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3 meses atrásno
Um recente estudo realizado por cientistas da Universidade de Radboud, na Holanda, trouxe novas estimativas sobre o fim do universo. Segundo a pesquisa, o universo pode chegar ao seu término em um tempo significativamente menor do que o previsto anteriormente. No entanto, essa eventualidade ainda está distante, ocorrendo em aproximadamente 10 elevado à 78ª potência em anos. Essa revisão foi publicada na renomada revista Journal of Cosmology and Astroparticle Physics.
O estudo, liderado por Heino Falcke, explora o destino dos corpos celestes mais duradouros, as anãs brancas. A pesquisa baseia-se no fenômeno da evaporação dos buracos negros, conhecido como radiação Hawking, uma teoria proposta pelo físico Stephen Hawking na década de 1970. Essa radiação sugere que os buracos negros perdem massa ao longo do tempo, eventualmente desaparecendo.
A radiação Hawking é um conceito fundamental para entender a dissolução dos corpos celestes. Ela descreve como os buracos negros emitem radiação, levando à sua lenta evaporação. Os cientistas de Radboud aplicaram essa teoria a outros objetos no universo, como as anãs brancas, para calcular seu tempo de evaporação. A densidade desses corpos é um fator crucial para determinar sua longevidade.
Com base nesses cálculos, os pesquisadores conseguiram prever a dissolução teórica das anãs brancas, que são consideradas os corpos mais duradouros do universo. Essa descoberta redefine a compreensão sobre o tempo que resta até o fim do universo, embora ainda esteja além da escala de tempo humana.
Evaporação dos Buracos Negros:
Implicações para o Destino do Universo:
Apesar das novas previsões sobre o fim do universo, a Terra enfrentará desafios muito antes desse evento cósmico. Os cientistas estimam que, em cerca de um bilhão de anos, o aumento do brilho solar tornará as condições na Terra inóspitas para a vida, resultando na evaporação dos oceanos. Além disso, em aproximadamente 8 bilhões de anos, a expansão do Sol engolirá o planeta, que já estará estéril e sem vida.
Dr Monika Moscibrodzka of @Radboud_Uni has been awarded the 2023 Eddington Medal, for her leading role in the award-winning imaging and modelling of the black holes in the centres of the galaxy M87 and our own Milky Way Galaxy. pic.twitter.com/hxIZPCLd2w
— Royal Astronomical Society (@RoyalAstroSoc) January 13, 2023
Embora o fim do universo esteja além da compreensão temporal humana, essas descobertas ressaltam a importância de entender os processos cósmicos que moldam nosso universo. A pesquisa sobre a radiação Hawking e a evaporação dos corpos celestes oferece insights valiosos sobre a evolução do cosmos. Para a humanidade, isso destaca a necessidade de explorar e compreender nosso lugar no universo, enquanto ainda temos tempo.
Em suma, o estudo da Universidade de Radboud não apenas redefine as previsões sobre o fim do universo, mas também nos lembra da fragilidade da vida na Terra. À medida que a ciência avança, continuamos a desvendar os mistérios do cosmos, ampliando nosso conhecimento sobre o destino final do universo e nosso papel nele.
Por Felipe Dantas/Terra Brasil
Sou Silas Rodrigues, o Silas do Blog, fundador deste site, com quase 15 anos de existência. Gleiziane é minha esposa e repórter fotográfica.