes foram retirados mortos da lagoa da Pampulha pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A mortandade é explicada pela onda de calor que atinge a capital mineira aliada com os poluentes contidos no esgoto lançado no curso d’água. As retiradas ocorreram nessa segunda (13 de novembro) e terça-feira (14 de novembro).

Segundo o Executivo municipal, o período recorde de temperaturas máximas e o pouco volume de chuvas fazem com que o nível do reservatório da lagoa fique baixo e a diluição de poluentes muito reduzida. “Desta forma, o oxigênio dissolvido na coluna d’água está menor, potencializando a mortandade de peixes e agravando o quadro de eutrofização”, esclareceu.

O professor Leonardo Boscoli Lara, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que a eutrofização é o aumento de poluentes na água, que acarreta a “multiplicação” de algas na lagoa da Pampulha.

“Mesmo com os esforços feitos pelo poder público, ainda temos esgoto sendo lançado e isso serve como nutrientes para as algas. Com o calor, elas acabam crescendo mais rápido que o normal”.

O “boom” de algas faz elas consumirem mais oxigênio e, consequentemente, afetam os peixes. “A alta temperatura já deixa os peixes mais sensíveis, e com a baixa oxigenação na água eles morrem”.

A rápida retirada dos peixes mortos é extremamente necessária. “O peixe decompondo na lagoa vai diminuir, ainda mais, o oxigênio”. Para reverter a situação, só há uma alternativa, conforme explica Lara. “Teria que zerar o lançamento de esgoto na lagoa da Pampulha de uma vez por todas”, finaliza.

O Tempo

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