Ligue-se a nós

Geral

Mulher atropelada e arrastada pelo ex em passará por nova amputação

Publicado

no

Instagram/Reprodução
Compartilhe esta publicação
Ad 21
Me siga no Instagram. Clique na imagem.

Quase um mês após ser atropelada e arrastada pelo ex na Marginal Tietê, em São Paulo, Tainara Souza Santos, de 30 anos, passará por uma nova cirurgia nesta segunda-feira (22/12). Segundo a mãe dela, a vítima fará uma nova amputação na altura da coxa para reconstruir parte dos glúteos.

“De todas as cirurgias, os médicos falaram que essa vai ser a mais desafiadora, delicada e demorada”, afirmou a mãe nas redes sociais. Tainara também deve passar por uma traqueostomia para retirar o tubo. A vítima segue estável.

A mulher teve as duas pernas amputadas após ser arrastada por mais de 1 km. O suspeito, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso em um hotel na zona leste da capital paulista em 30 de novembro.

Ao Metrópoles Letícia Dias, amiga de infância da vítima, explicou que ela perdeu um dos pés já no momento em foi arrastada pelo veículo. “O médico tentou recuperar o [pé] que estava dilacerado, só que não deu. Infelizmente, teve que tirar as duas pernas”, lamentou. Ela explicou que as amputações foram feitas em alturas diferentes nas pernas da vítima.

Além disso, Letícia informou que a amiga teve um inchaço no cérebro, mas que uma tomografia não apontou gravidade no edema.

Falha mecânica

Durante o interrogatório, o suspeito afirmou que está “completamente arrependido” e que não conhecia Tainara Souza Santos.

Douglas disse que estava em um bar desde a noite da sexta-feira (28/11) e se envolveu em uma briga para defender o amigo Kauan após um desentendido com o companheiro de Tainara.

Na confusão, Douglas teria sido atingido com uma garrafada no rosto e ameaçado de morte. Ele disse que deixou o local com o amigo e, já dentro do carro, avistou Tainara acompanhada do outro rapaz. O homem então teria feito uma manobra e estava indo embora quando “acabou batendo o carro nela”.

Douglas disse que suspeitou do suposto problema mecânico ao notar que “o carro não ia para frente” após a batida, mas negou ter percebido que a vítima estava debaixo do veículo. Ele disse que pessoas começaram a gesticular, mas acelerou e deixou o local em direção à Marginal Tietê. Na avenida, outros motoristas teriam buzinado e alertado que uma mulher estava abaixo do veículo. Segundo o homem, ele parou em um posto de combustível metros à frente — momento em que Tainara se desprendeu do carro —, mas fugiu por medo de ser agredido.

Polícia desmente versão

  • O depoimento de Douglas, no entanto, destoa das informações reunidas pela polícia.
  • Segundo as investigações, o criminoso conhecia Tainara, com quem teve um relacionamento casual. Ele agiu por ciúmes e por não aceitar o fim do relacionamento.
  • Kauan tentou desestimular Douglas e insistiu para que o homem parasse o carro enquanto a mulher era arrastada na Marginal.
  • O delegado Augusto Bícego também afirmou que Douglas não parou o veículo e Tainara só escapou porque o corpo se desprendeu.
  • A irmã de Tainara afirmou que Douglas já a perseguia há tempos e que ambos nunca chegaram a ter um relacionamento sério.
Ad 22
Fique por dentro da AD Timóteo. Clique na imagem acima e entre no grupo.

Em seguida, Douglas teria contado o ocorrido para os familiares e conversado com um advogado, que o orientou a deixar o carro longe do local dos fatos para ser entregue às autoridades posteriormente. O homem levou o veículo até a casa de um ex-sogro sem informar o motivo.

Então, Douglas reservou um quarto em um hotel distante, onde foi preso no dia seguinte ao crime. No momento da prisão, o homem ainda partiu para cima de um policial e acabou baleado no braço.

Quem é a vítima

Descrita pela família e amigos como uma mulher divertida, sorridente e “gente boa”, Tainara é mãe de dois filhos, um menino de 12 anos e uma menina de 8, e mora sozinha com eles.

Ao Metrópoles a amiga de infância Letícia Dias contou que a vítima gosta de sair para curtir a vida com as amigas, a família e os filhos.

“Tudo que ela puder aproveitar dessa vida, ela aproveita”, revelou Letícia.

Tainara estava trabalhando na produção de uma agência de comércio eletrônico. “Ela estava fazendo as coisinhas dela, estava planejando várias coisas, mas, infelizmente, veio essa tragédia. Ela é uma menina muito gente boa, mas o que aconteceu com ela vai ficar para o resto da vida dela”, lamentou a amiga.

O irmão de Tainara, Luan, disse que “ela é uma menina alegre”. “Gosta de sair, curtir, não arruma briga, é querida, faz todo mundo sorrir, é brincalhona.”

Familiares, amigos e advogados de Tainara Souza Santos dizem que vão lutar para que a Justiça seja feita à vítima.

A defesa, representada por Fabio Costa e Wilson Zaska, publicou, nas redes sociais, que o caso “jamais ficará impune” e que “a Justiça será feita”.

Rodrigo Tammaro/Isabela Thurmann/Metrópole

Continuar Lendo